No suplemento
ípsilon do Público de 22 de Fevereiro, Maria da Conceição Caleiro
escreve sobre O Próximo Outono, de João Miguel Fernandes Jorge e Pedro
Calapez: «O Próximo Outono é um livro literal e etimologicamente
fabuloso, fantástico. Tal como a pintura, ele é assumidamente produto de
fantasmas — convocados voluntária e involuntariamente, mas quase sempre
presentes in absentia tanto no autor como no leitor (talvez outrora
visitante) e no próprio artista plástico, cujo contexto material e sensível de
produção se apagou e o curador persegue. Tudo o que precede a obra existe
latente, mas a sua actualização não esgota o enigma, apenas desloca a transcendência.
Esta não cessa de latejar, esfarelando sempre a coincidência, relançando o
desejo de produzir arte.»
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