A entrevista
principal na Ler de Setembro, com novo grafismo de Rui Leitão, é ao
livreiro José Pinho, fundador da Ler Devagar, e que está a transformar Óbidos
na vila dos livros.
Hugo Pinto
Santos escreve sobre Seamus Heaney, por ocasião da morte do autor de «uma
poesia com uma notória atenção à musicalidade do verso, aliada À dignidade de
uma imagética de poderosos recursos e a um invulgar conhecimento das coisas,
dos lugares e dos seres», e cita a propósito um poema de Da Terra à Luz
(trad. Rui Carvalho Homem, Relógio D’Água, 1997).
José Mário
Silva escreve sobre o último livro de Gonçalo M. Tavares, animalescos,
publicado pela Relógio D’Água: «A verdade é que ninguém escreve, hoje, com esta
brutalidade, esta desmesura, este desassombro. O que Tavares nos dá é a “quarta
pessoa do singular” a que se refere a epígrafe de Deleuze. Uma voz que talvez já
esteja para lá do que pode ser dito, mas ainda assim diz.»
Hugo Pinto
Santos escreve sobre o regresso a Shakespeare, informando que «a Relógio D’Água
lança uma colecção que reunirá toda a dramaturgia shakespeariana – os primeiros
títulos são Romeu e Julieta e as duas partes de Henrique IV».
Na rubrica
Livros na Estante, há ainda referência a Amada Vida, de Alice Munro, e a
Trabalhos de Casa, de Rogério Casanova, apresentado como «um dos nossos
melhores leitores e críticos».
Em «A Voz do Brasil», Eduardo Coelho saúda o lançamento no Brasil de Clarice Lispector– Pintura, de Carlos Mendes de Sousa, pela editora Rocco.
O "Trabalhos de Casa" de Rogério Casanova foi um dos tiros mais certeiros da RA. Actualmente, não há melhor crítico em Portugal. Conjuga competência, humor e erudição como nenhum outro. Espero que venham a publicar mais livros dele.
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