O Prémio PEN
Ensaio foi atribuído a Maria Filomena Molder, por O Químico e o Alquimista —
Benjamin, Leitor de Baudelaire (2011), por um júri constituído por Maria
João Cantinho, Paula Mendes Coelho e Ricardo Gil Soeiro.
Na Relógio
D’Água, Maria Filomena Molder tem publicadas as obras Semear na Neve, A
Imperfeição da Filosofia e Matérias Sensíveis.
No suplemento
«Atual» do Expresso de 22 de Abril, António Guerreiro leu o ensaio de
Maria Filomena Molder sobre Walter Benjamin enquanto leitor de Baudelaire, em O
Químico e o Alquimista: «Filosofia e tradução, tradução e poesia, poesia e
filosofia: eis os “problemas” benjaminianos para onde é atraída a leitura de
Molder, que pratica aquela Darstellung ― apresentação ou representação ―
que foi central no trabalho filosófico (e epistémico-crítico) de Benjamin. Mas
a constelação por onde se desloca M. F. Molder, movida pela interpretação, é
muito mais vasta: passa pelo conceito romântico de crítica e pela complexa
teoria da alegoria. E tudo isto, sem quaisquer concessões a qualquer uma das
vulgatas benjaminianas.»
Fernando
Guimarães acaba de receber o Prémio PEN Poesia por As Raízes Diferentes
(2011), atribuído pelo júri constituído por Maria do Sameiro Barroso, Albano
Martins e Rita Taborda Duarte.
Fernando
Guimarães é crítico, autor de vários livros de poesia e ensaio, tendo também
publicado ficção e teatro.
Em 2006,
foi-lhe atribuído pela Universidade de Évora o Prémio de Ensaio Vergílio
Ferreira, tendo em vista o conjunto da sua obra ensaística. Recebeu os prémios
de tradução de poesia da Fundação Calouste Gulbenkian e Paulo Quintela da
Faculdade de Letras de Coimbra. Obras de poesia e ensaio suas receberam vários
prémios literários, nomeadamente da Associação Portuguesa de Escritores, do PEN
Clube e da Associação Internacional de Críticos Literários.
No dia 24 de
Outubro, Fernando Guimarães recebeu também o Prémio Seiva, atribuído pela Seiva
Trupe, da cidade do Porto.
Sobre As
Raízes Diferentes, Pedro Mexia escreveu no Atual de 20 de Agosto de
2011: «… Guimarães recupera o motivo clássico do “escudo de Aquiles”, um
episódio da Ilíada que é uma cosmogonia poética, um mundo que nasce da
fantasia, mas também um pesado encargo, “uma peça brutal de ferro”. […] Quando
chegamos a uma sequência de esplêndidos poemas shakesperianos, Guimarães parece
concordar com Bloom, que defende que Shakespeare concentra toda a sabedoria
ocidental. Uma interpretação atenta das peças faz com que de novo se animem
vozes e vultos, que nos interrogam e interrogam a nossa condição. O que é
afinal aquele cavalo pelo qual Ricardo III oferece o seu reino […]?»
Rita Ferro recebeu
o Prémio PEN Narrativa, por A Menina É Filha de Quem?, e a Pedro Vieira
foi atribuído o Prémio PEN Primeira Obra, por Última Paragem, Massamá.
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