30.11.25

Sobre Inteligência Artificial 2041, de Kai-Fu Lee e Chen Qiufan

 A inteligência artificial (IA) será a tecnologia definidora do século XXI. Dentro de duas décadas, vários aspetos da vida humana diária serão provavelmente irreconhecíveis. A IA gerará riqueza sem precedentes, revolucionará a medicina e a educação através da simbiose humano-máquina e criará novas formas de comunicação e entretenimento.

Mas, ao libertar-nos de muito do trabalho rotineiro, a IA irá desafiar os princípios organizacionais da nossa ordem económica e social. Trará, além disso, novos riscos sob a forma de armas autónomas e de tecnologia inteligente herdeira do preconceito humano.


Neste trabalho provocador e original, Kai-Fu Lee, ex-presidente da Google China e autor do livro As Superpotências da Inteligência Artificial, junta-se ao romancista Chen Qiufan para imaginar o nosso mundo em 2041, através de dez histórias curtas e envolventes.


«Uma viagem imersiva pelo futuro da humanidade. Extremamente revelador.» [Mark Cuban]


«Uma visão inestimável do nosso futuro.» [Ray Dalio]


«Dizer que este livro é esclarecedor e valioso é subestimá-lo.» [John Kao, Forbes]


Inteligência Artificial 2041 — Dez Visões para o Nosso Futuro, de Kai-Fu Lee e Chen Qiufan (tradução de Maria do Carmo Figueira), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/inteligencia-artificial-2041/


As Superpotências da Inteligência Artificial, de Kai-Fu Lee (trad. Maria Eduarda Cardoso), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/as-superpotencias-da-inteligencia-artificial/

Sobre Mulherzinhas, de Louisa May Alcott

 «Muitos livros maravilhosos cativaram a minha imaginação, mas algo extraordinário aconteceu com Mulherzinhas. Reconheci‑me, como num espelho, na rapariga teimosa e magricela, que corria, rasgava as saias a subir às árvores, falava em calão e denunciava as pretensões sociais. Uma rapariga que se podia encontrar encostada a um grande carvalho com um livro, ou à sua secretária, no sótão, de volta de um manuscrito. Era Josephine March. Até no nome respira liberdade, uma rapariga chamada Jo. Louisa May Alcott envolvera‑se num manto de glória, trabalhara à sua própria secretária e cunhara um novo tipo de heroína. Uma obstinadamente moderna rapariga americana do século XIX. Uma rapariga que escrevia.» [Do Prólogo de Patti Smith]


Mulherzinhas e Boas Esposas (trad. Marta Mendonça) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/louisa-may-alcott/

Sobre Viagens, de Stefan Zweig

 Para Stefan Zweig, viajar implicava uma entrega ao acaso, a capacidade de acolher o extraordinário, uma espécie de criação que combinava a realidade com as afinidades do viajante.

Escrito na primeira metade do século XX, este livro leva-nos de Sevilha a Salzburgo, passando por Bruges, Arles, Lemberg, os jardins ingleses, o mítico hotel Schwert e a feira gastronómica de Dijon.

Estas narrativas surgem-nos hoje como crónicas sentimentais de uma Europa tranquila, mas pressentindo por vezes os tempos sombrios que viriam com a Segunda Guerra Mundial.


Viagens (tradução de Ana Falcão Bastos) e outras obras de Stefan Zweig estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/stefan-zweig/

Sobre Viagens, de Virginia Woolf

 Em companhia dos irmãos, de amigos, e mais tarde com o marido Leonard, Virginia Woolf viajou da adolescência até quase ao fim da vida.

Conheceu Espanha, que veio a considerar um país magnífico, apesar do invariável céu azul. Passou por Lisboa e Porto. Visitou por diversas vezes a Grécia. Perdeu-se pelas ruelas de Constantinopla e sentiu-se fascinada pelas suas principais mesquitas. Em Itália, deu particular atenção a Veneza, Florença e Siena. Na Alemanha, o centro da sua atenção foi Bayreuth. Em meados dos anos 30, visitou a França e deslocou-se à Holanda.

Mas viajar nunca foi para ela uma descrição de lugares, referenciados com anotações brilhantes. Como escreveu Jorge Vaz de Carvalho, na Introdução: «Nunca abusa no gosto pelo detalhe pitoresco ou prelecção erudita. Percebemos como a escritora evita obsessivamente os estilos de guia turístico ou de reportagem, bem como o pretexto dos monumentos e das paisagens para a revelação confessional ou reflexões de natureza histórica ou política. Trata-se, nas suas próprias palavras, de mostrar “todos os traços da passagem de uma mente pelo mundo”.»


