30.11.21

Sobre A Quinta dos Animais, de George Orwell, adaptado e ilustrado por Odyr

 



Uma sátira mordaz sobre uma sociedade oprimida que caminha para o totalitarismo.

Alegórico e intemporal, o livro de George Orwell, agora em romance gráfico, adaptado e ilustrado por Odyr.


A Quinta dos Animais, de George Orwell, ilustrado e adaptado por Odyr, e outras obras de George Orwell estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/george-orwell/

Sobre As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift

 



«Swift foi declarado louco em 1742, dezasseis anos após a publicação de Viagens de Gulliver, mas o livro, escrito quando ainda possuía as suas faculdades, é perigosamente são e não causaria tanto desconforto, se não fosse inspirado por tamanha lucidez e por uma grande racionalidade. O complacente e crédulo Gulliver, que não é mais do que o porta-voz do seu autor, fica em parte louco no final do livro, pois viu-se preso na perspectiva dos cavalos racionais, os Houyhnhnms, e por isso considera-se e à sua sofredora esposa como abomináveis Yahoos. Swift, apesar do seu horror ao falso orgulho humano, reconhece os limites de Gulliver e dos Houyhnhnms, e espera que nós, os seus leitores, também os aprendamos. 

As Viagens de Gulliver são escritas para dissipar a nossa cegueira, para nos curar das nossas ironias inconscientes. Martin Price observa que “Gulliver é criado como o herói de uma comédia de incompreensões”. Dado que cada um de nós, até certo ponto, vive a comédia da incompreensão, simpatizamos com Gulliver. Gulliver é um homem comum que se deixa facilmente enganar pela sociedade, aceitando convenções tolas porque não consegue ver através delas e em torno delas. (porque não as consegue ultrapassar).» [Harold Bloom]


As Viagens de Gulliver (trad. Luzia Maria Martins) está disponível em https://relogiodagua.pt/autor/jonathan-swift/

Sobre Fidelidade e Gratidão e Outros Textos, de Georg Simmel

 



«Em As Metrópoles e a Vida Mental, um dos seus ensaios mais famosos e que se inclui, juntamente com O Estrangeiro, na sua Sociologia formal, o homem eminentemente urbano, que Simmel sempre foi, demonstra uma plena sintonia com o espírito do seu tempo, ao discutir magistralmente os estilos de vida e a personalidade do indivíduo das grandes cidades, e ao estabelecer o nexo causal entre a cultura, a organização social e as características físicas das metrópoles e as características sociais dos seus habitantes.» [Do Prefácio]


Fidelidade e Gratidão e Outros Textos (trad. Maria João Costa Pereira e Michael Knoch) e outras obras de Georg Simmel estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/georg-simmel/

Sobre Gratidão, de Oliver Sacks

 



Durante os últimos meses de vida, Oliver Sacks escreveu um conjunto de ensaios em que explora, de forma comovente, os seus sentimentos sobre o momento de completar uma vida e aceitar a morte.

«É o destino de cada ser humano», escreveu Sacks, «ser um indivíduo único, descobrir o seu próprio caminho, viver a sua própria vida, morrer a sua própria morte.»

Estes quatro ensaios são uma ode à singularidade de cada ser humano e à gratidão pela vida que nos é concedida. 


«O meu sentimento predominante é de gratidão. Amei e fui amado; recebi muito, e dei alguma coisa. Acima de tudo fui um ser senciente, um animal pensante, neste belo planeta, e isso foi, por si só, um enorme privilégio e aventura.»


