5.11.12

António Guerreiro sobre Ana Teresa Pereira





No suplemento Atual do Expresso de 3 de Novembro, António Guerreiro escreve sobre Ana Teresa Pereira, a quem foi recentemente atribuído o Grande Prémio de Romance e Novela da APE: «Numa altura em que assistimos à proliferação e ao triunfo desenfreado de um tipo de romance que já deixou de ser um género literário para se tornar um mero género editorial — um tipo de romance que parece saído das oficinas de “escrita criativa”, com os seus truques pindéricos e os seus números de prestidigitação —, as narrativas desta escritora situam-se noutro lado: do lado de um mundo interior obsessivo, inquietante, que não procura fazer piruetas para ir entretendo os leitores (acrecente-se, aliás, que a pessoa da autora também nunca foi vista a fazer piruetas e a oferecer os seus préstimos para animar a vida mundano-literária). E, talvez por essa dimensão obsessiva, pelo valor da reiteração e da insistência em lugares e personagens, o universo literário de Ana Teresa Pereira ganha uma maior consistência, e torna-se mais interessante, se o acompanharmos no seu percurso, de livro para livro.»

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