7.12.12

Sobre Cartas a Nora, de James Joyce





«Estas cartas marcam o roteiro do que o próprio Joyce chamou um “amante estranho, equivocado, ciumento e caprichoso” (p. 58). Minado pelo ciúme, pela intriga, cria cenários, encena fantasias, (não) exorciza fantasmas. Sobretudo, escreve. O que há nelas de extraordinário não é propriamente a pulsão erótica, mas a assunção dela. O que aqui marca é que Joyce ponha na escrita, numa espécie de corrente de consciência, algo de tão fugidio e inatingível como uma descarga eléctrica.» [Hugo Pinto Santos, Time Out Lisboa, 5-12-2012]

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