«Oliver Sacks foi um médico e escritor ímpar. Era atraído pela casa dos pacientes, pelas instituições dos mais frágeis e debilitados, pela companhia dos mais estranhos e “incomuns”. O que o movia era ver a humanidade em todas as suas variantes, e fazê-lo pelos seus próprios meios, quase sempre de forma anacrónica — frente a frente, fora de horas, longe da aparelhagem de computadores e algoritmos. E, através dos seus livros, mostrou-nos o que viu.» [Atul Gawande, autor de Ser Mortal]


Gratidão (trad. de Miguel Serras Pereira) e outras obras de Oliver Sacks estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/oliver-sacks/

Sobre Antologia Poética, de Fernando Pessoa

 



«Pessoa morreu em 30 de Novembro de 1935, de uma “cólica hepática” no hospital particular de São Luís dos Franceses no Bairro Alto, então um dos melhores de Lisboa. Antes de entrar em coma escreveu a lápis num papel: “I know not what tomorrow will bring.

Deixava dispersa uma obra já ampla em poesia e prosa e amigos que reconheciam ou suspeitavam o seu génio por entre o alheamento do público. 

O previsível Diário de Notícias falou da morte “de um grande poeta de Portugal” numa referência à Mensagem e a Presença dedicou-lhe um número especial. 

Foi lentamente que a sua dimensão emergiu da mítica arca que legou à posteridade, e que, irradiando o enigmático fascínio dos seus textos, deu aos críticos o que em vão Joyce pediu para o seu Finnegans Wake, ou seja, trabalho para várias gerações.» [Do Prefácio]


Esta e outras obras de Fernando Pessoa estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/fernando-pessoa/

Sobre "Uma renascença africana"

 



Escritores africanos distinguidos em três grandes prémios internacionais. Entre eles, David Diop e Damon Galgut. Mais informação aqui.

De Noite Todo o Sangue É Negro, de David Diop (trad. Miguel Serras Pereira), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/de-noite-todo-o-sangue-e-negro/

A Promessa, de Damon Galgut (trad. José Mário Silva), será em breve editado pela Relógio D’Água.



29.11.21

Sobre Os Gestos, de Djaimilia Pereira de Almeida

 



«Um conjunto de fotografias, de retratos, pequenos textos sobre o seu regresso à sua terra, as suas viagens, sobre a sua vida, apontamentos que ela vai encontrando; textos escritos notavelmente.» [Francisco Louçã, Tabu, SIC Notícias, 26/11/2021: https://tinyurl.com/mwe9ss8x]


Os Gestos e outras obras de Djaimilia Pereira de Almeida estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/djaimilia-pereira-de-almeida/

Sobre Reino Transcendente, de Yaa Gyasi

 



Em Reino Transcendente, o romance que se segue a Rumo a Casa, Yaa Gyasi traça um retrato íntimo e profundo de uma família oriunda do Gana que se mudou para o estado do Alabama, nos EUA.

Gifty está a fazer um doutoramento em Neurociências na Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, onde estuda circuitos neuronais do comportamento de procura de recompensa em ratos, assim como circuitos neuronais relacionados com depressão e vício.

O irmão, Nana, que fora um promissor basquetebolista na escola, morrera com uma overdose de heroína depois de uma lesão no tornozelo o deixar viciado em OxyContin. E a mãe, deprimida com o regresso do marido ao Gana e a morte do filho, não sai da cama. 

Gifty está decidida a descobrir uma base científica que justifique o sofrimento que a rodeia. Mas quando entra no mundo das ciências exatas, tentando entender o mistério da sua família, acaba por redescobrir a ânsia espiritual que mantinha desde criança, primeiro na igreja evangélica e depois em rutura com ela.


Reino Transcendente (trad. Helena Briga Nogueira) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/reino-transcendente/

Sobre Cândido ou O Otimismo, de Voltaire




Cândido ou o Otimismo é um conto filosófico de Voltaire, publicado pela primeira vez em Genebra em janeiro de 1759. A par de Zadig e Micromégas, é um dos escritos mais famosos de Voltaire, tendo sido reeditado vinte vezes em vida do autor.

O livro é pretensamente traduzido de uma obra alemã do Dr. Ralph, pseudónimo utilizado por Voltaire para evitar a censura.

