30.9.15

A chegar às livrarias: História de Quem Vai e de Quem Fica, de Elena Ferrante (trad. de Margarida Periquito)





Elena e Lila, as duas amigas que os leitores já conhecem de A Amiga Genial e História do Novo Nome, tornaram-se mulheres. E isso aconteceu muito depressa. Lila, que se casou muito nova, deixou o marido, o bem-estar material e trabalha agora como operária em condições bastante duras. Elena saiu do bairro, estudou na Normale de Pisa e publicou um romance cujo sucesso lhe abriu as portas de um meio culto. Tentaram ambas, cada uma a seu modo, vencer as barreiras que pretendiam encerrá-las num destino de miséria, ignorância e submissão.

Navegam agora ao ritmo agitado a que Elena Ferrante nos habituou, no mar alto dos anos 70, num cenário de esperança e incerteza, tensões e desafios até então impensáveis, unidas sempre com um vínculo fortíssimo, ambivalente, umas vezes subterrâneo, outras visível, com episódios violentos e reencontros que abrem perspetivas inesperadas. 

28.9.15

Em Movimento, de Oliver Sacks, um dos 8 títulos obrigatórios para os próximos 3 meses






Em Movimento, o mais recente livro de Oliver Sacks, já nas livrarias, é uma das obras em destaque nos lançamentos dos próximos meses.
«Quando em 1985 foi publicado O Homem Que Confundiu a Mulher com Um Chapéu, Oliver Sacks tornou-se o neurologista mais famoso do mundo e uma figura de culto que ajudou a descobrir as possibilidades e os mistérios do cérebro. A naturalidade com que aborda a sua homossexualidade, o peso da herança judaica, o percurso profissional e a originalidade na forma como conduziu – e divulgou – as suas investigações são alguns dos pontos de apelo para conhecer melhor um dos grandes cientistas do nosso tempo, falecido em Agosto deste ano.» [João Morales, Time Out, 23-09-2015]

Nas livrarias: Mataram a Cotovia, de Harper Lee





Situado em Maycomb, uma pequena cidade imaginária do Alabama, durante a Grande Depressão, o romance de Harper Lee, vencedor do Prémio Pulitzer, em 1961, fala-nos do crescimento de uma rapariga numa sociedade racista.
Scout, a protagonista rebelde e irónica, é criada com o irmão, Jem, pelo seu pai viúvo, Atticus Finch. Ele é um advogado que lhes fala como se fossem capazes de entender as suas ideias, encorajando-os a refletirem, em vez de se deixarem arrastar pela ignorância e o preconceito.
Atticus vive de acordo com as suas convicções. É então que uma acusação de violação de uma jovem branca é lançada contra Tom Robinson, um dos habitantes negros da cidade. Atticus concorda em defendê-lo, oferecendo uma interpretação plausível das provas e preparando-se para resistir à intimidação dos que desejam resolver o caso através do linchamento. Quando a histeria aumenta, Tom é condenado e Bob Ewell, o acusador, tenta punir o advogado de um modo brutal.
Entretanto, os seus dois filhos e um amigo encenam em miniatura o seu próprio drama de medos, centrado em Boo Radley, uma lenda local que vive em reclusão numa casa vizinha.

25.9.15

Sobre Departamento de Especulações, de Jenny Offill





«A escrita angustiante (mas por vezes divertida) de Offill insinua-se, não revela, é mantida sob controlo mesmo quando tudo parece desmoronar-se, e é aqui que a sua ironia se faz sentir de vez em quando. Ao não dar um sentido óbvio aos fragmentos, transcende o seu próprio sentido, e nisto (sobretudo quando narra pequenas histórias de meia dúzia de linhas) assemelha-se à escrita de Lydia Davis, como neste exemplo: “No parque infantil, uma mulher explica o seu dilema. Encontraram finalmente uma moradia de três andares com jardim, em óptimo estado, num bairro encantador e longe de escolas problemáticas. Mas agora ela conclui que perde grande parte do dia a procurar num dos pisos objectos que na realidade deixou num dos outros dois.”
Jenny Offill, que ensina escrita criativa em várias universidades norte-americanas, conseguiu com Departamento de Especulações ultrapassar as “regras”, repetidas quase até à exaustão, da mais recente ficção americana, e escreveu um romance singular difícil de classificar.» [José Riço Direitinho, Público, ípsilon, 25-09-2015]

Sobre Húmus, de Raul Brandão





Húmus, de Raul Brandão, com edição de Maria João Reynaud, foi hoje a obra em destaque no Livro do Dia, programa de Carlos Vaz Marques na TSF.


