Já alguma vez o leitor viu algo que não estava lá? Ouviu
alguém chamar o seu nome numa casa vazia? Sentiu que o seguiam, mas quando se
virou não encontrou ninguém?
As alucinações não pertencem apenas aos loucos. Estão mais
frequentemente ligadas a falhas sensoriais, intoxicação, doença ou lesões.
Pessoas com enxaquecas podem ver arcos de luz cintilantes ou
figuras liliputianas. Pessoas com falhas de visão podem, paradoxalmente,
mergulhar num mundo visual alucinatório. As alucinações podem aparecer com uma
simples febre ou mesmo ao acordar ou adormecer, quando as pessoas têm visões
que vão desde manchas luminosas coloridas até rostos perfeitamente
pormenorizados, ou mesmo seres aterrorizantes. Pessoas que estão de luto podem
receber «visitas» do falecido. Em algumas condições, as alucinações podem levar
a epifanias religiosas, ou mesmo à sensação de abandonarmos o nosso corpo.
O ser humano sempre procurou este tipo de visões, tendo
durante milhares de anos utilizado substâncias alucinogénias para as obter.
Enquanto jovem médico na Califórnia nos anos 60, Oliver Sacks teve um interesse
pessoal e profissional por psicotrópicos. Neste livro, o autor reúne histórias
dos seus pacientes e a sua própria experiência.
«Sacks escreve histórias de aventura, relatos de viagens ao
território inexplicado do cérebro. Ao fazê-lo, revela-nos uma paisagem bastante
mais estranha e complexa do que alguma vez poderíamos inferir a partir das
nossas interacções diárias.» [The Sunday Times]
«Sacks é, acima de tudo, um médico que escreve com compaixão
e clareza… O resultado é uma espécie de discurso humano sobre a fragilidade das
nossas mentes, dos corpos que lhes dão forma, e do mundo que criam para nós.» [The
Daily Telegraph]
«Oliver Sacks tornou-se o neurologista mais famoso do mundo.
Os seus estudos sobre mentes debilitadas permitem uma clara compreensão dos
mistérios da consciência.» [The Guardian]
Sem comentários:
Enviar um comentário