No essencial, trata-se de uma crítica às teses do filósofo alemão Leibniz, convencido da excelência da criação divina, através dos princípios da «razão suficiente» e da «harmonia preestabelecida». Voltaire faz essa crítica através das aventuras de Cândido, um jovem alemão possuidor de um espírito simples e reto, nascido como filho ilegítimo no seio da nobreza e adotado pelo barão de Thunder-ten-tronckh. É no castelo deste que vai ser educado por Pangloss, partidário, como Leibniz, de que «tudo está o melhor possível».

Depressa se torna evidente para os leitores o sarcasmo com que Voltaire trata não apenas as teses de Leibniz mas também o conservadorismo social e a nobreza arrogante.


Cândido ou O Otimismo (trad. de Júlia Ferreira e José Cláudio) e Tratado sobre a Tolerância (trad. Augusto Joaquim) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/voltaire/

27.11.21

Sobre De Noite Todo o Sangue É Negro, de David Diop

 



«Debaixo da sentença de morte que foram as trincheiras e a frente de batalha da Primeira Grande Guerra, David Diop narra, em “De Noite Todo o Sangue é Negro” (Relógio D’Água, 2021), o horror, o delírio e a condição humana dos soldados, destacando uma história em particular: a dos senegaleses “importados” para a frente de batalha, por serem naturalmente mais resistentes e corajosos. Dois deles, Alfa Ndiaye e Mademba Diop, são irmãos por escolha própria (irmã de alma, como no título original), uma união nascida na infância e que persistirá mesmo após a morte.» [Cris Rodrigues, Deus Me Livro, 25/11/2021: https://deusmelivro.com/mil-folhas/de-noite-todo-o-sangue-e-negro-david-diop-25-11-2021/#.YaEMZy3TWit]


De Noite Todo o Sangue É Negro, de David Diop (tradução de Miguel Serras Pereira), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/de-noite-todo-o-sangue-e-negro/

26.11.21

Sobre Strindberg — Neste Mundo Fui apenas Um Convidado, de Cristina Carvalho

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Strindberg — Neste Mundo Fui apenas Um Convidado, de Cristina Carvalho (prefácio de Daniel Sampaio)


«Sabíamos que Strindberg foi um dramaturgo notável, mas o livro de Cristina Carvalho revela que também foi novelista, poeta, filósofo, pintor e escultor, e até mesmo fotógrafo mal tinha começado a história da fotografia.

Nada de mais reconfortante e inspirador, nestes tempos confinados que nos restringem os movimentos e atrofiam a imaginação, do que contemplar a vida de um génio polimorfo e reflectir sobre ela.» [António Damásio]


Esta e outras obras de Cristina Carvalho estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/cristina-carvalho/

De As Pessoas do Drama, de H. G. Cancela

 



«À minha frente, um muro. Uma faca nas costas. Eu sentia-lhe a lâmina, seca como uma luz que apenas projectasse sombra. Entre o muro e a lâmina não havia nada. Vontade, medo, expectativa, nada. Eu teria perguntado, se soubesse a pergunta, teria respondido, se houvesse resposta. Não, em ambos os casos. Não a quem perguntar, não a quem responder, não a quem acusar, eu próprio mergulhado nessa mistura de solidão e de miséria sexual de onde emergem arte, crime e religião, todos obrigados a cavar o vazio que depois se esforçam por preencher ou por dissimular. Eu duvidava, no entanto, que dos dois lados da faca o vazio fosse compatível com aquilo que o pretendia preencher. Voltei-me devagar.»


«As Pessoas do Drama», vencedor Grande Prémio de Romance e Novela da APE, e outras obras de H. G. Cancela estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/h-g-cancela/

Sobre Um Bom Homem É Difícil de Encontrar , de Flannery O'Connor

 



Este clássico moderno mostra-nos Flannery O’Connor como uma das mais originais e talentosas escritoras do Sul dos EUA. A sua visão apocalíptica da vida evidencia-se em situações grotescas e por vezes divertidas em que a personagem principal defronta um problema de redenção: a avó que enfrenta um assassino; um rapaz de quatro anos procura o Reino de Cristo nos rápidos dum rio; o general Sash está prestes a conhecer o seu derradeiro inimigo.


