17.1.25

Sobre Livro da Doença, de Djaimilia Pereira de Almeida

 «Livro da Doença, de Djaimilia Pereira de Almeida, que é uma das escritoras portuguesas mais fortes, que mais está a dar que falar, e justamente, creio eu. Este livro é um livro francamente interessante, porque é um livro fragmentário que mistura várias coisas.

O pai da Djaimilia morreu durante o Covid e falava sempre à família de uma livro que ele estava a escrever, e depois quando estavam a arrumar os papéis do pai perceberam que ele nunca sequer o começou. E então é uma espécie de espectro ou fantasma que a Djaimilia traz aqui para este seu livro, que liga com uma personagem que faz parte da infância dela, uma […] pessoa que não era parente mas tinha uma relação de quase parentesco, chamada Fidel e ainda com uma própria doença que a Djaimilia teve.

[…] À medida que vamos lendo vamos entrando para a toca do coelho, mas é uma toca de coelho que, além de ser francamente interessante e desafiante, também é confortável, porque também nos revemos em algumas […] constatações sobre o que são as pessoas e sobre o que nós somos. É um óptimo livro que recomento vivamente.» [Pedro Boucherie Mendes, Pop Up, Observador, 16/1/2025: https://observador.pt/programas/pop-up/de-1985-a-2025-o-que-envelheceu-melhor-ou-pior/]


Livro da Doença e outras obras de Djaimilia Pereira de Almeida estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/djaimilia-pereira-de-almeida/

Sobre Uma Leitura do Génesis, de Marilynne Robinson

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Uma Leitura do Génesis, de Marilynne Robinson (tradução de Alda Rodrigues e Herculano Alves)


Neste livro Marilynne Robinson apresenta a sua interpretação do livro do Génesis.

Durante gerações, o livro tem sido tratado por estudiosos como uma coleção de documentos elaborados por várias mãos, refletindo interesses de diversas facões. Por outras palavras, a interpretação académica do livro tem-se focado na questão da sua coerência básica, assim como a interpretação fundamentalista se centra em saber se é adequado que seja lido como uma verdade literal.

Ambas as abordagens impedem uma apreciação da sua grandeza enquanto obra literária, da articulação e exploração de temas que ressoam por toda a Escritura. Este livro, que inclui o texto completo, é uma reflexão sobre os significados profundos e a promessa da aliança duradoura de Deus com a humanidade.


«Extraordinário… O seu poder reside na leitura particular que nos oferece de um dos textos fundadores do mundo, que é também um dos alicerces da mente e da fé da autora, vencedora do Pulitzer. Queremos saber o que Robinson pensa sobre o Génesis pela mesma razão que gostaríamos de saber o que Tolstói pensaria dele.» [Francis Spufford, The New York Times Book Review]


«Como grande parte da escrita de Robinson, este livro está repleto de questões sobre bondade, comunidade, e sobre como expressar aquilo que tantas vezes temos dificuldade em pôr em palavras.» [The New York Times Magazine]


«Robinson produz uma meditação poderosa sobre a esperança numa época em que essa virtude caiu em desuso. Em prosa luminosa, desafia o leitor moderno a compreender quão invulgar é o livro do Génesis, carregado de significados que se prolongam até aos nossos dias.» [The Guardian]


Uma Leitura do Génesis e outras obras de Marilynne Robinson estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/marilynne-robinson/

Sobre Boa Noite, Lua, de Margaret Wise Brown e Clement Hurd

 Num grande quarto verde, deitado na cama, está um coelhinho. “Boa noite, quarto, boa noite, Lua.” E a todas as coisas familiares no quarto suavemente iluminado — uma a uma — o coelhinho diz “boa noite”.

Desde 1947, o clássico de literatura infantil de Margaret Wise Brown e Clement Hurd tem cativado gerações de leitores e ouvintes. A poesia das palavras e as ilustrações tranquilizadoras juntam-se para criar o livro perfeito para o fim do dia, adorado por crianças de todo o mundo.


“Uma ladainha hipnótica na hora de dormir.” [The New Yorker]


“O som das palavras, as ideias que transmitem e as imagens combinam-se para acalmar e tranquilizar quando chega a hora de dormir.” [The New York Times]


“Capta a atenção dos bebés de dois anos de forma tão completa que parece quase ilegal hipnotizar uma criança para adormecer tão facilmente.” [Child Behavior]


“As crianças pequenas respondem à repetição suave e às ilustrações detalhadas deste livro na hora de dormir.” [Parents]


Boa Noite, Lua, de Margaret Wise Brown, com ilustrações de Clement Hurd (tradução de Inês Dias), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/boa-noite-lua/

14.1.25

Sobre Um Homem Apaixonado, de Karl Ove Knausgård

 Da morte do pai à experiência de ter filhos. 

É esta a passagem que Karl Ove Knausgård faz do primeiro para o segundo volume do romance autobiográfico A Minha Luta

Em Um Homem Apaixonado, Karl Ove Knausgård deixa a mulher e a Noruega e parte para Estocolmo. É aí que se aproxima de Geir, outro norueguês expatriado, e reencontra Linda, uma poeta que o havia fascinado anos antes num encontro de escritores.