 

24.9.15

Sobre Elena Ferrante




«Uma saga familiar e romântica, um Bildungsroman, um retrato de uma sociedade, a tetralogia A Amiga Genial não é exactamente nenhuma destas coisas. Não há nada enfaticamente obscurantista no estilo, na linguagem, na trama (muito pelo contrário), e no entanto a natureza subjacente dos livros permanece obstinadamente evasiva — o que pode ajudar a perceber o seu poder de cativar tantos e tão diferentes leitores.» [Lidija Haas, TLS, 11-09-2015]

Elena Ferrante diz que a tetralogia teve origem no «mais ousado, mais arriscado» dos seus livros anteriores, A Filha Obscura (in Crónicas do Mal de Amor, publicado na Relógio D’Água).

23.9.15

Sobre Nocturno Europeu, de Rui Nunes






«Cada regresso de Rui Nunes configura uma certa ideia de desafio e limite. (…) Nocturno Europeu congrega um título anterior de Rui Nunes, Uma Viagem no Outono, que teve, previamente, uma circulação restrita, e o núcleo “Outras Viagens”. (…) Retomando notas que já se faziam ouvir em Armadilha, mas que nunca estiveram ausentes da sua obra anterior (um dos casos mais radicais será Os Olhos de Himmler, com a rememoração terrífica do pesadelo nazi), o livro de Rui Nunes descreve “uma europa comum, loura, atlética, que uiva pelo seu guia”, e resume, na escolha fixada pelo título, uma situação e determinado posicionamento que é identitário da própria escrita.» [Hugo Pinto Santos, Colóquio/Letras, Setembro de 2015]

22.9.15

Sobre Poderes da Pintura, de José Gil





José Gil conversa com Luís Caetano sobre Poderes da Pintura no programa A Ronda da Noite.

A chegar às livrarias: O Sol dos Mortos, de Ivan Chmeliov (trad. de Nina Guerra e Filipe Guerra)





«Se Fiódor Dostoiévski alertou profeticamente, no seu romance Demónios, sobre o perigo da calamidade global preparada pelos ideólogos do “paraíso na terra”, se Evguéni Zamiátin e George Orwell criaram as suas antiutopias satíricas, modelos do mundo desumanizado de acordo com as receitas teóricas e as sinistras experiências práticas que conheciam, escritores russos como Ivan Chmeliov, Ivan Búnin, Isaac Bábel, Vassíli Grossman criaram obras que são crónicas vivas, testemunhos factuais da pavorosa concretização da “grande experiência” de transformação política e social na Rússia, levada a cabo pelo partido bolchevique.» [Da Introdução]

21.9.15

Sobre Telex de Cuba, de Rachel Kushner




«Telex de Cuba é uma série de retratos justapostos da comunidade americana que vê chegar ao fim uma era de domínio económico e de neocolonialismo em Cuba. Cinquenta anos de borga possibilitados pela partida dos espanhóis da ilha mesmo no dealbar do século XX.» [Rui Lagartinho, Time Out, 2/9/15]

A chegar às livrarias: Obras Escolhidas de Oscar Wilde, vol. II




O segundo volume das Obras Escolhidas de Oscar Wilde inclui os seus dois ensaios principais, O Declínio da Mentira e o inesperado A Alma do Homem e o Socialismo.
Integra ainda De Profundis, carta escrita por Oscar Wilde na Prisão de Reading a Lord Alfred Douglas.

No volume publicam-se ainda os seus poemas e uma nova tradução dos contos.