«Selvajaria, compaixão, farsa, arte e verdade fazem parte destas histórias. (…) É-me difícil imaginar um escritor mais divertido ou assustador.» [Robert Lowell]


«Nestas histórias, o Sul rural é, pela primeira vez, retratado por uma escritora cuja ortodoxia está em proporção com o seu talento. Os resultados são revolucionários.» [The New York Times Book Review]


Um Bom Homem É Difícil de Encontrar (tradução de Paulo Faria) e outras obras de Flannery O’Connor estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/flannery-oconnor/


25.11.21

De Últimos Poemas de Amor, de Paul Éluard




«ONDE A MULHER É SECRETA, O HOMEM É INÚTIL


A indiferença radicalmente excluída

Tudo se jogava

Em torno do ventre louco e das palavras sem nexo

De uma mulher feita para si mesma

E mais bruma do que real


Tinha um encanto a mais

Do que essa de quem nascera

Pleno de virtualidades


Acolhia tantos prodígios

Todos os mistérios

Na luz aberta do atónito


Sob a sua imensa cabeleira

Debaixo das suas pálpebras descidas

Numa voz abafada entremeada de risos

Ela e seus lábios contavam

A vida

De outros lábios semelhantes aos seus

Procurando entre eles o seu prazer

Como sementes ao vento


A vida também

De homens tão pouco agarrados a ela

De mulheres com mágoas esquisitas

Que se pintam para se apagar


E ninguém compreendia sobre que fundo de delícias e de certezas

A memória vindoura a memória desconhecida

Faria melhor do que a esperança

Para sempre implicada no vulgar no habitual.» [pp.30-31]


Últimos Poemas de Amor, de Paul Éluard (tradução e prefácio de Maria Gabriela Llansol), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/ultimos-poemas-de-amor/ 

Sobre Middlemarch, de George Eliot

 



Middlemarch (1871-72) é o mais importante romance saído do período vitoriano. Nele, George Eliot aborda todos os temas fulcrais da vida moderna: arte, religião, ciência, política, carácter, sociedade e relações humanas.

Entre as suas personagens estão algumas das mais notáveis da literatura inglesa: Dorothea Brooke (a heroína), Rosamond Vincy (bela e egoísta), Edward Casaubon (o estudioso), Tertius Lydgate (um médico brilhante de duvidosa moralidade), Will Ladislaw (o artista) e Fred Vincy e Mary Garth (namorados de infância).


«Middlemarch é a sua [de George Eliot] mais subtil análise da imaginação moral, possivelmente a mais subtil que alguma vez foi conseguida na prosa de ficção.» [Harold Bloom]


Middlemarch (trad. José Miguel Silva e Miguel Serras Pereira) e O Moinho à beira do Floss (trad. Fernando de Macedo) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/george-eliot/

Sobre O Xaile Andaluz, de Elsa Morante

 



O Xaile Andaluz reúne doze contos sobre o mundo da infância e da adolescência.

A história que deu título ao livro, «O Xaile Andaluz», fala de um rapaz dividido entre a adoração pelo universo adulto encarnado pela mãe e o medo da realidade. E em «O Jogo Secreto» três crianças identificam-se de noite com as personagens romanceadas que inventam.


O Xaile Andaluz (trad. Miguel Serras Pereira) e outra obras de Elsa Morante estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/elsa-morante/

Sobre Mundo Belo, onde Estás, de Sally Rooney

 



Mundo Belo, onde Estás, de Sally Rooney, vence Eason Novel of the Year


Mais informação em: https://www.thejournal.ie/an-post-irish-book-awards-2021-winners-5609891-Nov2021/?amp=1


Mundo Belo, onde Estás e outras obras de Sally Rooney estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/sally-rooney/

Sobre Ingmar Bergman — O Caminho contra o Vento, de Cristina Carvalho

 



Cristina Carvalho recebe Grande Prémio de Literatura Biográfica Miguel Torga, por «Ingmar Bergman — O Caminho contra o Vento». Mais informação aqui.