Se, em A Morte do Pai, Knausgård abordava o tema do luto, neste volume descreve as tempestuosas relações de amizade e amor e o dramático período antes de consolidar a sua relação com Linda.

Depois vem a experiência da paternidade, que subverte tudo à sua passagem. Há a urgente necessidade de escrever, mas também o quotidiano familiar, o cómico fracasso das férias, as humilhantes aulas de preparação do parto, as tensões nas festas de aniversário infantis, o stress de passear uma criança pelas ruas de Estocolmo quando o seu único desejo é continuar o seu romance.

Knausgård fala dos momentos que compõem a vida de um homem, dilacerado pela necessidade de criar, mas também de viver, alguém para quem arte e natureza são uma necessidade física, alguém que oscila entre a energia vital e pensamentos mórbidos e que deseja com igual intensidade solidão e amor. 


«É talvez o mais significativo projecto literário do nosso tempo.» [Rachel Cusk, The Guardian]


«Knausgård não é um homem irascível, mas um idealista apaixonado. Quer criar grande arte e quer lutar contra a uniformidade e conformidade da vida burguesa contemporânea.» [James Wood, The New Yorker]


A Minha Luta: 2 — Um Homem Apaixonado (tradução de Miguel Serras Pereira) e outras obras de Karl Ove Knausgård estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/karl-ove-knausgard/


Sobre Kairos, de Jenny Erpenbeck

 «O Booker International, o melhor romance recente que li. Chama-se Kairos, de Jenny Erpenbeck, que é uma escritora alemã.

É um romance que faz uma coisa que muitos romances fazem, que é juntar um acontecimento histórico e um acontecimento individual, ou privado — neste caso, uma história de amor entre um intelectual e uma estudante e os sinais que levam à dissolução da RDA.

O mais interessante é que o acontecimento mais importante aqui é a história de amor e não a dissolução da RDA, mas tudo o que acontece numa das vertentes tem a ver com a outra: a substituição do novo pelo velho, a nostalgia, o perigo, as esperanças goradas.

E ela conta isto de uma maneira absolutamente magistral. É um grandíssimo romance.» [Pedro Mexia, Programa Cujo Nome Estamos legalmente Impedidos de Dizer, SIC Notícias, 11/1/2025: https://sicnoticias.pt/programas/programa-cujo-nome-estamos-legalmente-impedidos-de-dizer/2025-01-10-video-ministro-dos-eua--etc-ministro-dos-dois-presidenciais-e-ministro-da-farpa-c8a5587e]


Kairos (tradução de António Sousa Ribeiro) e Eu Vou, Tu Vais, Ele Vai (tradução de Ana Falcão Bastos) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/jenny-erpenbeck/

13.1.25

Sobre Os Hereges de Duna, de Frank Herbert

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Os Hereges de Duna, de Frank Herbert (Tradução de Ana Falcão Bastos)


No quinto volume da saga Duna, Leto Atreides, Imperador Deus de Duna, está morto. Nos mil e quinhentos anos desde a sua morte, o Império desmoronou-se. Com a grande Dispersão, milhões abandonaram a civilização decadente e espalharam-se para lá dos confins do espaço conhecido. O planeta Arrakis — agora Rakis — reverteu ao seu clima desértico, e os seus grandes vermes de areia estão a morrer.

Os Perdidos regressam a casa em busca de poder. Enquanto estas fações disputam o controlo sobre o que resta do Império, a jovem Sheeana ganha notoriedade nas terras desoladas de Rakis, espalhando fervor religioso pela galáxia. Ela possui as habilidades dos Fremen que cavalgam os vermes de areia, cumprindo uma profecia anunciada pelo falecido Imperador Deus.

Através de intrigas políticas e religiosas, Os Hereges de Duna explora temas de poder, fé e identidade numa galáxia fragmentada, onde antigas e novas personagens procuram redefinir o futuro da humanidade.


«Não conheço nada que se lhe compare, além de O Senhor dos Anéis.» [Arthur C. Clarke, autor de 2001, Odisseia no Espaço, sobre a saga Duna]


Os Hereges de Duna (Tradução de Ana Falcão Bastos) e outras obras de Frank Herbert estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/frank-herbert/

Sobre Kairos, de Jenny Erpenbeck

 «"Vais estar no meu enterro? Ela baixa os olhos para a chávena de café que tem à frente e não diz nada. Vais estar no meu enterro, pergunta ele outra vez. Ela diz, mas tu ainda estás bem vivo. Mas ele pergunta pela terceira vez: vais estar no meu enterro? Vou, diz ela, é claro que vou estar no teu enterro." Assim começa este romance, da premiada autora alemã que é também encenadora, que foi o vencedor do International Booker Prize de 2024.» [Isabel Coutinho, Leituras, Público, 10/1/2025]


Kairos (tradução de António Sousa Ribeiro) e Eu Vou, Tu Vais, Ele Vai (tradução de Ana Falcão Bastos) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/jenny-erpenbeck/