«Na página
213, depois de dez histórias que voltam a revelar, em todo o seu esplendor, a
mestria narrativa de Alice Munro, o leitor de Amada Vida depara com a
seguinte nota: “Os últimos quatro trabalhos deste livro são são propriamente
contos. Formam um conjunto à parte, autobiográfico no sentimento, embora nem
sempre no que concerne aos factos. Penso que são as primeiras e últimas — e
mais íntimas — coisas que tenho a dizer sobre a minha vida.” O que mais
surpreende nestes fragmentos biográficos, construídos a partir das memórias de
infância, é a afinidade evidente com os temas, situações e personagens da sua
escrita ficcional, por muito que a autora procure estabelecer uma barreira
entre os dois domínios. (…) As casas de Amada Vida — talvez o
derradeiro, e belíssimo, livro da escritora canadiana (n. 1931) — são inesgotáveis.»
[José Mário Silva, Expresso, Atual, 31-08-2013]
5.9.13
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