«Ingmar Bergman — O Caminho contra o Vento» e outras obras de Cristina Carvalho estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/cristina-carvalho/


24.11.21

Sobre Contos de Guerra, de Lev Tolstói

 



«Esta coletânea inclui contos de Lev Tolstói escritos entre os anos de 1852 e 1856, baseados nos acontecimentos da guerra dos russos no Cáucaso e da defesa de Sevastópol durante a Guerra da Crimeia. O jovem Tolstói foi participante de três campanhas militares. Foram anos de formação da sua visão do mundo e do seu talento literário, ou, como ele próprio disse numa carta de 1851, da aprendizagem de “governar a sua pena e as suas ideias”.» [Da Introdução de Filipe Guerra e Nina Guerra]


«Na verdade, Tolstoi está mais próximo de Homero em obras menos complexas, em Cossacos, nos Contos do Cáucaso, nos esboços sobre a Guerra da Crimeia e na seca sobriedade de A Morte de Ivan Iliitch

[George Steiner, Tolstoi ou Dostoievski]


Contos de Guerra (trad. Nina Guerra e Filipe Guerra) e outras obras de Lev Tolstói estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/lev-tolstoi/

Sobre A Guerra do Mundo, de Niall Ferguson

 



«A minha recomendação é que pais e avós ofereçam este livro aos jovens, digamos assim, aos filhos e netos.» [Pedro Boucherie Mendes, Nunca mais É Sábado, SIC Notícias, 19/11/2021: https://tinyurl.com/r3uj99u7; 28m]


A Guerra do Mundo e A Ascensão do Dinheiro (trad. Michelle Hapetian) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/niall-ferguson/

Direito de Propriedade, de Deborah Levy, nomeado Livro do Ano do Hay Festival

 





O último volume da “Autobiografia Viva” de Deborah Levy, Direito de Propriedade, “uma narrativa de leitura compulsiva”, foi distinguido por centenas de leitores como o Livro do Ano do Hay Festival. Mais informação em https://www.thebookseller.com/news/levys-real-estate-named-hay-book-year-1290541


Direito de Propriedade (trad. Inês Dias) e outras obras de Deborah Levy estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/deborah-levy/

Sobre Mao II, de Don DeLillo

 



Bill Gray, um famoso escritor, abandona o seu isolamento ao tornar-se a figura principal de um evento encenado para forçar a libertação de um poeta feito refém em Beirute. Mao II explora um mundo em que o poder de um escritor para influenciar a vida íntima de uma cultura pertence a fabricantes de bombas e a terroristas.


“Este romance é extremamente belo. Numa viagem de cortar a respiração, DeLillo leva-nos para além das versões oficiais da nossa história quotidiana, por detrás de todas as crenças fáceis que alimentamos sobre nós mesmos, com uma visão ousada e uma voz eloquente e moralmente atenta que não tem par na literatura americana.” [Thomas Pynchon]


“Mao II é uma obra de ficção não só surpreendentemente adequada aos nossos tempos, mas também rica e compensadora para quem queira compreendê-los.” [Sunday Times]


“O Leitmotiv do livro é a multidão: DeLillo vê-a na repetição que Warhol faz da imagem de Mao na sua serigrafia Mao II, vê-a ainda na praça de Tianamen, em Hillsborough e no funeral de Khomeini.” [Financial Times]


Mao II (trad. José Miguel Silva) e outras obras de Don DeLillo estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/don-delillo/

Cristina Carvalho recebe Grande Prémio de Literatura Biográfica Miguel Torga

 





Cristina Carvalho venceu o Grande Prémio de Literatura Biográfica Miguel Torga com o livro «Ingmar Bergman — O Caminho contra o Vento». A cerimónia de entrega do prémio realiza-se hoje, pelas 12:00, no Salão Nobre dos Paços do Município, em Coimbra.


