A Associação
Portuguesa de Escritores (APE) atribuiu hoje o Grande Prémio de Romance e
Novela 2011 a Ana Teresa Pereira pela obra O Lago.
Ana Teresa
Pereira, Maria Teresa Horta, Mário Cláudio, Nuno Júdice e Teolinda Gersão foram
os cinco finalistas, das 103 candidaturas apresentadas (só uma vez este número
foi ultrapassado). O júri foi constituído por Luísa Mellid-Franco, José Manuel
Vasconcelos, Manuel Gusmão, Manuel Simões e Silvina Rodrigues Lopes, e
presidido por José Correia Tavares.
O Grande
Prémio de Romance e Novela distinguiu até agora 26 escritores.
Sobre O
Lago, Manuel de Freitas escreveu no Atual, de 28 de Janeiro: «Aos
que pudessem achar que a escrita da autora se estava a enredar de modo quase
previsível nas suas próprias obsessões, O Lago vem provar que não é
exatamente assim. O deserto cresce, confundindo-se com a neve, e a trama deste
livro resume-se ao encontro entre um dramaturgo/autor e uma “dançarina ferida”
que, ao tornar-se atriz e amante do primeiro, se coloca à mercê de um deus
sinistro, alguém que só podia amar “um ser criado para ele” e que “não separa o
palco da vida”.»
Ana Teresa
Pereira é autora de uma vasta obra ficcional, desdobrada em romance, novela e conto.
O policial, o western e o juvenil são géneros que tem regularmente
frequentado (o seu primeiro livro, Matar a Imagem (1989), foi publicado
ao vencer o Prémio Caminho Policial).
A sua obra
está traduzida em castelhano e italiano. A mais recente tradução foi Si nos
encontramos de nuevo, publicada no início deste ano pela editora espanhola Baile
del Sol.
A obra de Ana
Teresa Pereira foi elogiada por críticos como Eduardo Prado Coelho, António
Guerreiro e Manuel de Freitas. Em 2005 recebeu o Prémio Pen Club Português de
Ficção, por Se Nos Encontrarmos de Novo, e em 2007 o Prémio Máxima de
Literatura por A Neve.
Várias teses
de mestrado e doutoramento se têm ocupado da sua obra, com destaque para Além-sombras:
Ana Teresa Pereira, de Duarte Pinheiro, ou Do escritor como predador: mistério e (re)visões na obra de Ana Teresa Pereira, de Patrícia Freitas.
Até final deste ano, a Relógio D’Água, que tem editado quase toda a obra
da autora, publicará Num Lugar Solitário.
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