26.11.24

Sobre Mártir!, de Kaveh Akbar

Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Mártir!, de Kaveh Akbar (tradução de José Miguel Silva), romance finalista do National Book Award


Cyrus Shams é um jovem a lidar com uma herança de violência e perda. O avião no qual viajava a mãe foi abatido nos céus do Golfo Pérsico num acidente sem sentido, e a vida do pai na América foi limitada devido ao seu trabalho como matador de frangos numa empresa de produção industrial de gado.

Cyrus é alcoólico, viciado e poeta. A sua obsessão por mártires leva-o a investigar os mistérios do seu passado. Um tio que cavalgava pelos campos de batalha iranianos vestido como o anjo da morte para inspirar e confortar os moribundos; e a mãe, através de uma pintura descoberta numa galeria de arte em Brooklyn, que sugere que ela talvez não fosse quem ou o que parecia ser.

Mártir!, de Kaveh Akbar, é um tributo à forma como passamos as vidas em busca de significado — na fé, na arte, em nós mesmos e nos outros.


«O primeiro romance de Kaveh Akbar é tão deslumbrante, comovente e belo, que, ao lê-lo, me esquecia constantemente de respirar. Esta história e as suas personagens ficarão comigo o resto da vida.»

[John Green, autor de A Culpa É das Estrelas]


«Akbar é um escritor deslumbrante, com uma habilidade incrível. O que consegue em Mártir! não fica aquém de um milagre.»

[The New York Times Book Review]


«Kaveh Akbar é um dos meus escritores favoritos. De sempre.»

[Tommy Orange]


«O melhor romance que podemos ler sobre a alegria da linguagem, o vício, o deslocamento, o martírio, a pertença e as saudades de casa.»

[Lauren Groff]


«Kaveh Akbar retrata o espetro da vida e da morte com enorme beleza e cuidado.» [Raven Leilani]



Nascido a 15 de janeiro de 1989, Kaveh Akbar é um poeta, romancista e editor iraniano-americano. É autor das coletâneas de poesia Calling a Wolf a Wolf e Pilgrim Bell. O seu romance Mártir!, bestseller do The New York Times, foi finalista do National Book Award e um dos livros favoritos do ano de Barack Obama.

Akbar é fundador do Divedapper e editor de poesia da revista The Nation. Em 2018, a NPR denominou-o «o maior incentivador da poesia». Em 2024 recebeu uma bolsa Guggenheim e foi incluído pela Time na lista TIME100 Next 2024.


Mais informação em https://www.relogiodagua.pt/produto/martir/

25.11.24

Sobre Crime e Castigo, de Fiódor Dostoievski

 Raskólnikov, um estudante pobre e desesperado, vagueia pelos bairros degradados de São Petersburgo e comete um assassínio. A vítima é uma velha usurária. Raskólnikov imagina-se um grande homem, agindo por uma causa que está para além das convenções da lei moral e o coloca acima do comum dos mortais. O seu acto é praticado com uma mistura de sangue-frio e exaltado misticismo. Mas quando inicia um jogo do gato e do rato com um polícia, Raskólnikov é cada vez mais perseguido pela voz da sua consciência. Apenas Sónia, uma prostituta, lhe concede a possibilidade de redenção.

O crime de Raskólnikov foi inspirado no assassínio de duas mulheres, com um machado, ocorrido em 1865. Mas, pela mão de Dostoievski, transforma-se numa intensa narrativa, um protagonista desenraizado em busca de armação, uma obra em que confluem elementos psicológicos, sociais, éticos e filosóficos.

A obra foi inicialmente publicada por capítulos, em 1866, na revista O Mensageiro Russo.


«O problema de Dostoievski era apreender e tornar concretas as realidades da condição humana numa série de crises extremas e decisivas; traduzir a experiência ao modo do drama trágico — o único modo que Dostoievski considerava fiável — e, no entanto, permanecer dentro do cenário naturalista da vida urbana moderna.» [George Steiner, Tolstoi ou Dostoievski]


Crime e Castigo (trad. António Pescada) e outras obras de Fiódor Dostoievski estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/fiodor-dostoievski/

Sobre Atos de Desespero, de Megan Nolan

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Atos de Desespero, de Megan Nolan (tradução de Maria de Fátima Carmo)


Uma narradora anónima conhece Ciaran, um escritor por quem se torna obcecada. Após uma breve e avassaladora relação, ele rejeita-a, lançando-a numa espiral de obsessão, ciúmes e desejo.

Parte confissão, parte crítica, Atos de Desespero retrata uma consciência dividida entre rebelião e submissão; entre escapar da degradação e erotizá-la; entre amar e ser amável.

Nolan disseca com precisão um dos mistérios mais importantes da vida: porque desejamos o que desejamos, e como o desejamos?


«Uma história de amor diferente de qualquer outra.» [Karl Ove Knausgård]


«A escrita crua e perspicaz de Nolan lança uma nova luz sobre feridas — tanto curadas quanto abertas — e possivelmente salvará várias mulheres do tipo de sofrimento que descreve. Nolan retrata com veracidade a obsessão e retira-lhe todo o fascínio.» [The New York Times Book Review]


«Uma exploração da vida adulta precoce. Da perda e do excesso. Da alienação e da cumplicidade. É por isso que Atos de Desespero é tão impactante. Aborda os maus relacionamentos, o excesso de consumo de álcool e os trabalhos insatisfatórios, analisando-os como sintomas de um problema mais profundo de angústia e isolamento perante o mundo.» [The Guardian]


Atos de Desespero (tradução de Maria de Fátima Carmo) e Defeitos Humanos Banais (tradução de José Mário silva), de Megan Nolan, estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/megan-nolan/

Sobre Como o Grincho Roubou o Natal!, de Dr. Seuss

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Como o Grincho Roubou o Natal!, de Dr. Seuss (tradução de Maria Eduarda Cardoso)


Entra no espírito natalício com o clássico de Dr. Seuss protagonizado pelo Grincho e pela Lili Tal. O teu coração vai triplicar de tamanho!


Todos os habitantes da Vila Tal gostavam muito do Natal... com exceção do Grincho, que vivia no norte da vila.


