O livro de A.
M. Homes, Assim para Nós Haja Perdão, tem vindo a ser descoberto pelos
críticos e leitores.
No ípsilon
de hoje, José Riço Direitinho, mostra-se particularmente caloroso em relação à
autora de O Fim de Alice (a reeditar em breve pela Relógio D’Água):
«Toda esta
sequência se desenrola nas primeiras dezenas de páginas de Assim para Nós Haja
Perdão, da escritora norte-americana A. M. Homes (n. 1961), que em forma de
tragicomédia familiar faz um retrato cruel e irónico da falência noral da
sociedade americana. Mais do que um romance sobre relações familiares
disfuncionais, este é um mergulho nas águas negras dos distúrbios trazidos pelo
absurdo da modernidade à vida dos americanos — A. M. Homes aventura-se numa
espécie de estudo anatómico das obsessões “modernas”, dissecando uma mistura
estranha de medos (nas suas variantes neuróticas) e de paranóias por vezes
delirantes. Fá-lo um pouco (embora de maneira muito mais realista, e com uma
outra linguagem) ao jeito de Don DeLillo, autor que tem tomado nota dos mais
ímpares distúrbios da vida colectiva norte-americana, escrevendo sobre política
e poder, terrorismo, espectáculo e fama, ou seja, sobre os principais acontecimentos
da história contemporânea.»
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