«Trata-se de uma
brilhante comédia social. Forster constrói um romance de aprendizagem para dois
personagens centrais, Lucy Honeychurch e George Emerson, durante uma viagem
cultural a Itália, tão ao gosto da sociedade inglesa vitoriana. Florença, os
seus monumentos e a paisagem circundante serão o grande cenário na quebra de
valores oitocentistas, que não iam além de “hipocrisia e superstição”; e que
“aprisionavam” almas e corpos. As páginas de Forster, a partir de Florença,
abrem-se como um bloco crescente de sensações e espelham-se, numa segunda parte
do romance, na paisagem inglesa do Surrey, num projecto de luta “mais do que
pelo amor e pelo prazer”, pela “verdade”. Pois “a verdade é o mais
importante.”» [João Miguel Fernandes Jorge, Diário de Notícias online,
24-12-2011]
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