Esta comovente história, que envolve o Grincho, o seu cão, Max, a Lili Tal e todos os habitantes da Vila Tal, narra os efeitos do espírito natalício e aquece até os corações mais frios e mais pequenos.

O Grincho tornou-se um ícone das festividades e a sua história é perfeita para leitores de todas as idades.


“Irreprimível e irresistível.” [Kirkus Reviews]



Theodor Seuss Geisel nasceu a 2 de março de 1904 e faleceu a 24 de setembro de 1991. Foi um autor de livros infantis, cartoonista político, ilustrador, poeta, animador e cineasta americano. Escreveu e ilustrou mais de sessenta livros sob o pseudónimo Dr. Seuss, que venderam mais de setecentos milhões de exemplares e foram traduzidos para mais de cinquenta idiomas.


Como o Grincho Roubou o Natal!, de Dr. Seuss, está disponível em https://www.relogiodagua.pt/autor/dr-seuss/

24.11.24

No aniversário de Rómulo de Carvalho

 Relógio D’Água celebra aniversário de Rómulo de Carvalho com lançamento da sua biografia por Cristina Carvalho: António Gedeão, Príncipe Perfeito, que chegará em breve às livrarias


“Este é um breve encontro numas linhas escritas em algumas páginas. Tudo o que eu possa afirmar e informar, ainda que com muitas omissões, sobre este eminente professor, pedagogo, historiador, cientista, poeta, é que foi um Homem do Renascimento. De um outro Renascimento, o do século xx.

Quem foi, de quem nasceu, como cresceu, que desejos, que impulsos, que transcendência foi essa que o iluminou, tudo o que realizou, como e onde trabalhou, o que deixou dito, o que deixou feito, o desejo de ser útil, a vontade, a vida, tudo dito e escrito será nada ou quase nada.

O seu dia-a-dia foi de trabalho, de pesquisa, de investigações demoradas e de criação. Incansavelmente. Essa vontade da ciência, da sua divulgação e do ensino, dentro do que foi possível, cum­priu-se. A disciplina, as regras e o método foram a orientação de toda a sua vida. A compreensão da atitude para com o próximo e o espírito de dádiva que marcou o longo percurso da vida pessoal, familiar e profissional desenharam um traçado permanente. A estética, a beleza, o deslumbramento, o intangível acorde de um outro mundo — o da poesia — envolveram-no e tornou-se realidade.” [Da Nota Prévia]


As obras de Cristina Carvalho já editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/cristina-carvalho/

Sobre Breve História de Sete Assassinatos, de Marlon James

 Jamaica, 3 de dezembro de 1976. Sete assassinos de metralhadoras em riste entram de rompante na casa de Bob Marley na véspera de um concerto. Apesar de ferido no peito e num braço, o cantor de reggae sobrevive. Os homens nunca foram descobertos. Mais de oitenta mil pessoas assistem ao concerto que Marley dá dois dias depois.

Breve História de Sete Assassinatos é um livro que revela um poder narrativo ímpar para explorar este evento quase mítico.

Com uma ação que atravessa três décadas e vários continentes, narra as vidas de várias personagens inesquecíveis — miúdos da favela, engates de uma noite, barões da droga, namoradas, assassinos, políticos, jornalistas, e mesmo agentes da CIA.

Breve História de Sete Assassinatos foi já considerado um dos melhores e mais extraordinários romances do século XXI e venceu o Man Booker Prize em 2015.


«Um mergulho intenso num mundo demente, violento e corrupto, feito de forma sublime com recurso à voz de múltiplos narradores… o romance mais original que li em vários anos.» [Irvine Welsh]


Breve História de Sete Assassinatos e Leopardo Negro, Lobo Vermelho (trad. José Miguel Silva) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/marlon-james/

23.11.24

Sobre A Morte É Uma Flor, de Paul Celan

 “Talvez mais do que todos os que já conhecíamos, este último livro de Paul Celan (que ele, na ambiguidade do gesto de conservar os poemas, quis e não quis que fosse último) gravita à volta de um núcleo de sentido(s) que é o de sempre, mas de onde se destacam, com contornos mais nítidos, dois vectores maiores: a memória e o silêncio (poderíamos também dizer: a História e a Linguagem).” [Do Posfácio de João Barrento]


A Morte É Uma Flor (tradução e posfácio de João Barrento) e outras obras de Paul Celan estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/paul-celan/

22.11.24

Sobre Desfile, de Rachel Cusk

 «“Desfile”, que tem o aspecto de um livro de contos, põe em causa a própria ideia de ficção. […]

O elemento constante é este: o artista como caso patológico de uma sociedade onde o amor se extinguiu. Os excertos são do texto “O Espião”, o último dos quatro: “Usando o sistema do amor, construímos uma estrutura de posse. Os nossos sentimentos viviam dentro desta estrutura, aí tentando replicar‑se. Procuravam a familiaridade e a sensação da realidade das coisas. […] Alguns destes sentimentos eram aceitáveis o suficiente para os mostrarmos em público; remetíamos os outros para os sótãos e caves. Tínhamos a sensação de que as nossas vidas eram uma história […]. De acordo com esta história, o passado era um lugar de desconhecimento a partir do qual tentávamos incessantemente transportar‑nos para o futuro. […] Tentávamos ser afetuosos, mas quando os passos nos sótãos e caves soavam bem alto, impacientávamo‑nos com o amor. Queríamos avançar, para o futuro.”» [Pedro Mexia, E, Expresso, 22/11/2024: https://expresso.pt/revista/culturas/livros/2024-11-21-livros-rachel-cusk-e-os-impacientes-com-o-amor-4282cd9b]


Desfile (tradução de Alda Rodrigues) e outras obras de Rachel Cusk estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/rachel-cusk/

Lançamento da edição comemorativa dos 70 anos de A Sibila



Acontece amanhã, dia 23 de Novembro, às 17:00, o lançamento da edição comemorativa dos 70 anos de A Sibila de Agustina Bessa-Luís, no Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, nos Jardins do Palácio de Cristal, R. de Dom Manuel II, Porto.

A apresentação é feita por Eduardo Paz Barroso, a moderação por Jorge Sobrado.

