30.9.23

Sobre Casa, de Marilynne Robinson

 



Casa é a crónica da família Boughton, em particular do pai, o reverendo Boughton, e de Glory e Jack, dois dos seus filhos adultos.

Apesar de relacionado com Gilead (o anterior romance de Robinson), é um livro independente em que alguns acontecimentos são vistos sob uma nova perspetiva.

Casa venceu, em 2008, o Los Angeles Times Book Prize e o Orange Prize for Fiction em 2009, e foi finalista do National Book Award for Fiction. Foi também considerado um dos cem livros mais notáveis de 2008 pelo The New York Times e um dos melhores livros desse ano pelo The Washington Post e pelo San Francisco Chronicle.

Para o crítico James Wood, que sobre ele escreveu na The New Yorker, foi um dos dez livros favoritos no ano da sua publicação.


Casa (tradução de Alda Rodrigues) e outras obras de Marilynne Robinson estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/marilynne-robinson/

Sobre O Garden-Party, de Katherine Mansfield

 



Está um dia quente e sem vento quando a família Sheridan se prepara para fazer uma festa no seu jardim. Mas enquanto Laura, uma das filhas, se ocupa da organização do evento, notícias sobre a morte de um vizinho ameaçam a celebração.


O Garden-Party (tradução de Manuel Resende) e outras obras de Katherine Mansfield estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/katherine-mansfield/

29.9.23

Sobre O Coração É Um Caçador Solitário, de Carson McCullers

 



O Coração É Um Caçador Solitário foi o primeiro livro escrito por Carson McCullers, quando tinha 23 anos.

Depressa se tornou uma referência na literatura do século xx.

No sul dos Estados Unidos, numa vila da Georgia nos anos 30, num cenário desolado de intolerância racial e isolamento, John Singer, um surdo-mudo, torna-se de súbito confidente de um grupo de personagens marginais quando o seu único amigo, também surdo-mudo, é institucionalizado. 

Mick Kelly é uma adolescente, apaixonada pela música, sonha compor sinfonias e é filha dos proprietários da pensão onde Singer vive; Jake Blount é um agitador socialista que passa os dias alcoolizado; Biff Brannon é o desiludido proprietário de um pequeno café com desejos sexuais ambíguos; e Benedict Copeland é um médico negro que luta, em vão, pela igualdade racial. Todos sentem que não encaixam nos papéis que a sociedade lhes reservou, todos procuram à sua maneira preencher o vazio deixado pelos sonhos perdidos — e todos, por algum motivo, acham que Singer os compreende. 

Mas o impassível Singer procura apenas em cada visita arrancar o seu amigo à indiferença…


«Um livro notável… A escrita de McCullers é apaixonante.» [The New York Times]


«… a obra de Carson McCullers não se eclipsará com o tempo, antes irradiará cada vez com maior fulgor.» [Tennessee Williams]


O Coração É Um Caçador Solitário (trad. Marta Mendonça) e outras obras de Carson McCullers disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/carson-mccullers/

Sobre Estado de Vigilância, de Josh Chin e Liza Lin

 




«A vigilância do Estado chinês sobre os seus cidadãos é uma das grandes histórias do nosso tempo e um duplo aviso — sobre os riscos da tecnologia e sobre a fragilidade das democracias. O que distingue o sistema chinês é, por um lado, o volume de dados processados e, por outro, a sua utilização para controlar os cidadãos a um nível inédito.

Como a China já representa uma parte substancial da economia global e as suas tecnologias de vigilância são exportadas para outros países (o Uganda é caso de estudo neste livro), a consciência do que lá se passa faz parte da educação cívica contemporânea. Josh Chin e Liza Lin, repórteres do Wall Street Journal, desembaraçam-se muito bem da tarefa.» [Luís M. Faria, E, Expresso, 29/9/2023]


«Estado de Vigilância — A Via Chinesa para Uma Nova Era de Controlo Social», de Josh Chin e Liza Lin (tradução de Valério Romão), está disponível em https://relogiodagua.pt/.../estado-de-vigilancia-pre-venda/

Sobre Sonho de Uma Noite de Verão, de William Shakespeare

 



«A grandeza de uma peça — assim como de qualquer texto literário — fica confirmada se, a cada nova leitura, lhe encontramos mais mérito e significado. Assim acontece com Sonho de Uma Noite de Verão que, depois de atravessar períodos de esquecimento ou mesmo quase desprezo por parte de críticos, encenadores e público, tem vindo a consolidar uma popularidade de diferentes matizes mas sempre crescente e a firmar-se como “uma das maiores peças teatrais da literatura, e, se examinarmos a sua forma dramática, vemos que representa um avanço ousado em novas direcções” (Clemen).» [Da Introdução]