Viagens (tradução de Jorge Vaz de Carvalho) e outras obras de Virginia Woolf estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/virginia-woolf/

Sobre Viagens de Tom Sawyer, de Mark Twain

 «Imaginam que Tom se satisfez com todas estas aventuras? Refiro-me às aventuras que tivemos no rio e ao tempo que levámos a libertar o negro Jim, além do tiro que Tom apanhou na perna. Mas não, não se satisfez. O único resultado de tudo isso foi despertar-lhe o apetite de novas façanhas. Bem veem, quando nós três viemos rio acima em triunfo — digamos assim — de volta daquela grande viagem, quando a aldeia nos recebeu com discursos e um cortejo de archotes acesos, quando os vivas e os gritos de toda a gente fizeram de nós heróis, Tom Sawyer realizou assim um dos seus sonhos.»


Viagens de Tom Sawyer (trad. Domingos Monteiro) e outras obras de Mark Twain estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/mark-twain/

29.11.25

A chegar às livrarias: Jane Austen — Uma Biografia, de Claire Tomalin

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Jane Austen — Uma Biografia, de Claire Tomalin (tradução de José Miguel Silva)


Esta é a biografia definitiva de uma das romancistas mais estimadas do Reino Unido, escrita pela biógrafa de personalidades como Charles Dickens, Thomas Hardy, Samuel Pepys e Mary Wollstonecraft.


“Uma biografia que reflete os elevados padrões de Jane Austen. Um livro que irradia inteligência, humor e perspicácia.” [The New York Times]


“Brilhante e viciante.” [The New Yorker]


“Uma biografia perfeita: detalhada, espirituosa e calorosa. Tomalin envolve-nos de tal forma que a doença e a morte de Austen surgem quase como uma tragédia pessoal para o leitor.” [Daily Telegraph, Livros do Ano]


“Não creio que venha a ser escrita, durante muitos anos, uma biografia de Jane Austen melhor do que a de Claire Tomalin.” [Mail on Sunday]


“De todas as biografias de Austen, esta é a melhor.” [Harpers & Queen]



Claire Tomalin nasceu a 20 de junho de 1933, em Londres, filha da compositora inglesa Muriel Herbert e do académico francês Émile Delavenay. Estudou na Hitchin Girls’ Grammar School, uma prestigiada escola em Hitchin, Hertfordshire; na Dartington Hall School, um colégio interno em Devon; e no Newnham College, em Cambridge. É conhecida pelo seu trabalho como jornalista e pelas suas biografias de Charles Dickens, Thomas Hardy, Samuel Pepys, Jane Austen e Mary Wollstonecraft.


Mais informação em https://www.relogiodagua.pt/produto/jane-austen-uma-biografia/


As obras de Jane Austen editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/jane-austen/

De Uma Vida de Aldeia, de Louise Glück

 «PRIMEIRA NEVE


Como uma criança, a terra prepara‑se para ir dormir;

a história é mais ou menos assim.


Mas não estou cansada, diz ela.

E a mãe diz Podes não estar cansada, mas eu estou —


Percebe‑se isso no seu rosto, qualquer um percebe.

Por isso, a neve tem de cair, o sono tem de vir.

Porque a mãe está farta até à morte da vida que leva

e precisa de silêncio.»


Da página 47 de Uma Vida de Aldeia (tradução de Frederico Pedreira). Esta e outras obras de Louise Glück estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/louise-gluck/

Sobre Os Livros da Selva, de Rudyard Kipling

 Os Livros da Selva são duas coleções de histórias, O Livro da Selva (1894) e O Segundo Livro da Selva (1895), que foram escritas no período em que Kipling viveu nos Estados Unidos. Aqui se encontram contos e poemas, incluindo o de Mogli, que nos fala de um rapaz criado por lobos na selva indiana. É lá que vamos encontrar o tigre Shere Khan, a pantera negra Baguera, o ensonado urso-pardo Balu e a serpente Kaa.

Outros protagonistas famosos destes livros são o mangusto Rikki-Tikki-Tavi e Tumai dos Elefantes.


Os Livros da Selva (tradução de Ana Falcão Bastos, Mara Vieira Neves e Alda Rodrigues) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/os-livros-da-selva/

Sobre A Fera na Selva, de Henry James

 Este livro é a história de John Marcher, um homem que, desde que tem memória, está obcecado pela sensação de que um evento transformador — ou mesmo catastrófico — o aguarda, à espreita, como um animal numa selva.