O ilustrador Frederico Draw estará presente.


A Sibila, com desenhos de Frederico Draw, e outras obras de Agustina Bessa-Luís estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

20.11.24

Sobre De Bicicleta — Antologia de Textos, de Vários Autores

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: De Bicicleta — Antologia de Textos, de Vários Autores (tradução de Júlia Ferreira e José Cláudio)


Este livro reúne alguns dos mais interessantes escritos literários sobre a bicicleta publicados nos últimos cem anos. São vinte e um autores reunidos para celebrar as alegrias, dores e possibilidades de um meio de locomoção, de um desporto e de uma arte que conhece actualmente um novo fôlego.

Esta edição conta com um novo texto de Joana Bértholo.


Mais informação em https://www.relogiodagua.pt/produto/de-bicicleta/

Adaptação cinematográfica de Pequenas Coisas como Estas, de Claire Keegan, estreia-se dia 9 de Janeiro

O filme de Tim Mielants que adapta “Pequenas Coisas como Estas”, livro de Claire Keegan, teve estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Berlim e estrear-se-á nas salas de cinema portuguesas a 9 de Janeiro de 2025.

O elenco conta com Cillian Murphy, Ciarán Hinds e Emily Watson, entre outros actores.


Pequenas Coisas como Estas (trad. Inês Dias) e outras obras de Claire Keegan estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/claire-keegan/

Sobre Infância, Adolescência e Juventude, de Lev Tolstói

 Infância, Adolescência e Juventude situa-se entre a autobiografia e a ficção.

São três narrativas que parecem destinadas a reviver e dar permanência a um mundo que, aos vinte e três anos, Tolstói deixava para trás, iniciando no Cáucaso as experiências que iria relatar em Cossacos.

Como o autor de Anna Karénina revelaria mais tarde, a trilogia inspirou-se nas relações de Tolstói e da sua família com a de Alexander Isleniev, que vivia nas proximidades de Iasnaia Poliana.

Em Infância, Nikolai é o retrato que o autor quis dar de si mesmo, apenas o pai e a mãe do protagonista sendo figuras compósitas (a mãe de Tolstói morreu quando ele tinha apenas dezoito meses).

Infância foi escrito em Tiflis, no Cáucaso, quando Tolstói aí preparava exames para o curso de oficial. A obra, publicada em 1852, teve grande repercussão. Dostoievski, no seu exílio siberiano, comoveu-se com o livro e exprimiu o desejo, nunca realizado, de se encontrar com o autor. O czar, impressionado, ordenou que o jovem oficial que arriscara a vida nos combates em Sebastopol fosse retirado para zona menos perigosa.

Tolstói vai escrever, já em São Petersburgo, Adolescência e, três anos depois, em 1857, Juventude.

Em seguida, retira-se da vida militar e passa a viver na herdade familiar de Iasnaia Poliana, onde se casará com a neta de Alexander Isleniev, Sofia, dez anos depois da publicação de Infância.


Infância, Adolescência e Juventude (trad. Nina Guerra e Filipe Guerra) e outras obras de Lev Tolstói estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/lev-tolstoi/

Sobre Linha Final, de Don DeLillo

 «Linha Final, de Don DeLillo, é um romance em que se exploram a fundo os meandros do futebol americano enquanto espelho da angústia e do medo contemporâneos.» [Da Nota Prévia de Paulo Faria]


«Uma obra-prima.» [The Washington Post]


«Maravilhoso... este livro faz-nos questionar se existem limites para o potencial de DeLillo.» [The New York Times]


Linha Final, O Silêncio (trad. Paulo Faria) e outras obras de Don DeLillo estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/don-delillo/

Sobre Lapvona, de Ottessa Moshfegh

 Numa povoação medieval fustigada por desastres naturais, um pastor órfão de mãe torna-se o improvável centro de uma luta pelo poder que põe à prova todo o tipo de fé.

O pequeno Marek, o filho abusado e delirante do pastor da aldeia, nunca conheceu a mãe; o pai disse-lhe que ela morreu no parto. Um dos poucos consolos da vida de Marek é a sua relação com a parteira cega da aldeia, Ina, que o amamentou quando ele era bebé, como fazia com tantas outras crianças. Ina possui uma habilidade única para comunicar com o mundo natural. O seu dom muitas vezes concede-lhe conhecimentos sagrados em níveis que estão muito além dos alcançados por outros aldeãos, por mais religiosos que sejam. Para algumas pessoas, a casa de Ina na floresta fora da aldeia é um lugar a temer e evitar, um lugar sem Deus.

Entre eles está Barnabas, o padre da cidade e lacaio do senhor e governador Villiam, cuja mansão no topo de uma colina contém uma acumulação de riquezas. A necessidade desesperada das pessoas de acreditar que existem poderes capazes de generosidade é submetida a um teste cruel por Villiam e pelo padre, especialmente num ano de seca e fome extremas. Quando o destino põe Marek em violenta proximidade com a família do senhor, novas e ocultas forças perturbam a velha ordem. No final do ano, a fronteira que separa a cegueira e a visão, a vida e a morte, o mundo natural e o mundo espiritual provará ser muito ténue.


Lapvona (trad. Marta Mendonça) e O Meu Ano de Repouso de Repouso e de Relaxamento (trad. Ana Falcão Bastos) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/ottessa-moshfegh/

19.11.24

Sobre Física da Tristeza, de Gueorgui Gospodinov

 Finalista dos prémios Strega Europeo e Gregor von Rezzori, Física da Tristeza reafirma Gueorgui Gospodinov como um dos mais inventivos e ousados escritores da Europa.

Publicado quase uma década antes de Refúgio no Tempo, vencedor do International Booker Prize, Física da Tristeza tornou-se um clássico de culto underground. Encontrando um estranho consolo no mito do Minotauro, um homem chamado Gueorgui reconstrói a história da sua vida como um labirinto, deambulando pelo passado para encontrar a criança melancólica no centro de tudo.

Cataloga curiosos casos de abandono, que vão da Antiguidade ao Antropoceno; relata cenas de uma infância turbulenta na Bulgária dos anos 70, passada sobretudo numa cave; e descreve um encontro bizarro com um excêntrico flâneur chamado Gaustine.

