20.12.13

Sobre Ulisses, de James Joyce

 



«As personagens passam a vida a encontrar-se durante as suas peregrinações pela cidade de Dublin nesse dia. Joyce nunca deixa de as controlar. Com efeito, vão, vêm, encontram-se, separam-se, voltam a encontrar-se como partes vivas de uma cuidada composição, numa espécie de lenta dança do destino. Um dos traços mais apelativos do livro é a periodicidade de certos temas. Esses temas estão muito mais definidos, muito mais deliberadamente seguidos, do que os que encontramos em Tolstoi ou Kafka. Toda a obra, como iremos gradualmente verificando, é uma deliberada teia de temas recorrentes e a sincronização de acontecimentos triviais.» [Vladimir Nabokov, Aulas de Literatura, Relógio D’Água, 2004]

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