O que a Cristina Carvalho revela no romance biográfico são aspectos menos conhecidos da vida de Bergman. Não tudo, mas o que considerou importante para se conhecer um pouco melhor essa personalidade invulgar por quem se apaixonou.


«Ingmar Bergman — O Caminho contra o Vento», vencedor do Prémio Miguel Torga, e outras obras de Cristina Carvalho estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/cristina-carvalho/


23.11.21

De Viver Feliz Lá Fora, de José Gardeazabal

 




«um homem que não está sozinho

amestra animais domésticos à dentada

isto é alimenta-os

dá-lhes o pão nosso

(quem diria)

cada dia» [p. 14]


Viver Feliz Lá Fora e Dicionário de Ideias Feitas em Literatura, de José Gardeazabal, estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jose-gardeazabal/


Pedro Cordeiro anda a ler o novo romance de Sally Rooney

 



«Chegou-me há dias (e estava encomendado há meses, mas saiu agora) o terceiro romance de Sally Rooney, “Beautiful world, where are you?”, lançado em português na Relógio D’Água. Tive ocasião de ver por estes dias a brilhante adaptação televisiva do seu livro de estreia, “Pessoas normais”, e de saber que está em preparação a passagem ao ecrã do que se lhe seguiu, “Conversas entre amigos”.» [Pedro Cordeiro, Expresso, 22/11/2021: https://expresso.pt/newsletters/expressomatinal/2021-11-22-FreePengShuai-f575c4fa]


Mundo Belo, onde Estás (trad. Marta Mendonça) e outras obras de Sally Rooney estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/sally-rooney/

Gonçalo M. Tavares em conversa sobre «O lado escuro da História e da Ciência refletido em “Jerusalém”»

 





Amanhã, 24 de novembro de 2021, Gonçalo M. Tavares, cujo romance “Jerusalém” foi traduzido recentemente para japonês, irá ter uma conversa online com Daiju Abe, psiquiatra japonês e tradutor, sobre o tema «O lado escuro da História e da Ciência refletido em “Jerusalém”».

O evento decorre no âmbito da 5.ª edição do Festival de Literatura Europeia — que tem lugar de 17 a 26 de novembro de 2021 — coorganizado pela Delegação da União Europeia no Japão e pelas Embaixadas dos Estados-membros da União Europeia, que tem sido realizado anualmente no Japão desde 2017.

O escritor português participará através de ligação online com o palco do festival e a conversa será divulgada ao vivo na página YouTube do evento, via streaming. [A partir da página do Instituto Camões: https://www.instituto-camoes.pt/sobre/comunicacao/noticias/japao-goncalo-m-tavares-participa-no-5-festival-de-literatura-europeia]


Jerusalém e outras obras de Gonçalo M. Tavares estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

Sobre Os Anjos bons da Nossa Natureza, de Steven Pinker

 



As notícias incessantes sobre guerra, crime e terrorismo criam a ideia de um mundo cada vez mais ensanguentado. Mas neste importante livro Steven Pinker mostra-nos que a violência, pelo contrário, tem diminuído nos últimos períodos da história. Mas como aconteceu isso?

Pinker examina os demónios interiores que nos conduzem à violência, e os anjos que dela nos afastam, mostrando-nos como certas alterações nas nossas ideias e ações permitiram aos anjos do bem triunfar. Ao mesmo tempo, o autor quebra vários mitos sobre violência, apresentando uma nova defesa do modernismo e do Iluminismo. 

Este livro dá seguimento à exploração de Pinker sobre a natureza humana, misturando psicologia com história e criando um retrato fascinante do nosso gradual domínio sobre a violência.


«Um dos livros mais importantes que li. Não apenas este ano, mas desde sempre.» [Bill Gates]


«Um trabalho de extrema importância e uma contribuição essencial para a historiografia.» [Niall Ferguson]


«Um texto subtil, de filosofia natural, que rivaliza com os dos maiores pensadores do Iluminismo… Pinker escreve como um anjo.» [The Economist]


Os Anjos Bons da Nossa Natureza, de Steven Pinker (trad. Miguel Serras Pereira), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/os-anjos-bons-da-nossa-natureza/

Sobre O Messias de Duna, de Frank Herbert

 



O Messias de Duna continua a história de Paul Atreides em Duna.

