No suplemento ípsilon, do Público de 1 de
Junho, Helena Vasconcelos escreve sobre Great Jones Street, de Don
DeLillo: «Está traçado o cenário de Great Jones Street, cujo protagonista é
Buck Wunderlick, um famoso músico de rock que decide abandonar a
acidentada avenida da fama e o mais desbragado proveito, deixando para trás a sua
banda e indo refugiar-se num apartamento por mobilar — “frio como uma moeda
preta” — da Baixa de Manhattan. Confinado a esse espaço esquálido, Buck atrai
toda a espécie de gente, como um santo ou um oráculo da contracultura. (…)
Harold Bloom coloca-o no centro do cânone com Thomas Pynchon,
Philip Roth e Cormac McCarthy — que constrói as suas frases com o cuidado de um
escultor e vai moldando as palavras com um prazer desbragadamente sensual.»
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