No suplemento
Atual do Expresso de 3 de Novembro, António Guerreiro escreve
sobre Ana Teresa Pereira, a quem foi recentemente atribuído o Grande Prémio de
Romance e Novela da APE: «Numa altura em que assistimos à proliferação e ao
triunfo desenfreado de um tipo de romance que já deixou de ser um género literário
para se tornar um mero género editorial — um tipo de romance que parece saído
das oficinas de “escrita criativa”, com os seus truques pindéricos e os seus números
de prestidigitação —, as narrativas desta escritora situam-se noutro lado: do
lado de um mundo interior obsessivo, inquietante, que não procura fazer
piruetas para ir entretendo os leitores (acrecente-se, aliás, que a pessoa da
autora também nunca foi vista a fazer piruetas e a oferecer os seus préstimos
para animar a vida mundano-literária). E, talvez por essa dimensão obsessiva,
pelo valor da reiteração e da insistência em lugares e personagens, o universo
literário de Ana Teresa Pereira ganha uma maior consistência, e torna-se mais
interessante, se o acompanharmos no seu percurso, de livro para livro.»
5.11.12
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