Em doze anos de Guerra Santa, ele venceu os inimigos e os seus Fremen conquistaram o universo. Atreides tornou-se o imperador Muad’Dib. É quase um deus, pois é capaz de ver o futuro. Conhece os inimigos que conspiram contra ele e sabe como tencionam atacá-lo.

É capaz de derrotar os seus planos, mas vê mais longe ainda. Sabe que alguns futuros prováveis podem levar ao desastre e que o caminho para a liberdade enfrenta inúmeros perigos, podendo talvez exigir o seu sacrifício.


“Brilhante... é tudo o que Duna foi, e talvez um pouco mais.” [Galaxy Magazine]


“O companheiro perfeito para Duna… fascinante.” [Challenging Destiny]


O Messias de Duna (trad. Ana Mendes Lopes) e Duna (trad. Jorge Candeias) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/frank-herbert/

22.11.21

Sobre Boas Esposas, de Louisa May Alcott

 



Meg, Jo, Beth e Amy cresceram juntas, tendo como vizinho Laurie, e chegou a altura de descobrirem o seu lugar no mundo e de fazerem as coisas com que sempre sonharam. Deparam-se com dificuldades e apaixonam-se, e, quando as tragédias acontecem, encontram conforto umas nas outras e na sua casa.


Boas Esposas e Mulherzinhas (trad. Marta Mendonça) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/louisa-may-alcott/

Sobre Per, o Afortunado, de Henrik Pontoppidan

 




Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Per, o Afortunado, de Henrik Pontoppidan (tradução de João Reis)


Per, o Afortunado é o grande clássico da literatura dinamarquesa, tendo o seu autor recebido o Prémio Nobel da Literatura em 1917.

É um romance de formação, que acompanha a vida de Per Sidenius, filho de um pastor de uma pequena povoação dinamarquesa, na mudança do século XIX para o século XX.

Per revolta-se contra a rigidez familiar, procurando uma nova vida em Copenhaga, onde se torna engenheiro e persegue a sua realização pessoal.

A obra mergulha na crise cultural e social que agitou o continente europeu com a erupção da modernidade e as revoluções industrial e científica.

Na sua capacidade de compreender a crise de identidade dos europeus no início do século XX, a narrativa de Pontoppidan é comparável a Os Buddenbrook e A Montanha Mágica de Thomas Mann.


«Pontoppidan é um contador de histórias puro, e o escrutínio que realiza das nossas vidas e da sociedade põe-no no topo dos escritores europeus… Ele julga os tempos e, como um verdadeiro poeta, direciona-nos para um modo mais puro e honroso de sermos humanos.» [Thomas Mann]


«Henrik Pontoppidan governa a província das letras dinamarquesas com a mesma autoridade com que Lev Tolstói ou Henry James governaram as dos seus países. Per, o Afortunado é um dos maiores romances sobre a modernidade.» [The New York Review of Books]


Mais informação em https://relogiodagua.pt/produto/per-o-afortunado/

Sobre Estado de Crise, de Zygmunt Bauman e Carlo Bordoni

 



A crise mais séria da modernidade, a de 1929, iniciada nos EUA e depressa alcançando a Europa, foi habilmente contornada pelo Estado. Mas a crise pela qual hoje passamos é diferente. No mundo globalizado, os governos mostram-se cada vez mais impotentes para a resolver, e os cidadãos, cada vez mais insatisfeitos com os seus governantes.

Neste livro, Zygmunt Bauman e Carlo Bordoni debruçam-se sobre o atual contexto para debater esta nova e nada passageira crise mundial, fazendo uma análise inédita das questões que a sociedade líquida enfrenta. Estado de Crise é uma obra fundamental para entender o presente e encontrar caminhos de futuro.