A Fera na Selva (tradução de Miguel Serras Pereira) e outras obras de Henry James editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/henry-james/

Sobre A Viagem do Beagle, de Charles Darwin

 Quando o Beagle — um bergatim de dez canhões comandado pelo capitão Fitz Roy — partiu de Davenport no dia 27 de Dezembro de 1831, Charles Darwin tinha vinte e dois anos e iniciava a viagem da sua vida. A expedição, entre o científico e o colonial, estava prevista para dois anos. Darwin odiava o mar, «odiava cada uma das ondas», como escreveu em carta, mas tornou-se um observador apaixonado e um naturalista atento. O seu diário revela pacientes observações de geologia e história natural, bem como de pessoas, lugares e acontecimentos, de Cabo Verde aos vulcões das Galápagos, das aranhas da Patagónia aos recifes de coral da Australásia. As investigações feitas ao longo desta viagem, que acabaria por durar cinco anos, deram mais tarde origem a um dos livros mais controversos da época vitoriana, A Origem das Espécies, uma obra fundadora do pensamento científico contemporâneo, com a sua teoria da evolução através da selecção natural.

A Viagem do Beagle foi elaborada a partir dos diários de Darwin.


A Viagem do Beagle (tradução de Diniz Lopes e Miguel Serras Pereira) e outras obras de Charles Darwin estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/charles-darwin/

28.11.25

Sobre A União do Céu e do Inferno, de William Blake

 «Cristo ensinou que o homem se salva pela fé e pela ética; Swedenborg acrescentou a inteligência; Blake impõe-nos três caminhos de salvação: o moral, o intelectual e o estético. Afirmou que o terceiro havia sido pregado por Cristo, pois cada parábola é um poema.

Como Buda, cuja doutrina, de facto, era ignorada, condenou o ascetismo. Nos seus Provérbios do Inferno, lemos: “O caminho do excesso leva ao palácio da sabedoria” (…)

Blake nunca saiu de Inglaterra, mas percorreu, como Swedenborg, os reinos dos mortos e dos anjos. Percorreu as planícies de areia ardente, os montes de fogo compacto, as árvores do mal e o país dos labirintos tecidos. No verão de 1827, morreu cantando.» [J. L. Borges]


A União do Céu e do Inferno (trad. João Ferreira Duarte) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/a-uniao-do-ceu-e-do-inferno-2/

Sobre Visitação, de Jenny Erpenbeck

 «No magnífico “Kairos” (2021), Jenny Erpenbeck usou um caso amoroso como contraponto do colapso da RDA. “Visitação” (2008) é menos fulgurante, mais seco, mas obedece a uma estratégia com umas quantas semelhanças. O prólogo situa-se na Idade do Gelo, anunciando que há “eras” na Terra. E logo é introduzida a figura do jardineiro, que ressurgirá através das gerações como se fosse sempre o mesmo jardineiro. Esta personagem não diz coisas, faz coisas, e as suas intervenções funcionam como uma cortina, um curto capítulo em que ele cava, planta, rega, antes de entrar em cena um novo elenco. Começamos com um lavrador e as quatro filhas, num tempo de patriarcado e crendices. Depois, vem um arquitecto, que foge antes da chegada dos russos e deixa a louça e os talhares enterrados, imaginando que mais tarde esses despojos florescerão.» [Pedro Mexia, E, Expresso, 28/11/2025: https://expresso.pt/revista/culturas/livros/2025-11-27-livros-em-visitacao-de-jenny-erpenback-a-natureza-vence-tudo-94a1465e]


Visitação, Kairos (traduções de António Sousa Ribeiro) e Eu Vou, Tu Vais, Ele Vai (tradução de Ana Falcão Bastos) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/jenny-erpenbeck/

De Os Poemas, de Konstandinos Kavafis

 «O ESPELHO À ENTRADA


A casa rica tinha à entrada

um grandíssimo espelho, muito velho;

comprado pelo menos há oitenta anos.


Um rapaz lindíssimo, empregado num alfaiate

(aos domingos, desportista amador),

estava com um embrulho. Entregou-o

a alguém da casa, e este levou-o para dentro

para trazer o recibo. O empregado do alfaiate

ficou sozinho, e esperava.