18.9.15

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 20 de Setembro




Mataram a Cotovia, de Harper Lee
A Viagem do Beagle, de Charles Darwin

Anna Karénina, de Lev Tolstoi (ed. brochada)

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 19 de Setembro




Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa
Musicofilia, de Oliver Sacks

Moby Dick, de Herman Melville

Sobre Psicopolítica, de Byung-Chul Han




«Psicopolítica e biopolítica convergem em vários pontos. Byung-Chul Han salienta a relação de ambas com a produção, embora a manifestação seja díspar entre as duas.
Em textos breves, os vários tipos de poder vão sendo analisados. As redes sociais proporcionam, hoje, um original controlo sobre o ser humano É o próprio homem que se expõe e se submete a esse controlo. As informações prestadas são um produto. Ou seja: o próprio homem transforma-se em produto num mercado onde tudo se vende e tudo se compra. O “Big Data” é um sofisticado mecanismo de controlo alimentado com informação pessoal pelo próprio indivíduo.» [Mário Rufino, Diário Digital, 7/9/15]

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 18 de Setembro




Folhas de Erva, de Walt Whitman
Autobiografia Intelectual, de Sigmund Freud

A Metamorfose, de Franz Kafka

17.9.15

A chegar às livrarias: Sem Deixar Rasto, de Jon Krakauer (trad. de José Vieira de Lima)






Em maio de 1996 Jon Krakauer fez parte de uma das três expedições ao cimo do monte Evereste, atingidas por uma súbita tempestade. No final do dia da subida ao cume, oito pessoas estavam mortas.
Sem Deixar Rasto narra a história desta aventura. Krakauer evoca as paisagens majestosas do Evereste, ligando a sua experiência à história das tentativas humanas de conquistar a montanha mais alta do mundo. Sem Deixar Rasto é uma referência de literatura de viagem, assim como uma pungente história de tragédia e resistência humana.
Em 2015 Baltasar Kormákur realizou o filme Evereste, tendo este livro como uma das principais referências. O papel de Krakauer é desempenhado por Michael Kelly.


«Sem Deixar Rasto está entre os maiores livros de aventura de todos os tempos.» [The Wall Street Journal]


«O relato de Krakauer é magistral. Revela segurança nas descrições e um profundo conhecimento do tema abordado.» [Guardian]


«Um relato fascinante e perturbador da escalada… feito por um homem sério e um excelente escritor.» [Time]

Sobre Apocalípticos e Integrados, de Umberto Eco





«O fim do mundo ou o princípio de um mundo melhor?


Eco opõe os apocalípticos, elitistas, aristocráticos e defensores do statu quo, para quem o conceito de “indústria cultural” é abominável e a cultura de massas representa representa a degeneração irreparável da Alta Cultura, aos integrados, que entendem que os meios de comunicação de massas, ao colocarem “os bens culturais à disposição de todos”, mesmo que à custa de alguma simplificação e banalização, prestam um serviço inestimável à humanidade. Esta oposição voltou a ganhar plena actualidade na polémica entre os que vêem na Internet o maior adversário do mundo sofisticado da Alta Cultura e um imenso lodaçal de vulgaridade e exibicionismo, e os que vêem nela a plena democratização do acesso à cultura e a possibilidade de cada um poder criar e distribuir os seus produtos culturais. Curiosamente, Eco assumiu recentemente uma posição neste debate que o remete inequivocamente para a barricada apocalíptica, ao afirmar, em Junho de 2015, que “o drama da Internet é que promoveu o idiota da aldeia a detentor da verdade”.» [José Carlos Fernandes, Time Out, 16/9/15]

 

No Centenário d'A Metamorfose, de Franz Kafka




O JL de 2 de Setembro publica um desenvolvido dossier sobre os 100 anos d’A Metamorfose, de Kafka, e a influência que a obra teve em escritores de várias gerações.
O dossier reúne artigos de G. Villas-Boas, Jorge Listopad, A. M. Pires Cabral, António Vieira e José Viale Moutinho. Integra também um artigo de Isabel Castro Silva, que traduziu para a Relógio D’Água A Metamorfose, uma antologia de Contos e os Diários de Kafka:

«Nas suas aulas sobre literatura, Nabokov sugere que, se Kafka soubesse mais de entomologia, Gregor teria percebido, dado o tipo de escaravelho que era, que tinha asas e poderia voar janela fora. É sempre bom relembrar aos alunos de literatura que têm asas e podem fazer bom uso delas — e os mais inteligentes não esquecerão que são também escaravelhos. Mas, no mundo de Kafka, a história de Gregor Samsa, metamorfoseada em literatura, é a própria janela — uma janela que circulou pelo mundo inteiro protegida apenas por duas capas, cativando leitor após leitor, e que, um século volvido, continua a abrir para um mundo tão vasto.»

