Bob Dylan em Byrdcliff, Nova Iorque, 1968. Foto de Elliott
Landy (Magnum).
«E assim foi,
durante dois anos e meio lá se foram as nossas horas vagas, as férias. Metemos
Dylan na cabeça como uma obsessão, como uma maldição, comprei os muitos discos
que ainda não tinha, encomendei livros, passei dois anos embebido na sua música
e embrenhado na leitura do que ele tinha escrito, do que se tinha escrito sobre
ele e sobre a sua obra. E, agarradas às suas músicas, às suas letras, vinha o
caldo a partir de onde tudo aquilo explodira: as influências literárias, musicais,
cinematográficas, as musas; e, como consequência, lá estávamos nós a ler sobre
poesia inglesa, baladas escocesas e irlandesas, sobre blues e lendas dos
blues, a rever Fellini, Hitchcock e Scorsese. Até debruçados sobre
coisas aparentemente menos do domínio das artes, como activistas políticos, gangsters,
jogadores de basebol e pugilistas, pois Dylan tudo cantou, como qualquer songster
que se preze.» [Pedro Serrano, co-tradutor, com Angelina Barbosa, de Canções,
Vols. 1 e 2, de Bob Dylan, no sítio Sem Compromisso]
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