Aproximou-se do espelho e olhava-se

e arranjava a sua gravata. Após cinco minutos

trouxeram-lhe o recibo. Pegou nele e foi-se embora.


Mas o velho espelho que a tanto e tanto assistira,

durante a sua existência que muitos anos vira,

milhares de coisas e pessoas;

mas o velho espelho agora alegrava-se

e vangloriava-se por ter recebido sobre si

a beleza inteira por alguns minutos.»


Página 393 de Os Poemas, de Konstandinos Kavafis (tradução revista, prefácio e notas de Joaquim Manuel Magalhães e Nikos Pratsinis), disponível em https://relogiodagua.pt/autor/konstandinos-kavafis/

Apresentação de O Fim dos Estados Unidos da América — Epopeia, de Gonçalo M. Tavares


O lançamento acontece hoje, 28 de Novembro, pelas 18h30, na Livraria da Casa do Comum, na Rua da Rosa, n.º 285, em Lisboa.

O livro será apresentado por António Guerreiro.


A epopeia O Fim dos Estados Unidos da América é um novo centro no percurso de Gonçalo M. Tavares. Esta e outras obras do autor estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

Apresentação de Marguerite Yourcenar — Liberdade e Paixão, de Cristina Carvalho



O lançamento acontece hoje, dia 28 de Novembro, sexta-feira, pelas 18h00, na Livraria Buchholz, na Rua Duque de Palmela, n.º 4, em Lisboa.

O livro será apresentado por Luísa Mellid-Franco.


Marguerite Yourcenar — Liberdade e Paixão e outras obras de Cristina Carvalho estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/cristina-carvalho/


As obras de Marguerite Yourcenar editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/marguerite-yourcenar/

Sobre Gratidão, de Oliver Sacks

 Durante os últimos meses de vida, Oliver Sacks escreveu um conjunto de ensaios em que explora, de forma comovente, os seus sentimentos sobre o momento de completar uma vida e aceitar a morte.

«É o destino de cada ser humano», escreveu Sacks, «ser um indivíduo único, descobrir o seu próprio caminho, viver a sua própria vida, morrer a sua própria morte.»

Estes quatro ensaios são uma ode à singularidade de cada ser humano e à gratidão pela vida que nos é concedida. 


«O meu sentimento predominante é de gratidão. Amei e fui amado; recebi muito, e dei alguma coisa. Acima de tudo fui um ser senciente, um animal pensante, neste belo planeta, e isso foi, por si só, um enorme privilégio e aventura.»


«Oliver Sacks foi um médico e escritor ímpar. Era atraído pela casa dos pacientes, pelas instituições dos mais frágeis e debilitados, pela companhia dos mais estranhos e “incomuns”. O que o movia era ver a humanidade em todas as suas variantes, e fazê-lo pelos seus próprios meios, quase sempre de forma anacrónica — frente a frente, fora de horas, longe da aparelhagem de computadores e algoritmos. E, através dos seus livros, mostrou-nos o que viu.» [Atul Gawande, autor de Ser Mortal]


Gratidão (trad. de Miguel Serras Pereira) e outras obras de Oliver Sacks estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/oliver-sacks/

Sobre Os Prazeres dos Lugares Inóspitos, de Robert Louis Stevenson

 Este livro inclui a famosa viagem que Robert Louis Stevenson realizou com uma burra ao longo da cadeia montanhosa das Cevenas, no sul de França, durante o ano de 1879.

Autor de vários livros de aventuras, Robert Louis Stevenson era também um viajante entusiástico. Mantendo sempre a curiosidade que estimulava as suas observações sobre lugares distantes e pessoas estranhas, este livro demonstra um espírito ansioso por compreender o desconhecido e o exótico. «Não existem terras estrangeiras», escreveu o autor, «só o viajante é estrangeiro.»


«A melhor de todas as possíveis aventuras.» [The New York Times Book Review]


Os Prazeres dos Lugares Inóspitos (trad. Frederico Pedreira) e outras obras de Robert Louis Stevenson estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/robert-louis-stevenson/

27.11.25

Sobre O Imperador da Alegria, de Ocean Vuong

 A coisa mais difícil no mundo é só viver uma vez.


Numa noite de fim de verão, na cidade de East Gladness, no Connecticut, Hai, de dezanove anos, está numa ponte, sob uma chuva intensa, pronto para saltar, quando ouve alguém gritar do outro lado do rio. A voz pertence a Grazina, uma viúva idosa a sucumbir à demência, que o convence a seguir outro caminho. Sem rumo e sem opções, ele torna-se seu cuidador e, ao longo de um ano, a dupla improvável desenvolve um laço que tem o poder de mudar a relação de Hai consigo próprio, com a família e com uma comunidade à beira do colapso.