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 17 de Setembro




Fausto, de Goethe
Fotografias, de António Barreto

Contos, de Andersen (ed. cartonada)

16.9.15

Novidades da Relógio D'Água em destaque no Expresso




No artigo «O que aí vem», na revista E do Expresso de 12 de Setembro, na ficção portuguesa José Mário Silva refere Neverness, de Ana Teresa Pereira, e, na ficção traduzida «entre outras apostas de qualidade (David Vann, Michel Faber), a Relógio D’Água prossegue a edição de Karl Ove Knausgård (A Ilha da Infância) e de Elena Ferrante (História de Quem Vai e de Quem Fica)».

Sobre Rachel Kushner






«No início de 2014, a publicação pela Relógio d’Água de Os Lança-Chamas, segundo romance de Rachel Kushner, permitiu aos leitores portugueses a descoberta de uma das mais fascinantes, e justamente aclamadas, escritoras americanas do nosso tempo. Entre a cena artística das vanguardas nova-iorquinas dos anos 70 e a agitação política de Itália na época das Brigadas Vermelhas, Kushner conduzia-nos à velocidade estonteante da mota de Reno, a sua protagonista, pelos meandros de uma narrativa que cobre quase todo o século XX. Mais do que um mero tour de force, o opus 2 de Kushner é um prodígio de técnica literária, erudição, inteligência e capacidade de entendimento da natureza humana.

 

Ao descobrirmos, agora, em ordem inversa, o primeiro romance (originalmente editado em 2008), o espectro de uma eventual desilusão desfaz-se ao fim de meia dúzia de páginas, assim que reencontramos o tom característico da autora e a qualidade superlativa da sua prosa.» [José Mário Silva, revista E, Expresso, 5-9-2015]

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 16 de Setembro




Antologia Poética, de Fernando Pessoa
A Grande Crise e Outros Textos, de J. M. Keynes

Contos, de Oscar Wilde

15.9.15

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 15 de Setembro



Pensamentos, de Oscar Wilde
O Nascimento da Tragédia, de Friedrich Nietzsche

Contos, de Andersen (ed. cartonada)

14.9.15

Autobiografia de Oliver Sacks destacada pelo Expresso





No artigo «O que aí vem», publicado no último número da revista E do Expresso (12/9/15), o crítico José Mário Silva destaca, entre outras obras de não ficção, a autobiografia de Oliver Sacks que a Relógio D’Água acaba de lançar.


«Em janeiro deste ano, Oliver Sacks, cientista brilhante que explicou como poucos o funcionamento do cérebro humano e os mecanismos da perceção, ficou a saber que um melanoma no olho, aparentemente curado (à custa da sua visão estereoscópica), deixara metástases no fígado, reduzindo-lhe a esperança de vida a alguns meses. Por essa altura, já concluíra a sua autobiografia Em Movimento – Uma Vida, publicada nos EUA em abril, na qual recapitula o seu percurso, as aprendizagens, as experiências com drogas, os tempos de motoqueiro e culturista, culminando na revelação, tardia mas comovente, da sua homossexualidade. No final de agosto, morreu em casa, em Manhattan, aos 82 anos. Felizmente, os leitores portugueses não vão ter de esperar muito por este livro que a crítica americana incensou, louvando-lhe a honestidade e o fulgor da prosa.»

Sobre Despertares, de Oliver Sacks





No último número da revista E do Expresso (12/9/15), Pedro Mexia aborda uma das obras de referência de Oliver Sacks, Despertares, relatando os casos neurológicos que estiveram na sua origem e a influência que um deles teve na obra de Harold Pinter, A Kind of Alaska.


