Na
última edição do Atual de 29 de
Dezembro é feito um balanço dos livros editados em Portugal em 2012.
Como
em anos anteriores, a Relógio D’Água é a editora com mais obras destacadas (9),
entre as dez seleccionadas por cada crítico do Expresso.
Ana
Cristina Leonardo escolhe A Travessia,
de Cormac McCarthy, e Contos Completos,
de Lydia Davis. José Guardado Moreira selecciona Ada ou Ardor, de Vladimir Nabokov, e A Poesia do Pensamento, de George Steiner. Luís M. Faria escolhe A Travessia, de Cormac McCarthy. Luísa
Mellid-Franco destaca Num Lugar Solitário,
de Ana Teresa Pereira. E Pedro Mexia escolhe Contos, de Pirandello, Contos
Completos, de Lydia Davis, e Novelas
nada Exemplares, de Dalton Trevisan.
De
notar que a avaliação dos críticos do Expresso
é enviesada em relação a uma apreciação em termos absolutos, já que António
Guerreiro apenas escolheu livros de poesia, José Mário Silva autores
portugueses, o mesmo sucedendo com Luísa Mellid-Franco. Sara Figueiredo Costa
seleccionou apenas obras de banda desenhada ou ilustradas.
No
ípsilon de 28 de Dezembro, vários
críticos do Público tinham feito igualmente as suas escolhas. Entre as 10
primeiras, estão dois livros da Relógio D’Água, a saber: Contos Completos, de Lydia Davis, apresentado por José Riço
Direitinho, e Um Sopro de Vida, de
Clarice Lispector, afirmando Conceição Caleiro que «Clarice Lispector escreve
como ninguém».
Um
sintoma da dispersão de gostos, da diferenciação de critérios, é que entre as
obras seleccionadas pelo Expresso e
pelo Público há apenas dois títulos
em comum, que são Contos Completos,
de Lydia Davis, e A Piada Infinita,
de David Foster Wallace.
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