Seguindo os ciclos da história, da memória e do tempo, O Imperador da Alegria revela as formas profundas como o amor, o trabalho e a solidão constituem a base da vida. No seu centro está uma corajosa epopeia sobre o que significa existir nas margens da sociedade e confrontar as feridas que se abrem na nossa alma coletiva.

Este é um romance onde estão presentes as marcas distintivas da escrita de Ocean Vuong — inovação formal, destreza sintática e a capacidade de unir dureza e graça através da ternura —, numa história de perda e esperança, sobre a dificuldade que temos para alcançar uma das misericórdias mais fugazes da vida: uma segunda oportunidade.


“Uma obra-prima.” [Bryan Washington]


“Terno e comovente, O Imperador da Alegria fala de pessoas nas margens da sociedade e da sanidade. Para minha surpresa e prazer, o romance de Vuong é também subtilmente espirituoso e, por vezes, ousadamente cómico.” [Rebecca Solnit]


“Uma história poética, dramática e vívida. Épico no seu alcance, o romance trata também a intimidade e o amor com delicadeza e profunda originalidade.” [Colm Tóibín]


“Comovente, caloroso mas sem sentimentalismo, e imensamente cómico.” [The Guardian]


O Tempo É Uma Mãe (tradução de Frederico Pedreira) e O Imperador da Alegria e Na Terra Somos brevemente Magníficos (traduções de Inês Dias) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/ocean-vuong/

José Gil no Festival de Filosofia de Abrantes



O filósofo José Gil participou no Festival de Filosofia de Abrantes, que se realizou entre 20 e 22 de Novembro, e deu a conferência inaugural, dedicada ao tema “O poder da palavra: pensar, agir, transformar”, e sublinhou que não é a lógica nem o conteúdo racional dos discursos que mais influenciam o debate público, mas a “força irracional e contagiante” da própria enunciação, intensificada nos ambientes políticos e mediáticos atuais. 

Em declarações à Lusa, reforçou a ideia de que a democracia só se sustenta “se a palavra recuperar o seu espaço de pensamento, debate e responsabilidade”.

Ler mais em https://comunidadeculturaearte.com/filosofo-e-ensaista-jose-gil-alerta-em-abrantes-para-o-poder-hipnotico-da-palavra-e-para-a-sua-capacidade-de-capturar-massas/#google_vignette


Pontas Soltas I, Pontas Soltas II (com Ana Godinho) e outras obras de José Gil estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/jose-gil/

Sobre O Jardineiro e a Morte, de Gueorgui Gospodinov

 O meu pai era jardineiro. Agora é um jardim.


Um homem chamado Gueorgui permanece junto à cama do pai, até à sua última manhã de inverno.

Atravessando uma época de luto, Gueorgui percorre as infinitas narrativas que o pai costumava contar e a história que definiu uma geração: a de rapazes nascidos na Bulgária no final da Segunda Guerra Mundial, que cresceram e se tornaram homens muitas vezes ausentes, agarrados ao tubo de respiração de um cigarro, a nadar noutras águas e nuvens.

De um quintal árido de aldeia, o pai de Gueorgui fez um refúgio especial: um jardim exuberante onde viveria para sempre, entre os rebentos de campânulas-brancas e as primeiras túlipas da primavera. Mas, sem ele, o passado de Gueorgui começa a fragmentar-se.


“A simplicidade e a profundidade desta prosa cristalina enchem-me de admiração.” [Olga Tokarczuk, vencedora do Prémio Nobel da Literatura]


“O autor, um fabulista naturalmente lúdico, encontra aqui espaço para a invenção e o jogo livre. Em torno das realidades recordadas, consegue entrelaçar as digressões, os ensaios autoficcionais e as experiências mentais brilhantes que tornaram obras anteriores como Física da Tristeza e Refúgio no Tempo recipientes maravilhosamente abertos. O Jardineiro e a Morte não se lê como um romance, mas também nenhuma dessas obras anteriores se lê assim. Todas soam a novidades de Gospodinov.” [James Wood, The New Yorker]


O Jardineiro e a Morte e outras obras de Gueorgui Gospodinov (traduções de Monika Boneva e Paulo Tiago Jerónimo) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/gueorgui-gospodinov/