Rogério
Casanova e as personagens de Alice Munro
Na Ler
de Dezembro de 2013, Rogério Casanova critica o conceito de «vidas banais» com
que Inês Pedrosa caracterizou os contos de Alice Munro.
Num artigo
irónico e contundente, Casanova afirma que «Alice Munro, embora não tenha
propriamente um estilo pirotécnico, tem sido uma das mais radicais inovadoras a
trabalhar este formato, conseguindo, com as suas narrativas feitas de
antecipações e arrependimentos, e a sua manipulação de esquemas temporais,
criar obras-primas de 30 páginas com maior impacto emocional que muitos
romances. Ou que o seu aparente provincianismo não é um sinónimo de limitações
ou de homogeneidade, mas sim um pretexto para cenários tão grotescos e efeitos
tão perversos como os de Faulkner ou Flannery O’Connor.»
No mesmo
número da revista, na secção «Livros na Estante», são referidas três obras
publicadas pela Relógio D’Água.
«Uma novela e
três contos: eis mais um regresso de Ana Teresa Pereira ao seu universo
fechado, denso, coerente; ao teatro dos personagens e dos fantasmas. A escrita,
como sempre, é exemplar.»
«Neste volume
de ensaios pessoanos, o filósofo analisa vários aspetos da “vida heteronímica”,
explorando o modo como este plano da criação literária de Fernando Pessoa se
articula com o plano da “vida real”.»
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