17.10.24

Sobre Homenagem à Catalunha, de George Orwell

 Em 1936, inicialmente com a intenção de relatar sobre a Guerra Civil Espanhola como jornalista, George Orwell viu-se envolvido como participante enquanto membro do POUM (Partido Obrero de Unificación Marxista). Em guerra contra os fascistas, descreveu em pormenor a vida nas trincheiras com um exército democrático composto por homens sem patentes, sem títulos e muitas vezes sem armas.

Homenagem à Catalunha não é só um relato das memórias de Orwell sobre as suas experiências na frente de batalha, mas também uma homenagem àqueles que nela morreram.


“Um dos melhores livros de Orwell e talvez o melhor livro que existe sobre a Guerra Civil Espanhola.” [The New Yorker]


“Um livro sábio que, uma vez lido, nunca será esquecido.” [Chicago Sunday Tribune]


Homenagem à Catalunha (tradução de Miguel Serras Pereira) e outras obras de George Orwell estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/george-orwell/

Sobre A Cultura do Narcisismo, de Christopher Lasch

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: A Cultura do Narcisismo, de Christopher Lasch (tradução de Maria José Figueiredo)


Quando A Cultura do Narcisismo foi publicado pela primeira vez, tornou-se evidente que Christopher Lasch tinha identificado algo importante que estava a acontecer à sociedade norte-americana com o declínio da família ao longo do século xx. O livro tornou-se um enorme êxito.

É agora publicado com um novo posfácio.


«Christopher Lasch foi direito ao coração da nossa cultura. As suas abordagens à personalidade e ao seu contexto social são espantosas. É um livro corajoso e importante.» [Michael Rogin, Universidade da Califórnia, Berkeley]


«A obra demonstra uma formidável capacidade de compreensão intelectual e uma convicção moral que é raro encontrar-se em autores contemporâneos na história e na sociologia.» [TIME]


«História cultural no seu melhor. […] Um livro de importância fundamental.» [Bruce Mazlish, Massachusetts Institute of Technology]



Christopher Lasch (1932-1994), professor de História na Universidade de Rochester, escreveu, entre outras obras, The True and Only Heaven: Progress and Its Critics e a muito conhecida A Rebelião das Elites e a Traição da Democracia.


A Cultura do Narcisismo (trad. Maria José Figueiredo) e A Rebelião das Elites e a Traição da Democracia (trad. João Paulo Moreira) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/christopher-lasch/

Sobre O Regresso do Leviatã Russo, de Sergei Medvedev

A relação da Rússia com os seus vizinhos e com o Ocidente agravou-se dramaticamente nos anos mais recentes. A direção de Vladimir Putin reprimiu violentamente a Chechénia, dividiu a Geórgia, apoiou Assad na Síria, anexou a Crimeia, eliminou com armas químicas inimigos na Grã-Bretanha e criou um exército de trolls na Internet para influenciar as eleições norte-americanas.

Como é que devemos entender este imperialismo e militarismo agressivos? Sergei Medvedev considera que a nova vaga de nacionalismo russo é o resultado de mentalidades há muito embebidas na psicologia russa. Enquanto, no Ocidente, os movimentos sociais dos anos 60 e a consciência do passado colonialista modernizaram as atitudes, a Rússia manteve um sentimento de superioridade em relação aos vizinhos e uma prolongada nostalgia do império.


«O retrato que Medvedev faz da Rússia é brilhante, irónico e minuciosamente observado.» [Times Literary Supplement]


«Poucos livros enfrentam a realidade que se vive na Rússia com esta combinação de precisão académica, ironia e ódio.» [The Financial Times]


O Regresso do Leviatã Russo, de Sergei Medvedev (tradução de Maria Beatriz Sequeira e Michelle Hapetian), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-regresso-do-leviata-russo-pre-publicacao/

De O Anjo Camponês, de Rui Nunes

 «A mão deformada, não se pode dizer que pouse. Na colcha, nos joelhos, ou. Onde quer que seja, essa mão já não coincide: um vazio entre ela e a mesa acentua o inchaço das articulações. Num movimento descontrolado, tenta agarrar o copo: a água espalha‑se no tampo de mármore. E a mão recua para o queixo, tapa a boca, quase, porque os dedos não se juntam, as articulações não deixam, há uma fresta entre o indicador e o médio, por onde se vêem os lábios entreabertos, os dentes na irregularidade do seu desengonço. A este corpo sem jeito chamavam‑lhe o quê?: o filho de Hilde? o tartamudo? o tonto, coitado? Ou gritavam‑lhe: vem cá, fecha‑me essa boca, limpa o cuspo dos lábios, vai buscar lenha: nem a intimidade de um insulto ou de um riso. De falta de nome em falta de nome, até à falta. Nítida como uma soletração. Hoje, é somente um corpo, de ninguém, que ninguém.» [pp. 11-12]


O Anjo Camponês e outras obras de Rui Nunes estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/rui-nunes/

Sobre Deuses de Barro, de Agustina Bessa-Luís

 «“Nós devemos escrever sobre aquilo que conhecemos”, foi sempre o conselho dado por Agustina aos que se iniciavam na escrita. E foi por onde também começou — pelo mundo rural que tão bem conhecia, a Casa do Paço, em Travanca, aquele mundo fechado que frequentara em criança e adolescente, onde o convívio com as tias Maria e Amélia, sobretudo Amélia (a Sibila), fora o exemplo para a sua vida, um legado de sabedoria transmitido como uma profecia. As duas últimas páginas d’A Sibila testemunham, numa linguagem oracular, como num transe arrepiante e comovente, pela revelação do profundo, a transmissão de um destino, que ela, Agustina, terá de continuar a cumprir, depois da morte da Sibila. Deuses de Barro, se por um lado é um esboço para a descoberta dos mundos fechados que integram estes três romances iniciais, por outro, representa já um grito de liberdade, ousadia, revolta e desafio contra os deuses de barro que nos vigiam, nos tolhem, com quem somos obrigados a conviver e a venerar.» [Do Prefácio de Mónica Baldaque]


Deuses de Barro, editado pela Relógio D'Água em 2017, é o romance inédito que Agustina Bessa-Luís escreveu aos dezanove anos.

Esta e outras obras de Agustina Bessa-Luís estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

Sobre A Experiência de Deus, de Simone Weil

 Este texto faz parte dos Cadernos de Marselha, escritos por Simone Weil no inverno de 1941-42.

Simone Weil deixara Paris na companhia dos pais em junho de 1940, dirigindo-se a Marselha, etapa quase obrigatória para os que desejavam abandonar a Europa em guerra.

Relacionou-se aí com um grupo de resistentes enquanto aguardava a partida para Nova Iorque, que só iria ocorrer em maio de 1942.

Marselha transformou-se numa espécie de cidade de acolhimento e uma das etapas mais fecundas na evolução do seu pensamento.

Simone Weil foi uma helenista a quem não era indiferente o destino das heroínas de Sófocles, como era o caso de Antígona.

E, à medida que foi compreendendo o que considerava as riquezas espirituais do catolicismo, a proximidade das intuições pré-cristãs com os ensinamentos de Cristo surgiu-lhe com nitidez.


A Experiência de Deus (Tradução de Ana Cardoso Pires) e outras obras de Simone Weil estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/simone-weil/

16.10.24

Intermezzo, o novo romance de Sally Rooney, elogiado pela crítica internacional


O mais recente romance de Sally Rooney, editado no final de Setembro, soma críticas elogiosas. Anthony Cummins considerou-o «absolutamente perfeito» (The Guardian, 22/9/2024), enquanto Heller McAlpin o julga «o seu romance mais comovente» (NPR, 24/9/2024), em que, diz Constance Grady, «a romancista joga xadrez com Deus» (Vox, 23/9/2024). Jo Hamya afirma que a autora «descobriu finalmente todo o potencial da sua destreza» (The Independent, 19/9/2024). Mais informação aqui: https://www.bbc.com/news/articles/c62m5rkjzzno


Intermezzo (tradução de Marta Mendonça) e outras obras de Sally Rooney estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/sally-rooney/