Ao ler Física da Tristeza, encontramos diversas personagens secundárias, deambulamos por várias histórias e sentimos empatia pelo incompreendido Minotauro, que está no centro de tudo o que acontece.


“Um livro peculiar e de leitura compulsiva que sugere habilmente o vazio e a tristeza na sua essência.” [The New York Times]


Física da Tristeza e Refúgio no Tempo (traduções de Monika Boneva e Paulo Tiago Jerónimo) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/gueorgui-gospodinov/

Sobre Futuro Tenso, de Martha Brockenbrough

 “Divertido e acessível. Um livro que todos os jovens precisam de ler.” [Beste F. Yuksel, professora associada de Ciência da Computação na Universidade de São Francisco]


“Claro, envolvente e apaixonante, Futuro Tenso é um livro essencial para o momento presente. A nossa civilização será remodelada pelas tecnologias de IA que Brockenbrough descreve. É necessário que reconheçamos as suas origens, limitações e o seu poder de transformar o nosso mundo, para o melhor e para o pior.” [M. T. Anderson, autor de The Astonishing Life of Octavian Nothing]


“Uma leitura importante e um recurso valioso para salas de aula, bibliotecas e adolescentes com os olhos postos no futuro.” [Kirkus Reviews]


“Brockenbrough traça a história da inteligência artificial antes de mergulhar no panorama contemporâneo da tecnologia e numa análise profunda dos benefícios e desafios que ela apresenta, particularmente no papel da IA nas vidas e carreiras futuras dos adolescentes de hoje.” [Booklist]


“Esta exploração acessível da inteligência artificial é o livro que os adolescentes (e todos nós) precisam de ler neste momento.” [LitHub]


Futuro Tenso: Como Criámos a Inteligência Artificial — e como Ela Vai Mudar Tudo, de Martha Brockenbrough (tradução de José Miguel Silva), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/futuro-tenso-como-criamos-a-inteligencia-artificial-e-como-ela-vai-mudar-tudo/

Sobre Antígona, de Sófocles

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Antígona, de Sófocles, com tradução e introdução de Marta Várzeas


“Na verdade, com a representação do confronto entre Antígona e Creonte, a peça ia ao encontro das preocupações de uma democracia em construção e suscitava problemas prementes acerca da relação entre governantes e governados, acerca da relação entre a lei e a justiça e, portanto, acerca dos próprios fundamentos da pólis, isto é, da vida em sociedade.

[…]

No imaginário do Ocidente, Antígona ficou para sempre como narrativa fundadora do despertar para uma certa consciência cívica e para a afirmação do indivíduo insubmisso perante a ameaça do poder autoritário e absoluto. E, no entanto, uma leitura atenta da tragédia mostra que a complexidade do que nela se joga — e quiçá a sua intemporalidade — tem que ver, antes de mais, com o facto de a oposição entre as duas principais figuras dramáticas não ser redutível a um debate de ideias, não ser tão-pouco redutível à esfera da ética ou da política. A marca trágica desse confronto insuperável tem raízes no ethos das personagens, isto é, no seu carácter, e numa demónica radicalização das suas vontades. É desta situação particular, na qual qualquer coisa de essencial acerca do humano se manifesta, que resulta a universalidade do drama sofocliano.” [Da Introdução de Marta Várzeas]


Mais informação em https://www.relogiodagua.pt/produto/antigona/

Sobre A Lenda do Santo Bêbedo, de Joseph Roth

 A Lenda do Santo Bêbedo é uma das obras mais originais de Joseph Roth. Foi publicada em 1939, o ano da morte do autor.

Tal como Andreas — o herói da história —, Roth embriagou-se muitas vezes em Paris.

Esta não é, porém, uma obra autobiográfica. É uma novela em que um vagabundo, depois de viver debaixo de várias pontes do Sena, tem uma série de golpes de sorte que o elevam brevemente a um plano de existência diferente.


A Lenda do Santo Bêbedo (tradução de Bruno C. Duarte) e Job (tradução de Gilda Lopes Encarnação) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/joseph-roth/

Sobre O Príncipe Negro, de Iris Murdoch

 O Príncipe Negro é uma história de amor. Mas, como seria de esperar de Iris Murdoch, é, ao mesmo tempo, um emocionante thriller intelectual, uma meditação sobre arte, o amor e deus.

Bradley Pearson, o narrador, é um escritor com um «bloqueio». Rodeado de amigos e familiares vorazes – a sua ex-mulher e o cunhado delinquente, a irmã, um escritor de sucesso mais novo, Arnold Baffin, bem como a sua esposa – Bradley procura escapar a esse cerco social para escrever a obra da sua vida.

O seu fracasso dá origem a um clímax violento e a um final que coloca tudo numa nova perspectiva.


O Príncipe Negro (trad. José Miguel Silva) e outras obras de Iris Murdoch estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/iris-murdoch/

Sobre O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry

 O Principezinho foi escrito na primavera de 1943, durante a guerra, quando Saint-Exupéry estava exilado nos Estados Unidos. Com o tempo, foi sendo descoberto por sucessivas gerações de leitores, sobretudo crianças atraídas pelo encanto e transparência das suas páginas.

O Principezinho é a história de um rapaz que vivia só num planeta pouco maior do que ele. Um dia partiu em viagem pelo Universo, conhecendo o estranho mundo dos adultos, numa série de encontros extraordinários, que nos falam da avidez, da ambição ou do ridículo, mas também da amizade, do amor e da separação.

Mas este livro, escrito num momento crítico da vida do autor — exilado em tempo de guerra, homem de ação em forçada inatividade e com problemas na sua vida afetiva —, é também uma autobiografia espiritual, uma saída do presente em direção às recordações da infância, ou talvez um ato de misterioso adeus.


O Principezinho (trad. Francisco Vale) e outras obras de Antoine de Saint-Exupéry estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/antoine-de-saint-exupery/

Sobre O Príncipe e o Pobre, de Mark Twain

 A ação deste livro decorre em 1547. Conta-nos a história de dois rapazes, muito semelhantes na aparência. Um é Tom Canty, que vive com com o seu violento pai em Offal Court, perto de Pudding Lane, em Londres. O outro, o príncipe Eduardo, filho do rei Henrique VIII.

Tom era forçado pelo pai a pedir esmolas e castigado quando as não obtinha. E para esquecer a sua vida infeliz gostava de brincar com os seus amigos na rua, representando o papel de príncipe.

Foi isso que o levou um dia ao palácio do rei Henrique VIII. Quando o avistou, o príncipe mandou-o entrar. É então que decidem, por brincadeira, trocar de roupas. Mas era tal a semelhança entre os dois rapazes que os guardas acabam por expulsar o príncipe do palácio. Eduardo vagueia pelas ruas da cidade, proclamando-se o verdadeiro príncipe de Gales.

Enquanto isso, e apesar das tentativas de Tom para explicar o sucedido, tanto a corte como o rei insistem em que é ele o verdadeiro príncipe.

Mais tarde, Eduardo acaba por se cruzar com a família de Tom e com um bando de ladrões — parte da história que Mark Twain utiliza como crítica ao sistema de justiça inglês.

Após a morte de Henrique VIII, Eduardo interrompe a cerimónia de coroação de Tom.

O Príncipe e o Pobre foi publicado pela primeira vez em 1881 no Canadá, chegando aos Estados Unidos apenas em 1882.


O Príncipe e o Pobre (trad. Domingos Monteiro) e outras obras de Mark Twain estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/mark-twain/

18.11.24

Sobre Os Nossos Desconhecidos, de Lydia Davis

 «[…] quase todas as suas narrativas são geralmente muito curtas, mas não é por isso que a intensidade dos seus pensamentos e das suas associações deixa de ter um vasto alcance. Mas esse grau de intensidade provoca muito frequentemente uma certa desilusão, que Davis intencionalmente procura. Ou seja, quando o leitor começa a ler uma história, entusiasma-se e convence-se de que vai ler algo brilhante e chegar a uma conclusão fantástica. Mas é dececionado uma e outra vez. Davis não procura a conclusão óbvia. Como um raciocínio matemático, ela mais que o resultado, procura os múltiplos caminhos que a levarão a um número possível.» [Rita Homem de Mello, Jornal I, 12/11/2024: https://ionline.sapo.pt/2024/11/12/lydia-davis-indecifraveis-desconhecidos/]


Os Nossos Desconhecidos (tradução de Inês Dias) e outras obras de Lydia Davis editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/lydia-davis/

Sobre O Lago da Criação, de Rachel Kushner

 Sadie Smith, uma agente secreta americana de 34 anos, munida de táticas implacáveis e opiniões ousadas, infiltra-se, na província francesa, num coletivo ativista que tem como referências alguns intelectuais do Maio de 1968.

Sadie conhece Lucien, um parisiense de boas famílias, através de um encontro «friamente calculado», fazendo-o acreditar que fora acidental. Usando Lucien e agindo com dissimulação, segue as instruções dos seus contactos — figuras sombrias nos negócios e no governo —, que de início apenas desejam que incite uma provocação, mas que rapidamente se tornam mais exigentes.

Numa região de quintas centenárias e grutas antigas, onde habitaram Neandertais e os servos se revoltaram contra senhores feudais, Sadie fica fascinada por Bruno Lacombe, mentor dos jovens ativistas com quem comunica apenas por email.

No final, Sadie parece reconciliar-se consigo própria como parte de um mundo milenar.


«Consolida o estatuto de Kushner de uma das melhores romancistas da língua inglesa.» [The New York Times Book Review]


«Fiquei imerso e hipnotizado. Rachel Kushner é a escritora mais empolgante da sua geração.» [Bret Easton Ellis]


«Amei profundamente este livro. Tudo nele é elegante. Atingiu-me diretamente no coração.» [Louise Erdrich]


«Reinventa o romance de espionagem num gesto erudito e cheio de estilo. Um romance tão brilhante e profundo não deveria ser tão divertido.» [Hernán Díaz]


«Uma obra deslumbrante de ficção, com uma precisão impressionante em cada frase.» [The New York Review of Books]


O Lago da Criação (tradução de Manuel Alberto Vieira) e outras obras de Rachel Kushner estão disponíveis em: https://www.relogiodagua.pt/autor/rachel-kushner/

Sobre Admirável Mundo Novo — Um Romance Gráfico, de Aldous Huxley e Fred Fordham

 Publicado originalmente em 1932, Admirável Mundo Novo é uma das obras mais reverenciadas e profundas da literatura do século xx. Abordando temas de hedonismo e controlo, humanidade, tecnologia e influência, o clássico de Aldous Huxley reflete a época em que foi escrito, para que nos alerta, e permanece assustadoramente relevante.

A adaptação, esteticamente reimaginada por Fred Fordham, dá a essa poderosa e provocadora história uma nova vida visual, apresentando-a a uma geração de leitores modernos de uma maneira original e envolvente.


Admirável Mundo Novo — Um Romance Gráfico, a partir do romance de Aldous Huxley, Adaptado e Ilustrado por Fred Fordham (tradução de Mário-Henrique Leiria), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/admiravel-mundo-novo-o-romance-grafico/

Sobre Dizer o Mundo, de Alexandra Carita

 Frente a frente, um escritor e um fotógrafo. Os dois, sob a orientação de Alexandra Carita, falam sobre história, religião, política, arte e cultura, sobre eles próprios e sobre a forma como trabalham e sentem a vida. Longe do academismo, diálogos diretos trazem-nos dois olhares sobre a sociedade de hoje, traçando as grandes linhas de um Portugal preso ao passado e de uma Europa à beira de um precipício. Dizer o Mundo é a reunião de uma série de longas conversas de dois autores de uma rara lucidez.


Dizer o Mundo está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/dizer-o-mundo-conversas-com-rui-nunes-e-paulo-nozolino/


As obras de Rui Nunes editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/rui-nunes/

Sobre Os Prazeres e os Dias, de Marcel Proust

 “Se algumas destas páginas foram escritas aos vinte e três anos, muitas outras (Violante, quase todos os Fragmentos de Comédia Italiana, etc.) datam dos meus vinte anos. Não passam todas elas da vã espuma de uma vida agitada, mas que agora está calma. Oxalá um dia que tão límpida que as Musas se dignem mirar-se nela e se veja à superfície o reflexo dos seus sorrisos e das suas danças.

Oferto-te este livro. És, infelizmente, de todos os meus amigos, o único cujas críticas não receio. Tenho pelo menos a confiança de que em parte alguma dele te chocarás com a liberdade do tom. Nunca pintei a imoralidade a não ser em criaturas de consciência delicada. Por isso, demasiado frágeis para quererem o bem, demasiado nobres para gozarem plenamente no mal, conhecendo apenas o sofrimento, tive de falar delas com uma piedade sincera, de modo que não purificasse estes pequenos esboços.”


Os Prazeres e os Dias (tradução de Manuel João Gomes) e outras obras de Marcel Proust estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/marcel-proust/

17.11.24

Sobre Entretenimento e Paixão na História do Ocidente, de Byung-Chul Han

 O entretenimento, a distração e a intranscendência afirmam-se nos mais diversos âmbitos da sociedade ocidental, alterando a compreensão do mundo. “A totalização do entretenimento tem como consequência um mundo hedonista.”

Os valores que se lhe opõem são os da paixão, próprios das culturas cristãs, em que tradicionalmente se enaltece o trabalho, o esforço, o sofrimento e a seriedade. A arte relacionada com esses valores é a que integra o sofrimento e o combate entre o bem e o mal.

Perante esta oposição, parece impossível qualquer reconciliação.

Mas, como mostra Byung-Chul Han, o jogo e a paixão talvez não sejam tão antagónicos como poderiam parecer. Para o provar, o filósofo germano-coreano toma como referência Kant, Hegel, Nietzsche, Heidegger, Luhmann e Rauschenberg, e analisa as formas de entretenimento surgidas ao longo da história, evidenciando a importância do ócio nos nossos sistemas sociais.


Entretenimento e Paixão na História do Ocidente (trad. Miguel Serras Pereira) e outras obras de Byung-Chul Han estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/byung-chul-han/

De Como numa História de William Irish, de Ana Teresa Pereira

 “— Elyse — disse Tom. 

A rapariga teve um pequeno sobressalto. Depois, os seus olhos ficaram muito frios.

— Então era você.

Ele esperou.

— Tinha a impressão de vê-lo de vez em quando, à saída da loja. Ou à saída do cinema.

Tom sorriu.

— A primeira vez foi à saída do teatro.

— Qual era a peça?

— Mary Rose.

— Mas isso foi há umas três semanas. Quer dizer…

— Há três semanas que a sigo. 

Ela bebeu um pouco da bebida esverdeada.

— E não se aproximou…

Tom encolheu os ombros. Não lhe podia dizer que estava à espera de que o cabelo dela crescesse. 

— Tinha muito tempo.

— Porquê eu?

— Porque me lembra alguém.

— Já ouvi isso antes.

— Desta vez é verdade. Você parece-se com a minha mulher.

— Ela morreu? — perguntou a rapariga friamente.

— Não. Mas não vivemos juntos.

— Também já ouvi isso antes.”


Como numa História de William Irish e outras obras de Ana Teresa Pereira estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/ana-teresa-pereira/

Sobre História do Desenvolvimento das Funções Psíquicas Superiores, de L. S. Vygotsky

 «Escrito por volta de 1930, este livro é a descrição mais completa da visão de L. S. Vygotsky sobre o desenvolvimento da mente humana. Usando muitos exemplos, Vygotsky argumentou que a mente humana é fundamentalmente diferente na medida em que é baseada na cultura e na história. Não há dúvida, por exemplo, de que outros animais também têm memória, mas Vygotsky defendeu que a memória humana é diferente, dado que se apoia na linguagem e nas ferramentas culturais que os humanos desenvolveram no passado. Os humanos, ao contrário de outros animais, para fortalecer a sua memória usam estratégias de memorização (por exemplo, formar associações, experimentar, construir uma história). Tais estratégias e ferramentas, fundadas na linguagem, possibilitam despertar memórias do passado, que superam em quantidade e qualidade as utilizadas por outros animais. A riqueza de tais exemplos faz deste livro e do seu tema principal uma leitura valiosa. É uma obra sobre as características únicas da mente humana que se mantém atual, estudo clássico da psicologia do nosso tempo.» [René van der Veer, Universidade de Leiden]


História do Desenvolvimento das Funções Psíquicas Superiores (tradução e prefácio de João Pedro Fróis) e outras obras de L. S. Vygotsky estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/l-s-vygotsky/

16.11.24

Lançamento da edição comemorativa dos 70 anos de A Sibila, no Porto



Acontece no próximo dia 23 de Novembro, às 17:00, o lançamento da edição comemorativa dos 70 anos de A Sibila de Agustina Bessa-Luís, no Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, nos Jardins do Palácio de Cristal, R. de Dom Manuel II, Porto.

A apresentação é feita por Eduardo Paz Barroso, a moderação por Jorge Sobrado.

O ilustrador Frederico Draw estará presente.


A Sibila, com desenhos de Frederico Draw, e outras obras de Agustina Bessa-Luís estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

Sobre Piloto de Guerra, de Antoine de Saint-Exupéry

 «Estamos nos finais de Maio, em plena retirada, em pleno desastre. Sacrificam-se tripulações como quem lança copos de água num incêndio na floresta. Como se podem avaliar os riscos quando tudo se desmorona? (…) Em três semanas perdemos dezassete das vinte e três tripulações. Derretemos como a cera. (…)

Sabemos muito bem que a única coisa a fazer é lançarmo-nos na fogueira, mesmo que isso seja um gesto inútil. Em toda a França somos cinquenta. Nos nossos ombros pesa toda a estratégia do exército francês!»


Piloto de Guerra (trad. José Cláudio e Júlia Ferreira) e outras obras de Antoine de Saint-Exupéry estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/antoine-de-saint-exupery/

Sobre A Guerra do Mundo, de Niall Ferguson

 No início do século XX, a civilização europeia parecia esclarecida, educada, próspera e cosmopolita. A expansão da economia e da tecnologia prometia uma vida melhor para todos.

O que aconteceu para que o século XX tenha sido o mais violento e sangrento da história, devastado como foi por duas guerras mundiais e conflitos bélicos na Ásia, África e América do Sul?

Segundo Ferguson, as comunidades multiculturais foram separadas por diferenças económicas e graves conflitos raciais. Foi também um período marcado pelas lutas entre impérios decadentes e Estados-império.

Mas afinal quem ganhou a guerra do mundo? Por algum tempo, assumiu-se que foi o Ocidente, falou-se mesmo do “século americano”, mas, para o historiador britânico, assistiu-se ao declínio do domínio ocidental na Ásia e em África, num processo que ainda hoje prossegue.


“Este é um trabalho profundo e original, é a história apresentada de um modo controverso e provocatório.” [The Times]


“O melhor livro de Ferguson desde O Horror da Guerra.” [The New York Review of Books]


“Analisa com energia, perspectivas consistentes e resumos essenciais.” [The Observer]


“Um enorme, rigoroso e brilhantemente controverso livro.” [The Sunday Telegraph]


“A descrição de atrocidades vai encher os leitores de compaixão e medo.” [The Independent]


“Fascinante… acessível e provocante.” [Financial Times]


A Guerra do Mundo e A Ascensão do Dinheiro (trad. Michelle Hapetian) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/niall-ferguson/

15.11.24

Sobre Guerra e Paz, de Lev Tolstoi

 Guerra e Paz narra a invasão da Rússia por Napoleão e os efeitos que o acontecimento teve na vida da aristocracia, dos militares e da população envolvida no conflito.

A maior parte dos oficiais era originária das famílias nobres e as separações e perigos da guerra tornavam mais intensas todas as relações pessoais e, em particular, as amorosas.

Os hábitos sociais, as relações sentimentais e o declínio de algumas das mais importantes famílias de Petersburgo e Moscovo são apresentados com distanciamento ou irónica ternura.

Neste romance surgiram algumas das mais perduráveis personagens da literatura, o íntegro príncipe Andrei, o insólito Pierre Bezúkhov e a fascinante Natacha Rostova, que se tornaria indispensável para qualquer um deles.

Com esta obra e a sua apresentação em mosaico de grandes painéis da vida russa onde se movimentam centenas de personagens num período de convulsões militares, Tolstoi realizou o seu projeto de se confrontar com o Homero da Ilíada e da Odisseia.


«O maior de todos os romancistas — que outra coisa poderíamos dizer do autor de Guerra e Paz!» [Virginia Woolf]


Guerra e Paz (trad. António Pescada) e outras obras de Lev Tolstoi estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/lev-tolstoi/

Agustina Bessa-Luís celebrada na Biblioteca Palácio Galveias


No próximo dia 18 de Novembro, às 18:30, terá lugar a apresentação do retrato de Agustina Bessa-Luís, na Sala Agustina Bessa-Luís da Biblioteca Palácio Galveias, que coincide com o lançamento da edição comemorativa dos 70 anos de A Sibila.

A obra será apresentada por Frederico Pedreira e Mónica Baldaque, com moderação de Fernanda Salgueiro Bandeira.


A Sibila, com desenhos de Frederico Draw, e outras obras de Agustina Bessa-Luís estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

Sobre Nadar num Lago à Chuva, de George Saunders

 Nos últimos vinte anos George Saunders deu aulas sobre os maiores contistas russos aos seus alunos da Universidade de Syracuse, e neste livro partilha esses ensinamentos, reunidos ao longo dos anos, recorrendo a contos de Tchékhov, Turguénev, Tolstói e Gogol, através dos quais explica como funciona a ficção e a razão pela qual nestes tempos conturbados ela é mais relevante do que nunca.


«Este livro é um prazer, e é sobre prazer também. É muito diferente de qualquer manual de escrita criativa ou de qualquer ensaio de crítica literária, pois nele podemos ver o pensamento de Saunders avançar e recuar entre o ofício do escritor e o modo como o leitor entra na história através da magia das palavras.» [The Guardian]


Lincoln no Bardo (tradução de José Lima), Nadar num Lago à Chuva e Dia da Libertação, o mais recente livro de contos de George Saunders (traduções de José Mário Silva), estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/george-saunders/

Sobre Com Esta Chuva, de Annemarie Schwarzenbach

 Os contos de Annemarie Schwarzenbach reunidos em Com Esta Chuva foram escritos por volta de 1934. Começam em Israel e seguem por paisagens orientais, cidades e escavações arqueológicas que Schwarzenbach havia estudado e visitado. 

As descrições são de um realismo por vezes rude, pois, como ela própria afirmou, «a época é demasiado dura para nos exprimirmos com ligeireza».

A narradora encontra europeus que saíram dos seus países por razões políticas ou desejo de aventura e que se sentem ainda mais isolados perante os acontecimentos que devastam o velho continente, onde o fascismo se consolida e o nazismo cresce.

Há também viajantes audazes que exploram realidades desconhecidas.

São narrativas ficcionadas com imagens exatas e diálogos ágeis, percorridas pelo espírito dessa viajante inconfundível que foi Annemarie Schwarzenbach.


Com Esta Chuva (trad. de Ana Falcão Bastos) e outras obras de Annemarie Schwarzenbach estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/annemarie-schwarzenbach/

Sobre O Pangolim e Outros Poemas, de Marianne Moore

 «Vejo [na poesia de Marianne Moore] pelo menos três elementos: um ritmo muito novo, que me parece algo bastante louvável; uma utilização peculiar, genial e até satírica do que, enquanto material, não é uma linguagem “aristocrática” […]; e, por fim, uma simplicidade de frase quase primitiva.» [T. S. Eliot, «Marianne Moore», 1923]


O Pangolim e Outros Poemas (trad. Margarida Vale de Gato) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-pangolim-e-outros-poemas/

14.11.24

Sobre Defeitos Humanos Banais, de Megan Nolan

 Em 1990, em Londres, a suspeita da morte de uma menina recai sobre uma família irlandesa, os Greens.

No centro da narrativa, está Carmel, bonita, estranha e destinada a um futuro à margem das suas circunstâncias, até que a vida e o amor aparecem no seu caminho.

Agora, o escândalo surge e os jornais sensacionalistas investigam. Carmel é confrontada com os segredos e silêncios que rondaram a sua família durante várias gerações.


«Ambicioso e original.» [David Nicholls]


«Um enorme talento literário.» [Karl Ove Knausgård]


«Nolan é uma das escritoras mais brilhantes da atualidade.» [The Times]


«Um estudo lírico e subtil sobre desespero familiar e intergeracional. Um excelente romance e uma enorme realização.» [The Guardian]


«Um romance que resiste ao óbvio. Um relato feroz e implacável de uma família em crise.» [The New York Times]


«Nolan deixa claro que não é a manifestação de um género, mas uma escritora a ser lida nos seus próprios termos.» [Financial Times]


«A prosa de Nolan é límpida e precisa, com um interesse quase clínico pelo poder da vergonha.» [The Washington Post]


Defeitos Humanos Banais, de Megan Nolan (Tradução de José Mário Silva), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/defeitos-humanos-banais/


De Megan Nolan, em breve a Relógio D’Água editará também Atos de Desespero, com tradução de Maria de Fátima Carmo.

Sobre Atlas da IA, de Kate Crawford

 «É uma espécie de pré-história destas coisas da IA. É um livro francamente bom […].

É um livro bastante bem documentado e denso, no bom sentido, ou seja, justificado, com raciocínios extremamente interessantes e intuições de que eu não estava à espera sobre estas questões da IA, que em princípio vão tomar conta do nosso destino daqui a uns anos.» [Pedro Boucherie Mendes, Pop Up, Observador, 7/11/2024: https://observador.pt/programas/pop-up/o-que-quincy-jones-e-john-williams-nos-deram/]


Atlas da IA — Poder, Política e Custos Planetários da Inteligência Artificial, de Kate Crawford (tradução de José Miguel Silva) está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/atlas-da-ia/

Frederico Pedreira na próxima edição de «dst — vivos nas livrarias»

No próximo dia 16 de Novembro, sábado, Frederico Pedreira e Julieta Monginho participam numa tarde de leituras dos seus próprios textos, com moderação de Simão Lucas Pires, na livraria Centésima Página, em Braga, pelas 19 horas.

A sessão integra-se na programação do Festival Utopia.


Sonata para Surdos e outras obras de Frederico Pedreira estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/frederico-pedreira/

Djaimilia Pereira de Almeida a propósito da atribuição do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores | DGLAB

 JL publicou a 30 de Outubro o texto de Djaimilia Pereira de Almeida lido na atribuição do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores | DGLAB a Toda a Ferida É Uma Beleza.


«Dar caras e nomes a pessoas como eu e os meus, quase sempre na sombra, é o que tenho feito e tenciono continuar a fazer nos meus livros. Acredito que, escrevendo, podemos ampliar as condições para a hospitalidade, e ampliar a hospitalidade, por via de uma prática da gentileza e da curiosidade — pelo exercício de um sentido de aventura — para com aquilo que é diferente, por mais que o sinta próximo de mim.» [JL/24/10/2024]


Toda a Ferida É Uma Beleza, com ilustrações de Isabel Baraona, e outras obras de Djaimilia Pereira de Almeida editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/djaimilia-pereira-de-almeida/

Sobre Abril, de António Barreto

 Para António Barreto, Abril não é o “mês mais cruel” de que falava T. S. Eliot.

Abril de 1974 foi mesmo para ele um mês intenso e feliz. Permitiu-lhe deixar o exílio na Suíça, para onde a ditadura o empurrara, lançando-se no turbilhão da vida social, intervir na Assembleia Constituinte, participar na vida política, governamental e universitária e sempre na comunicação social.

E foi nesse Abril já remoto que os jacarandás, que nessa época invadem de cor as ruas de Lisboa, se tornaram a sua árvore favorita.

Nas últimas décadas, tem analisado as mudanças na sociedade e as vicissitudes da vida política, nada disso o impedindo de se dedicar ao Douro e à fotografia.

Como diz neste livro, que reúne textos inéditos e conferências, espera agora que as comemorações do meio século do 25 de Abril nos ajudem a “saber mais sobre nós próprios”.

“Talvez sejamos capazes de perceber melhor por que razões a ditadura durou tanto tempo, por que motivos os Portugueses deixaram que assim acontecesse. Ou antes, porque não foram capazes de melhor resistir e mais combater. Talvez sejamos capazes de saber melhor porque os Portugueses ainda são mais desiguais, pobres, analfabetos e resignados do que outros na Europa. E pode também ser que venham mais argumentos que nos permitam compreender melhor as razões pelas quais, no grande continente que é a Europa, este povo pequeno, pobre e marginal resistiu, sobreviveu e insistiu na sua independência.”


Abril e outras obras de António Barreto estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/antonio-barreto/

Sobre Pippi das Meias Altas, de Astrid Lindgren

 Astrid Lindgren escreveu Pippi das Meias Altas no inverno de 1941, quando a filha de sete anos adoeceu e lhe pediu que contasse uma história.

Pippi, imaginativa, rebelde e nada convencional, vive numa casa acompanhada de um cavalo e um macaco. Isso não admira, pois é órfã de mãe e o seu pai é um pirata e rei dos congoleses. Além disso, tem uma força invulgar.

E, claro, usa meias acima dos joelhos, o que explica o seu nome. Os seus companheiros de aventuras são Tommy e Annika.


Pippi das Meias Altas com ilustrações de Ingrid Vang Nyman (tradução do sueco de Alexandre Pastor) e outras obras de Astrid Lindgren estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/astrid-lindgren/

13.11.24

Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares, editado na Nigéria



Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares, é publicado na Nigéria pela Open Arts Publishers/Open Arts Development Foundation, com tradução de Ibrahim Malumfashi para haúça.


Uma mulher, um assassino, um médico, um menino, uma prostituta e um louco.

E uma noite.


«O livro Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares, é uma óptima obra para abrir um século. E se nada mais aparecer durante o século XXI, ele já preenche os cem anos. É sublime.» [Hélia Correia]


Jerusalém e outras obras de Gonçalo M. Tavares estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/