«Eu próprio estou disposto a afirmar que o Sonho de Uma Noite de Verão é a melhor comédia de Shakespeare.» [Frank Kermode]


«Sob todos os pontos de vista, o Sonho de Uma Noite de Verão é uma peça perfeita.» [Ralph Richardson]


«Um dos triunfos cómicos [de Shakespeare], nem sequer igualados por Molière.» [Harold Bloom]


«Um Shakespeare na plena posse das suas possibilidades únicas.» [Giuseppe Tomasi di Lampedusa]


Sonho de Uma Noite de Verão (trad. Maria Cândida Zamith) e outras obras de William Shakespeare estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/william-shakespeare/

Sobre Bartley, o Escrivão, de Herman Melville

 



Quando um advogado de Nova Iorque precisa de empregar um escrivão, é Bartleby quem responde ao anúncio. Apresenta-se «pálido e asseado, com um ar respeitável mas que inspirava compaixão, e claramente desamparado». Começando por se mostrar um empregado prestável, rapidamente começa a recusar trabalho, dizendo apenas: «Preferia não o fazer.» Assim começa a história de Bartleby — absurdamente passivo, paradoxalmente disruptivo —, uma história que rapidamente muda de registo de farsa para uma inexplicável tragédia.


«Bartleby é mais do que um artifício ou ócio da imaginação onírica; é fundamentalmente um livro que nos mostra essa inutilidade essencial, que é uma das quotidianas ironias do universo.» [J. L. Borges]


Bartleby, o Escrivão (trad. José Miguel Silva) e outros livros de Herman Melville estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/herman-melville/

Sobre O Senhor Teste, de Paul Valéry

 



«Num dia de sorte o Senhor Valéry propôs-se, porém, com um alter-ego e chamou-lhe Senhor Teste. (…)

O Senhor Teste faz lembrar um homem. Vemo-lo na rua, na Ópera, no restaurante, transmitido por impressões de um narrador desconhecido, da sua mulher, de um amigo; pressentimo-lo mais Valéry do que nunca em extractos de um Log-book e nalguns pensamentos; chega a ser proposto de fugida num corpo espadaúdo e seco, sem nenhum gesto.» [Da Introdução]


O Senhor Teste, de Paul Valéry (trad. e introd. de Aníbal Fernandes), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-senhor-teste-2/

28.9.23

Sobre Amor e Perda, de Amy Bloom

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Amor e Perda, de Amy Bloom (tradução de José Mário Silva)


Amy Bloom começou a reparar em mudanças no marido, Brian. Reformou-se de um novo emprego de que gostava. Afastou-se das amizades mais próximas. Começou a falar bastante sobre o passado. Subitamente sentiu que existia uma parede de vidro entre eles. As suas longas caminhadas e conversas cessaram. O seu mundo foi lentamente abalado até uma ressonância magnética confirmar o que não podiam mais ignorar: Brian sofria de Alzheimer.

Ponderaram o impacto que isso teria no seu futuro como casal. Brian estava determinado a morrer de pé. A não viver de joelhos. Apoiando-se mutuamente numa última jornada, Brian e Amy tomaram a complicada decisão de recorrer à Dignitas, uma organização com sede na Suíça que permite às pessoas terminarem a sua própria vida com paz e dignidade.

Este livro discute a parte da vida que quase sempre evitamos discutir, o fim.


«Não entendo porque nunca tinha lido a ficção de Amy Bloom… mas a perda era minha.» [Dwight Garner, The New York Times]


«A mestria deste livro atrai-nos e muda-nos.» [Amy Tan]


«Um livro de memórias alegre e fascinante sobre uma das piores coisas que podem acontecer a um casal.» [Alison Bechdel]


«Este é um livro lindo e necessário para quem ama profundamente o seu parceiro.» [Alain de Botton]



Amy Beth Bloom nasceu em 1953 e é uma escritora e psicoterapeuta americana. É diretora do Shapiro Center na Universidade Wesleyan e foi nomeada para o National Book Award e o National Book Critics Circle Award.


Mais informação em https://relogiodagua.pt/produto/amor-e-perda-pre-venda/

Sobre Sicília, de Bernardo Pinto de Almeida

 



«“Sicília”, o mais recente livro de Bernardo Pinto de Almeida (BPA, 1954), representa no percurso de mais de 40 anos de poesia do autor de “Negócios em Ítaca” o ponto de chegada de um poeta que, agora, pode fazer da sageza o sinónimo para a poesia. […]

É, de facto, sob o signo do Homem que o livro começa, num poema prologal onde o tema da cópia e o tema da arte dão o pano de fundo a estes poemas estranhamente narrativos e tanto mais estranhos quanto, nas secções em que se estrutura (três, sendo a medial a que dá título ao volume), o humano serve de base a uma funda sabedoria da existência que recai sobre a morte […].

Bernardo Pinto de Almeida é, sem dúvida, um dos poetas mais importantes da poesia portuguesa actual. Crítico e ensaísta de enorme rigor e atento leitor da modernidade estética […], tem sabido , com discrição, cumprir um pessoalíssimo programa poético.» [António Carlos Cortez, JL, 20/9/2023]


Sicília, Negócios em Ítaca e outras obras de Bernardo Pinto de Almeida estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/bernardo-pinto-de-almeida/

Sobre Atlas do Corpo e da Imaginação, de Gonçalo M. Tavares

 



Atlas do Corpo e da Imaginação é um livro de Gonçalo M. Tavares que atravessa a literatura, o pensamento e as artes, passando pela imagem e por temas como os da identidade, tecnologia; morte e ligações amorosas; cidade, racionalidade e loucura, alimentação e desejo, etc. Centenas de fragmentos que definem um itinerário no meio da confusão do mundo, discurso acompanhado por imagens d’Os Espacialistas, colectivo de artistas plásticos.

É um livro para ler e para ser visto e é também, de certa maneira, uma narrativa — com imagens que cruzam, com o texto, os temas centrais da modernidade. Neste Atlas do Corpo e da Imaginação, Gonçalo M. Tavares revisita ainda a obra de alguns dos mais importantes pensadores contemporâneos, partindo de Bachelard e Wittgenstein, passando depois por Foucault, Hannah Arendt, Roland Barthes, mas também por escritores como Vergílio Ferreira, Llansol ou Lispector, entre muitos outros. Arquitectura, arte, pensamento, dança, teatro, cinema e literatura são disciplinas que atravessam, de forma directa e oblíqua, o livro.

Com o seu espírito claro e lúcido, Gonçalo M. Tavares conduz-nos com precisão e entusiasmo através do labirinto que é o mundo em que vivemos.


Atlas do Corpo e da Imaginação e outras obras de Gonçalo M. Tavares estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

Sobre Rua de Sentido Único, Crónica Berlinense, Infância em Berlim por volta de 1900, de Walter Benjamin

 


Rua de Sentido Único, Crónica Berlinense e Infância Berlinense por volta de 1900 são peças fundamentais do projecto de crítica da modernidade da multifacetada obra de Walter Benjamin. As três obras, das quais apenas a primeira foi publicada em forma de livro em vida do autor, são conjuntos virtualmente inesgotáveis de textos poético-ensaísticos. Nestes, a grande metrópole moderna, representada pela cidade de Berlim, é o cenário que oferece à “presença de espírito” do crítico inúmeros indícios, rastos, sinais, que lhe permitem ir muito além da aparente solidez de um mundo com fissuras potencialmente catastróficas. 

A abertura incondicional aos espaços da modernidade subverte a noção de interioridade e de subjectividade. É assim que os textos se constituem em local de produção de imagens de pensamento, privilegiando o foco em lugares e objectos mais do que em pessoas e acontecimentos. Como se no mundo das coisas e dos espaços, por mais insignificantes que pareçam, houvesse uma vida secreta que só um olhar excêntrico, materializado, sobretudo nas duas últimas obras, no olhar da criança, consegue captar. 

Tomando por base a edição crítica em curso de publicação desde 2008, a tradução de António Sousa Ribeiro incorpora um grande número de textos e fragmentos até ao momento inéditos em português.


«Rua de Sentido Único, Crónica Berlinense, Infância em Berlim por volta de 1900» (trad. António Sousa Ribeiro) e outras obras de Walter Benjamin estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/walter-benjamin/

Sobre Poemas Escolhidos, de T. S. Eliot

 



Os 433 versos de The Waste Land, Ash-Wednesday (1930), Four Quartets (1935 a 1942) e algumas dezenas de breves composições épico-líricas formam o essencial da obra poética de Eliot, o que, em concisão, só tem, na Europa, paralelo em Gottfried Benn.

De resto, a originalidade de Eliot parece estar aí, em apenas ter escrito depois de uma profunda acumulação interior. Mas, ao contrário daqueles que, como Rilke, reduziram, em grande parte, a criação ao momento da contemplação, à elegia, Eliot recorre também à ironia e ao sarcasmo.

Como disse Eugenio Montale: «Eliot chega muitas vezes ao canto a partir do recitativo, ao tom elevado a partir do mais coloquial. É sobretudo um poeta-músico; e não é nunca ou quase nunca (como o era Valéry e o foi muitas vezes Rilke) um neoclássico. Esta é a sua maior modernidade.»


Poemas Escolhidos (tradução de João Almeida Flor, Gualter Cunha e Rui Knopfli) e Ensaios Escolhidos de T. S. Eliot estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/t-s-eliot/

27.9.23

Sobre Duna — O Romance Gráfico: Livro 1, de Frank Herbert, adaptado por Brian Herbert e Kevin J. Anderson; ilustrado por Raúl Allén e Patricia Martín

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Duna — O Romance Gráfico: Livro 1, de Frank Herbert, adaptado por Brian Herbert e Kevin J. Anderson; ilustrado por Raúl Allén e Patricia Martín


Duna, obra-prima de ficção científica de Frank Herbert, situa-se num futuro distante, no seio de uma sociedade feudal interestelar. Conta a história de Paul Atreides no momento em que ele e a família aceitam assumir o controlo do planeta deserto Arrakis, fonte única da mais valiosa substância do cosmos.

Originalmente publicado em 1965 e agora adaptado a romance gráfico por Brian Herbert — filho de Frank Herbert — e por Kevin J. Anderson, Duna explora as interações complexas entre política, religião, ecologia, tecnologia e emoção humana à medida que as forças do império se confrontam pelo domínio de Arrakis.

Uma mistura de aventura, misticismo, ambientalismo e política, Duna é agora adaptado visualmente por Raúl Allén e Patricia Martín. o resultado c fascinante e pretende abranger uma nova geração de leitores.


«Raul Allén e Patricia Martín partem de uma história densa, adaptando matizes e significados a urna nova linguagem gráfica. Os desenhos estabelecem o âmbito e a geografia das cenas, destacam a personagem que tem o poder e guiam o leitor através da ação de um mundo de ficção científica onde famílias estão em guerra e vermes gigantes irrompem da areia. Um feito raro e visualmente muito atraente.» [Eric Heisserer, argumentista de O Primeiro Encontro, nomeado para um Oscar]


Mais informação em https://relogiodagua.pt/produto/duna-o-romance-grafico-livro-1-pre-venda/


As obras de Frank Herbert editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/frank-herbert/

Sobre Os Inquietos, de Linn Ullmann

 



«Linn Ullmann, filha de Ingmar Bergman e de Liv Ullmann, olha para trás para se resgatar do esquecimento e para manter viva a memória dos seus progenitores.

Pelo caminho, desvenda as suas circunstâncias, tão seguras financeiramente como despojadas da presença materna e paterna.

A narração é feita por dentro, desde a impressão que algo causou à autora até chegar ao acontecimento.

Há uma distância entre filhos e pais, um abismo na percepção que permite a ambos manterem uma relação próxima, mas incompreendida. São as expectativas que cavam a distância, os erros de ambos que a aprofundam, e o tempo que a vai estabilizando e eternizando. […]

A autora construiu uma memória carinhosa sobre si, os seus pais, os namorados da mãe, as mulheres do pai e outras figuras que foram preenchendo a sua infância. E digo construir porque é disso que se trata, ou seja, a interpretação possível da sua própria vida.» [Mário Rufino, Comunidade Cultura e Arte, 7/9/2023: https://comunidadeculturaearte.com/o-passado-fotograma-a-fotograma-por-linn-ullmann/]


Os Inquietos, de Linn Ullmann (tradução do norueguês de João Reis), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/os-inquietos-pre-venda/

Sobre Memória da Memória, de Maria Stepánova

 




Com a morte da sua tia, a narradora pôde examinar com todo o cuidado o seu apartamento, repleto de fotografias desbotadas, velhos postais, cartas, diários, pilhas de souvenirs, o repositório de um século de vida na Rússia.

Carinhosamente reunidos, com calma e mãos cuidadosas, esses objectos contam-nos a história de como uma vulgar família judia sobreviveu às numerosas perseguições e repressões do último século.

Em diálogo com escritores como Barthes, Sebald, Sontag e Mandelstam, Memória da Memória recorre aos mais diversos géneros, ensaio, ficção, memória, documentos históricos. Maria Stepánova compõe assim um vasto panorama de ideias e personalidades.

O livro foi finalista do International Booker Prize 2021.


«Uma ousada combinação de história familiar e análise cultural itinerante... um olhar caleidoscópico de uma família de judeus russos ao longo de um século feroz e agitado.» [The New York Times]


«Elucidativo, rigoroso e encantador.» [Elif Batuman]


Memória da Memória — Romança, de Maria Stepánova (tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/memoria-da-memoria-pre-publicacao/

Sobre Pachinko, de Min Jin Lee

 



No início do século XX, numa aldeia de pescadores na costa este da Coreia, um homem entrevado casa com uma rapariga de quinze anos. O casal tem uma filha, Sunja. Quando esta engravida de um homem casado, a família enfrenta os riscos da ruína. É então que Isak, um sacerdote cristão, lhe oferece a possibilidade de uma nova vida como sua esposa no Japão.

Depois de acompanhar este homem que mal conhece até um país onde não tem amigos nem lar, Sunja vai construindo a sua própria história.

Através de quatro gerações, Pachinko é a narrativa épica de uma família que se move entre identidade, morte e sobrevivência.


«Uma poderosa meditação sobre o que os imigrantes sacrificam para ter um lugar no mundo, Pachinko confirma a posição de Lee entre os melhores romancistas do mundo.» [Junot Díaz, vencedor do Prémio Pulitzer]


«Deslumbrante... um olhar claro e compassivo sobre a paisagem caótica da própria vida.» [The New York Times Book Review]


«Uma história abrangente, ambiciosa e viciante.» [David Mitchell, The Guardian]


Pachinko, de Min Jin Lee (tradução de Marta Mendonça), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/pachinko-pre-venda/

Sobre Gente Pobre, de Fiódor Dostoievski

 


«“Gente Pobre”, de 1846, é o primeiro romance de Dostoievski. Narra a relação entre dois primos e as relações entre pobres e ricos.» [E, Expresso, 1/9/23]


Gente Pobre (trad. António Pescada) e outras obras de Fiódor Dostoievski estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/fiodor-dostoievski/

26.9.23

Sobre Aprender a Rezar na Era da Técnica, de Gonçalo M. Tavares

 



Aprender a Rezar na Era da Técnica conta a história de um cirurgião, Lenz Buchmann, que abandona a medicina para se dedicar à política. Tem a ilusão de poder salvar muitas pessoas ao mesmo tempo, em vez de salvar uma pessoa, de cada vez, no seu acto médico. A sua subida impiedosa no Partido do poder só é interrompida por um acontecimento surpreendente e definitivo. A mão forte que segurava no bisturi e nos comandos da cidade começa, afinal, a tremer.


Aprender a Rezar na Era da Técnica e outras obras de Gonçalo M. Tavares estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

Adaptação do romance Um Amor, de Sara Mesa, estreia hoje no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián

 



Um Amor, realizado por Isabel Coixet, estreia hoje no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián. O filme adapta o romance homónimo de Sara Mesa, conta com a participação de Hugo Silva, Luis Bermejo, Ingrid García-Jonsson e Francesco Carril, e deverá estrear nas salas de cinema para Novembro.





A história de Um Amor decorre em La Escapa, uma pequena povoação rural, para onde Nat, uma jovem tradutora, se mudou por razões económicas e também em busca de equilíbrio emocional.

O seu senhorio oferece-lhe um cão num aparente gesto de boas-vindas. Os outros habitantes da zona com quem se relaciona, a rapariga da loja, o sempre disponível Píter, a velha e confusa Roberta, Andreas, o alemão com quem terá um caso amoroso, acolhem-na com distante normalidade. Mas na povoação respira-se um ambiente de preconceito, incompreensão e estranheza em relação a tudo o que é diferente, em particular a uma mulher que vive só.

O senhorio acaba por revelar-se um homem brusco, agressivo e nada disposto a ajudar a resolver os problemas de que a casa padece, desde as fendas às infiltrações, e o próprio cão mostra a todo o momento que teve um passado de maus-tratos.

La Escapa, dominada pelo monte El Glauco, vai confrontando Nat com silêncios, equívocos, preconceitos e tabus e também com ela própria e os seus fracassos.

Um Amor aborda assim a linguagem não como meio de aproximação, mas de diferença e até de exclusão.

As pulsões mais arcaicas dos habitantes de La Escapa emergem quando o cão oferecido a Nat morde uma criança e quase toda a comunidade procura nela um bode expiatório.


“As suas arestas surgem sob uma prosa de desconcertante limpidez, escorreita e ágil: lê-se com uma velocidade que associamos ao desfrutar, mas no m sentimo-nos desamparados. Um romance magnífico.” [Nadal Suau, El Cultural]


“Uma novela exigente e exacta.” [Carlos Prado, El País]


“Lendo-a, pensei em Camus, em Faulkner, no Coetzee de Desgraça.” [Manuel Rodríguez Rivero, El País]


Um Amor (trad. Miguel Serras Pereira) e A Família (trad. António Gonçalves) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/sara-mesa/

Sobre Diário do Sedutor, de Søren Kierkegaard

 



Johannes é um esteta que se empenha em criar uma possibilidade de sedução de uma jovem mulher. Persegue com dissimulação a inocente Cordelia, até ela ser completamente atraída por ele.

Mas, quando ela está prestes a ceder à sedução, percebe que alguma coisa está errada.

Através deste enredo literário, Kierkegaard reflecte sobre o homem estético: que é atraído pelo prazer sensual e deambula pela vida vitima dos seus instintos, vendo naquilo que o rodeia meios para realizar os seus desejos.

«Na vasta literatura do amor, Diário do Sedutor é uma intrigante curiosidade», observou John Updike sobre esta narrativa que é o último capítulo da Primeira Parte de Ou-Ou. Um Fragmento de Vida.


Diário do Sedutor (tradução de Elisabete M. de Sousa) e outras obras de Søren Kierkegaard estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/soren-kierkegaard/

Sobre Um Sopro de Vida, de Clarice Lispector

 



«Isto não é um lamento, é um grito de ave de rapina. Irisada e intranquila. O beijo no rosto morto.

Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida. Viver é uma espécie de loucura que a morte faz. Vivam os mortos porque neles vivemos.

De repente as coisas não precisam mais fazer sentido. Satisfaço-me em ser. Tu és? Tenho certeza que sim. O não sentido das coisas me faz ter um sorriso de complacência. De certo tudo deve estar sendo o que é.»


Neste livro inclassificável, Clarice imagina uma personagem, Ângela Pralini, através da qual entra em conflito consigo mesma para se distanciar de si e evitar o pior dos plágios.

João Cezar de Castro Rocha afirma, na edição brasileira, que os livros de Clarice «se transformam sempre num mergulho no infinito de uma identidade à deriva».

Isso é particularmente válido para Um Sopro de Vida, publicado em 1978. A sua actualidade levou Pedro Almodóvar a escrever, em carta a Benjamin Moser, biógrafo de Clarice Lispector:

«O romance é recheado de frases memoráveis sobre a criação literária e a passagem do tempo, o desespero e a multiplicidade humana, incluindo a necessidade de se falar de si mesmo, a procura por um interlocutor e o facto de se encontrar isso dentro de si mesmo. Quero citar frases dela na edição em livro do argumento de A Pele Que Habito


Um Sopro de Vida e outras obras de Clarice Lispector estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/clarice-lispector/

Sobre Gilead, de Marilynne Robinson

 



Gilead é uma povoação do Iowa com casas dispostas ao longo de algumas ruas, lojas, um depósito de água e uma estação de comboios. As gerações sucedem-se numa vida aparentemente tranquila, organizada em torno das comunidades religiosas.

Através de uma carta que o reverendo John Ames escreve ao seu filho de sete anos, para que este a leia depois da sua morte, Marilynne Robinson conta-nos a história desta comunidade, descobrindo as limitações, as grandezas e também as misérias que a povoam. Gilead é o retrato da América profunda, dominada pela religiosidade e a ignorância de tudo o que acontece para lá do seu limitado horizonte.


«Num momento da história cultural dominado pelo superficial e o imediato, Marilynne Robinson é uma anomalia milagrosa. Uma escritora que, de forma atenta, cuidadosa e tenaz, explora as questões mais profundas com que a humanidade depara.» [Los Angeles Times Book Review]


«Lírico e altamente contemplativo.» [Time]


Gilead (trad. António Pescada), Casa e Jack (trad. Alda Rodrigues) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/marilynne-robinson/

25.9.23

Sobre O Rei João, de William Shakespeare

 



«The Life and Death of King John associa, no imaginário popular, histórias povoadas das nobres figuras de valorosos cavaleiros em luta contra tiranos e viciosos usurpadores: o rei ausente regressa e viaja, oculto, entre os seus súbditos, observa e julga o degradado “estado da nação” e, por fim, com a ajuda dos súbditos fiéis, repõe a justiça e restaura a ordem ofendida. A simples menção da figura evocará o universo ficcional de Robin Hood, o Robin dos Bosques acolhido à floresta de Sherwood, quartel-general dos justiceiros românticos, tão picarescos como Frei Tuck ou João Pequeno, que desafiam o arbítrio e a tirania do usurpador enquanto aguardam a vinda do seu D. Sebastião, o Ricardo, Coração de Leão, ausente nas Cruzadas e aprisionado depois na Áustria, para satisfação do rei mal-amado, desesperadamente agarrado a um trono que verdadeiramente lhe não pertence.» [Da Introdução]


O Rei João (tradução, introdução e notas de Nuno Pinto Ribeiro) e outras obras de William Shakespeare estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/william-shakespeare/

Sobre Vida e Morte de Gomes Freire, de Raul Brandão

 



«De 1912 a 1915, Raul Brandão sentiu uma espécie de tentação histórica, que aliás se enquadrava perfeitamente no gosto e nas tendências da época, e que deu origem a duas obras, El-Rei Junot e Vida e Morte de Gomes Freire […].

Nesta obra, os subtítulos oferecem uma espécie de resumo das várias coordenadas que se interjogam: “Quem matou Gomes Freire — Beresford, D. Miguel Pereira Forjaz, o Principal Souza — Mathilde de Faria e Mello — Cartas e Documentos Inéditos”; os títulos dos capítulos dão uma ideia do tipo de sucessividade narrativa — “Campanhas”, “Cartas”; “Pela Liberdade”; “Vida Íntima”; “Hum principalmente…”; “Inicia-se o Processo”; “O Processo”; “Um Homem de Estado”; “O Mistério”; “Felizmente Há Luar”.

Como se vê, não há um fio cronológico rígido, mas uma contínua amostragem de ambientes e processos, havendo a preocupação de salientar o meio obscurantista e arbitrário, que provocou a condenação e morte do protagonista.» [Do Prefácio]


Vida e Morte de Gomes Freire (edição de Maria de Fátima Marinho) e outras obras de Raul Brandão estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/raul-brandao/

Sobre Noite e Dia, de Virginia Woolf

 



Noite e Dia revela-nos o modo como Virginia Woolf dominava a arte do romance tradicional inglês. Através de uma estrutura clássica, de personagens cuidadas e do uso de delicada ironia, o segundo romance de Woolf é comparável às melhores obras de Jane Austen.

Numa Londres eduardina, Noite e Dia estabelece o contraste entre a vida de duas amigas — Katharine Hilbery e Mary Datchet.

Katharine é a entediada neta de um célebre poeta inglês. Mora em casa dos pais e está noiva de um homem pretensioso que representa a vida da qual ela se quer ver livre. Mais tarde conhece Ralph Denham, que se lhe apresenta como a fuga a essa vida.

Mary Datchet, por seu lado, mostra a vida alternativa ao casamento — frequentou a universidade, vive por conta própria e encontra a sua realização trabalhando no movimento pelos direitos da mulher.

À medida que o romance se desenrola, várias interrogações se levantam: será o amor real ou ilusório? Poderão o amor e o casamento coexistir? Será o amor necessário à felicidade.


Noite e Dia (trad. Miguel Serras Pereira) e outras obras de Virginia Woolf estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/virginia-woolf/

Sobre As Palavras da Noite, de Natalia Ginzburg

 



As Palavras da Noite é um breve romance de 1961, escrito durante a estada londrina de Ginzburg e antes do seu regresso a Itália.

Com o estilo despojado, rigoroso e próximo dos factos, a escritora exprime o sentido da história familiar, a presença dos velhos, o doloroso crescimento dos jovens e as transformações do amor e da amizade.

Através da jovem que escreve na primeira pessoa, o leitor experimenta esperanças e ilusões, que não são acompanhadas de juízos de valor.


“Uma incandescente luz da moderna literatura italiana.” [The New York Times]


“Ferrante é uma amiga. Ginzburg, uma conselheira.” [Lara Feigel, The Guardian]


“Ginzburg dá-nos um novo padrão de voz feminina e uma ideia de como essa voz pode soar.” [Rachel Cusk]


“Penetrante e cheia de vida.” [Lydia Davis]


As Palavras da Noite (tradução de Luísa Feijó) e outras obras de Natalia Ginzburg estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/natalia-ginzburg/

Sobre A História, de Elsa Morante

 



A História foi publicado em 1974 e tem como cenário a cidade de Roma durante a Segunda Guerra Mundial. 

Num dia de janeiro de 1941, um soldado alemão caminha pelo bairro operário de San Lorenzo. Àquela hora pouca gente se vê nas ruas.

No seu deambular sem rumo, o soldado, alto, louro e um pouco embriagado, encontra Ida, uma professora viúva que regressa a casa depois do trabalho.

O soldado segue Ida até ao humilde andar que partilha com o filho. Viola-a e depois, com um pedido de desculpas, fuma um cigarro, sai e nunca mais saberemos dele.

Deste ato brutal, mas que a guerra torna quase banal, nasce uma criança, e a história da família judia de Ida vai encher as muitas páginas de um romance que iluminou toda a segunda metade do século xx.


“Este nosso mundo cai aos pedaços… Só tu, Elsa, consegues dar-lhe forma e dignidade.” [Italo Calvino]


A História (trad. José Lima) e O Xaile Andaluz (trad. Miguel Serras Pereira) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/elsa-morante/

Sobre Os Maias, de Eça de Queirós

 



Eça de Queirós foi o maior romancista português de sempre e Os Maias é a sua principal obra.

É certo que Jorge Luis Borges celebrou a sua novela O Mandarim como um magnífico conto fantástico e que Harold Bloom viu na ironia de A Relíquia a obra mais original do autor.

Mas a verdade é que sucessivas gerações de leitores e de críticos foram redescobrindo Os Maias como uma obra-prima, um livro sobre os costumes portugueses da época, mas sobretudo como um romance que encerra em si uma tragédia, a impossibilidade de um amor, tendo como pano de fundo um país em que o autor reconhece a impossibilidade das mudanças que o tornem europeu.

Os Maias foram escritos ao longo de oito anos e publicados em 1888. A revisão final foi feita no n.º 23 de Ladbroke Gardens, no bairro londrino de Notting Hill, quando Eça era cônsul em Bristol.

Após a publicação de Os Maias, surgiram na imprensa críticas desencontradas. Uma das mais negativas foi de Fialho de Almeida, autor de Contos e de A Cidade do Vício, que é reproduzida nesta edição, bem como a resposta que Eça lhe deu.


Os Maias e outras obras de Eça de Queirós estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/eca-de-queiros/

24.9.23

De Obra Completa, de António Gedeão

 



«POEMA DA BUGANVÍLIA


Algum dia o poema será a buganvília

pendente deste muro da Calçada da Graça.

Produz uma semente que faz esquecer os jornais, o emprego e a família,

e além disso tudo atapeta o passeio alegrando quem passa.


Mas antes desse dia há‑de secar a buganvília

e o varredor há‑de levar as flores secas para o monturo.

Depois cairá o muro.

E como o tempo passa

mesmo contra vontade,

também há-de acabar a Calçada da Graça

e o resto da cidade.


Então, quando nada restar, nem o pó de um sorriso

que é o mais leve de tudo que se pode supor,

será esse o momento de o poema ser flor,

mas já não é preciso.» [pp. 208-209]


Obra Completa de António Gedeão e outras obras de Rómulo de Carvalho estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/produto/obra-completa-pre-venda/ e https://relogiodagua.pt/autor/romulo-de-carvalho/

Sobre Leopardo Negro, Lobo Vermelho, de Marlon James

 



Mito, fantasia e história misturam-se nesta história de um mercenário em busca de uma criança desaparecida.

O Batedor tornou-se famoso pelas suas habilidades de caçador.

Contratado para encontrar um rapaz desaparecido, quebra a regra de caçar sozinho quando se apercebe de que o melhor modo de encontrar o rapaz é juntar-se a um grupo: uma mistura de personagens incomuns, repletas de segredos, e em que se inclui o Leopardo, um homem-animal que tem a capacidade de se metamorfosear entre ambos.

À medida que o Batedor segue o cheiro do rapaz, o grupo depara-se com inúmeras criaturas que pretendem matá-los. E, enquanto luta pela sobrevivência, começa a questionar-se: quem será esse rapaz? Porque está desaparecido há tanto tempo e porque tantas pessoas tentam que não seja encontrado? E talvez mais importante: quem está a mentir e quem diz a verdade?

Inspirando-se na história e mitologia africanas e na sua imaginação, Marlon James escreveu uma aventura envolvente, de personagens inesquecíveis que nos fazem questionar os limites da verdade, do poder e do excesso de ambição.


“O primeiro volume da prometida trilogia é uma fábula, uma reimaginação de África, com ecos inevitáveis de Tolkien, George R. R. Martin e Black Panther. Mas é ao mesmo tempo altamente original, com uma linguagem poderosa e uma imaginação abrangente. Marlon James é um escritor que tem de ser lido.” [Salman Rushdie, TIME]


“Um mundo de fantasia africano, nos tons de Bosch, García Márquez e da Marvel.” [The New York Times]


Os direitos de adaptação a televisão foram adquiridos pela companhia de produção de Michael B. Jordan, actor de filmes como Black Panther e Creed.


Leopardo Negro, Lobo Vermelho e Breve História de Sete Assassinatos (traduções de José Miguel Silva) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/marlon-james/