No caderno LIV
do jornal i de 9 de Março, Vanda Marques entrevista Alcir Pécora, um dos
membros do júri do Prémio Camões, a propósito do vencedor em 2012: Dalton
Trevisan, «o grande prosador do Brasil».
Sobre a
importância de Dalton Trevisan na literatura brasileira, Alcir Pécora diz:
«Desde os anos 60, Dalton fornece um dos modelos mais influentes e bem
realizados do gênero do conto no Brasil. De sua geração, no gênero, apenas
Rubem Fonseca o iguala como padrão de influência, mas com qualidade menos regular
de realização. Também é uma literatura que conversa com outros gêneros
literários, como a poesia e o haikai, e com linguagens de toda sorte, do
comercial de TV à revista pornográfica», acrescentando que a obra de Dalton se
distingue da dos seus contemporâneos pelo «apuro estilístico, aplicado com
minúcia e obsessão de poeta construtivista; a capacidade de descrição e análise
de tipos sórdidos; a emulação baixa de modelos literários altos; a emulação
alta de linguagens baixas; a consistência do conjunto da obra; o menoscabo dos
aparelhos promocionais.»
De Dalton
Trevisan, a Relógio D’Água já publicou Cemitério de Elefantes, O
Vampiro de Curitiba, Novelas nada Exemplares e o romance A
Polaquinha. Ainda este mês sairá Guerra Conjugal e A Trombeta do
Anjo Vingador chegará às livrarias em Abril.
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