«Muito mais
do que algo a que se poderia chamar banalmente uma biografia romanceada, Fala,
Memória é um texto fluido que assenta numa arquitetura de grande precisão,
onde se tenta a quase impossível tarefa de, como o entendeu o próprio, misturar
“a verdade exata” com a “triagem artística rigorosa”. O famoso capítulo 16
(incluído com apêndice), em que Nabokov é outro que afinal é ele, apresenta-se
como um exercício-chave de extraordinário brilhantismo que nos coloca perante o
limite do paradoxo: o escritor/homem é apenas escrevendo(-se), para dizer,
parafraseando Flaubert, “Monsieur Nabokov c’est moi”.» [Ana Cristina Leonardo,
Expresso, Atual, 25-05-2013]
28.5.13
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário