13.4.20

As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift — sugestão de leitura no Observador




«As Viagens de Gulliver, do irlandês Jonathan Swift, relatam as aventuras do marinheiro e cirurgião Lemuel Gulliver, o único sobrevivente de um terrível naufrágio, que o conduz às paragens mais estranhas e inesperadas. Apesar de serem sobretudo conhecida pela sua vertente fantástica, As Viagens de Gulliver são, na verdade uma paródia da literatura de viagem, muito popular na altura, e uma inteligente e aguçada crítica social e política à Inglaterra do século XVIII, que Swift censurou em muitos outros textos satíricos, publicados anonimamente, nomeadamente em “Uma Modesta Proposta”, no qual propôs uma série de medidas que, uma vez aplicadas, acabariam com a fome na Irlanda.
Este livro, também publicado sob anonimato, está dividido em quatro partes, cada uma delas correspondendo a uma região que Gulliver visita. A primeira passa-se em Lilliput, um país habitado por pequenas pessoas, com pouco mais de 15 centímetros de altura, com costumes ridículos e uma cerca tendência para se envolverem em debates insignificantes. Em termos políticos, os liliputianos encontram-se divididos em duas fações, os tacões altos e os tacões baixos, que representam os dois lados da política inglesa, os Tories e os Whigs, respetivamente.
Na segunda parte, Gulliver viaja até Brobdingnag, a terra dos gigantes, e na terceira até à ilha flutuante de Laputa. A quarta parte passa-se na terra dos cavalos inteligentes, os Houyhnhnms. Esta é a região que maior impacto tem em Gulliver que, uma vez regressado a Inglaterra, decide mudar radicalmente a sua vida.» [Rita Cipriano, Observador, 25/3/2020]


As Viagens de Gulliver (trad. Luzia Maria Martins) está disponível em https://relogiodagua.pt/autor/jonathan-swift/

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