«Compare-se
esta peça com um sol. O poder dos seus raios tem gerado um sem-número de novas
criações. Porém o centro permanece opaco e arde a temperatura inacessível. É o
mais enigmático dos textos do mais enigmático dos autores. (…) Sobre esta A
Tempestade há que dizer que permanece estranha aos nossos olhos e aos
nossos ouvidos. E, no entanto, as suas personagens vão, com outras, no jorro da
popularidade, passando pelo tempo e pelas culturas, tratadas como gente da
família, com ternura e com falta de respeito. Muitos dos que conhecem Próspero
e Caliban ignoram, na verdade, Próspero e Caliban. Há que voltar ao texto que,
apesar de fortemente acompanhado pela História, resplandece na sua
auto-suficiência, senhor de uma difícil beleza em estado bruto.» [Da Introdução
de Hélia Correia]
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário