2.2.10

Livros da Relógio D’Água nos Media (Semana de 25 a 31 de Janeiro de 2010)


No suplemento Actual do Expresso de 30 de Janeiro de 2010, Ana Cristina Leonardo escreve sobre Hannah Arendt e Martin Heidegger de Elżbieta Ettinger.
«Uma coisa é certa: para ela [Hannah Arendt], Heidegger pertencia ao clube dos gigantes, e o seu comprometimento com o nazismo não teria passado de um erro circunstancial. Tal convicção explicará, em grande parte, a amizade que Arendt conseguiu votar, até ao final da vida, àquele que fora, na juventude dela, seu mestre e amante, antes de Hitler ter subido ao poder e de o filósofo de “O Ser e o Tempo” se ter inscrito no partido nazi e assumido a cátedra de reitor oferecida pelo novo regime.»
No mesmo Actual, Rogério Casanova critica Corpos Vis de Evelyn Waugh: «O segundo romance de Waugh pertence à fase mais audaciosa e inventiva da sua carreira: uma obra-prima da comédia satírica, em que o humor é consistentemente cruel, mas sem deixar de estender uma simpatia benevolente às excentricidades e vulnerabilidades do seu alvo, essa colecção de tribos exóticas colectivamente conhecidas como as upper classes britânicas.»


Na revista Os Meus Livros de Fevereiro de 2010, é recomendada a obra Hipátia de Alexandria de Maria Dzielska.
Sara Figueiredo Costa critica A Confiança em Si, a Natureza e Outros Ensaios de Ralph Waldo Emerson, que em sua opinião «reúne alguns dos textos mais emblemáticos do autor, prosas que cruzam os terrenos férteis da filosofia e da religião e onde o optimismo, a auto-confiança e a crença na relação profunda entre o ser humano e o ambiente são elementos essenciais».
Numa crítica a Cutucando a musa de Jorge Fazenda Lourenço, Andreia Brites destaca a sua «interpelação à história da poesia clássica, reflectindo a partir do presente, respeitando ritmos e temas e mantendo a subjectividade poética».
Ainda na mesma revista, a jornalista e professora Fátima Lopes Cardoso escreve sobre Anos Difíceis de António Barreto.
«O segredo da longevidade das suas crónicas, publicadas há 19 anos, parece ser a argúcia com que António Barreto aborda temas que são nossos, não porque falamos a mesma língua ou vivemos no mesmo país, mas porque todos gostaríamos de alterar as realidades criticadas.»

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