Estado de Crise, de Zygmunt Bauman e Carlo Bordoni (trad. de Renato Aguiar), e outras obras de Zygmunt Bauman estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/zygmunt-bauman/

Sobre Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf

 



Publicado em 1925, Mrs. Dalloway é o primeiro dos romances de Virginia Woolf que subverte a narrativa tradicional.

O título inicial do livro era As Horas, uma referência ao tempo em que a ação decorre.

A I Grande Guerra terminou, o calor do verão invade Londres, e Clarissa, Mrs. Dalloway, prepara-se para dar uma das suas festas. Mas quando a noite se aproxima, a chegada de Peter Walsh, o seu primeiro amor regressado da Índia, vai despertar o passado, trazendo-lhe à memória os sonhos adolescentes e a discussão que muitos anos antes a precipitou num casamento sem fulgor.

De súbito, Clarissa tem consciência da força da vida em seu redor, de Peter inalterado e contudo diverso, e da sua filha Elizabeth, que se está a tornar uma mulher.

Virginia Woolf expõe assim diferentes modos de sentir, evocando, mais do que o espírito do tempo, o espírito da própria vida no olhar de cada personagem.

Mas a originalidade maior do livro vem dessa espécie de duplo de Mrs. Dalloway, Septimus Warren Smith, enlouquecendo em silêncio com o trauma da guerra e com quem Clarissa parece partilhar uma mesma consciência.


Mrs. Dalloway (trad. José Miguel Silva) e outras obras de Virginia Woolf estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/virginia-woolf/

Sobre Mrs Palfrey no Claremont, de Elizabeth Taylor

 



Numa chuvosa tarde de domingo, em janeiro, Mrs Palfrey, que recentemente enviuvara, chega ao Hotel Claremont, onde irá passar o resto dos seus dias. 

Os outros hóspedes são pessoas — altamente perturbadas e excêntricas — que vivem de migalhas de afeição e de um interesse obsessivo pelas refeições servidas no hotel. Juntos, lutam contra os seus inimigos gémeos: o tédio e a morte. 

Até que, um dia, Mrs Palfrey conhece o jovem e belo escritor Ludo, dando início a uma amizade pouco convencional... 


«Nomeado pelo The Guardian como um dos “100 melhores romances de sempre” e finalista do Man Booker Prize, Mrs Palfrey no Claremont é uma visão irónica e compassiva da amizade entre uma mulher de idade e um jovem autor, escrita por uma romancista magnífica, o elo de ligação que faltava entre Jane Austen e John Updike.» [Independent


Mrs Palfrey no Claremont (trad. Margarida Periquito) e Angel (trad. Helena Briga Nogueira), obras até agora inéditas em Portugal, estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/elizabeth-taylor/

21.11.21

Sobre Sobre a Leitura, de Marcel Proust

 



“Talvez não haja dias da nossa infância que tenhamos vivido tão plenamente como aqueles que cremos ter deixado sem os viver, aqueles que passámos com um livro preferido. Tudo o que os preenchia para os outros, era por nós afastado como um vulgar obstáculo perante um prazer divino: o jogo para o qual um amigo vinha buscar-nos na passagem mais interessante, a abelha ou o raio de sol perturbadores que nos forçavam a levantar os olhos da página ou a mudar de lugar, as provisões da merenda que nos tinham obrigado a trazer e que deixávamos ao nosso lado no banco, sem lhes tocar, enquanto, por cima da nossa cabeça, o sol ia perdendo força no céu azul, o jantar que nos obrigara a voltar para casa e durante o qual só pensávamos em subir de novo as escadas para acabarmos, logo a seguir, o capítulo interrompido.”


Ler era, para Proust, mais do que a procura de conhecimento, uma atividade espiritual, um meio de se transformar e transcender. Ao lermos os grandes romances, afirma, entramos em contacto com ideias fantásticas e as mentes mais inspiradoras do mundo.


Sobre a Leitura (trad. Miguel Serras Pereira) e os volumes de Em busca do Tempo Perdido (trad. Pedro Tamen) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/marcel-proust/