«Oliver Sacks (1933-2015) tornou-se conhecido com Despertares (1.ª ed. 1973), uma colectânea de “estudos de caso” neurológicos. O género tem antecedentes célebres, mas estes “estudos” queriam-se diferentes dos outros, porque valorizavam a fenomenologia dos “casos” individuais, com uma empatia subjectivista e quase poética. Eram histórias de vida que permitiam vislumbrar outras vidas, outros mundos.» 

Conversa com Hélia Correia




Hélia Correia conversa com Ana Daniela Soares na última emissão de As Vozes Que Nos Escrevem.

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 14 de Setembro




Tao Te King, de Lao Tse
Viver no Fim dos Tempos, de Slavoj Zizek
O Jardim Secreto, de Frances Hodgson Burnett


11.9.15

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 13 de Setembro





Mataram a Cotovia, de Harper Lee
Da Democracia na América, de Alexis de Tocqueville

As Aventuras de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll (ed. brochada)

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 12 de Setembro





Ulisses, de James Joyce
Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política, de Walter Benjamin

As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain

Jhumpa Lahiri recebe National Humanities Medal





Jhumpa Lahiri foi ontem condecorada por Barack Obama com a National Humanities Medal, por «ter mostrado a experiência indo-americana em maravilhosamente trabalhadas narrativas de estranhamento e pertença».
A medalha distingue um indivíduo ou organização cujo trabalho aprofundou o conhecimento nacional da experiência humana, permitiu o envolvimento dos cidadãos com a história e a literatura ou ajudou a proteger ou aumentar o acesso a fontes de cultura.

A experiência da emigração, a família, o amor a língua e a identidade cultural são temas abordados na obra de Jhumpa Lahiri. O seu romance A Planície, editado pela Relógio d’Água, recebeu o National Book Award e foi finalista do Man Booker. 


Entrada Livre no D. Maria II





O Entrada Livre chega já esta sexta-feira e fica até domingo! Três dias em que se abrem as portas do Teatro Nacional D. Maria II com um novo projecto artístico.
Na Sala Garrett, haverá as estreias de Ifigénia, Agamémnon e Electra, três novos espectáculos de Tiago Rodrigues em diálogo com o repertório da tragédia grega. Na Sala Estúdio, Raquel André abre o Ciclo Recém-nascidos com Colecção de Amantes.

Na varanda do Teatro virada ao Largo de São Domingos, já estão no lugar os estrados onde Bruno Pernadas, na sexta, e os DJs Alx e Riot, no sábado, vão dar dois concertos.

E não é tudo…
Será inaugurada uma exposição sobre a colecção de partituras do D. Maria II.
Realizada a primeira Feira do Livro de Teatro, a acontecer no Rossio. (com presença da Relógio D’Água).
O Largo de São Domingos vai receber leituras encenadas até ao pôr do sol.
Ricardo III, de William Shakespeare, será lido no Palácio da Independência.
Às famílias são dedicadas duas sessões de É bom mandar?.
As lojas da Baixa serão invadidas o Teatro das Compras.
É uma festa que dura até domingo, dia em que 74 actrizes portuguesas sobem ao palco da Sala Garrett numa homenagem a Eunice Muñoz.


Informe-se sobre as condições de acesso e saiba mais no site do Teatro Nacional D. Maria II. 

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 11 de Setembro





Debaixo do Vulcão, de Malcolm Lowry
Elogio da Sombra, de Junichiro Tanizaki

Orgulho e Preconceito, de Jane Austen

10.9.15

Sobre De que falamos quando falamos de amor, de Raymond Carver





«O regresso às livrarias de um dos livros de contos mais influentes da segunda metade do século XX (…).
As histórias não vão a lado nenhum. Começam a meio e não têm desenlace. Os finais são ambíguos e boa sorte a quem quiser encontrar a moral da história – ou algum conforto. As histórias de Raymond Carver passam-se naqueles segundos entre o relâmpago e o trovão. O silêncio incómodo, a tensão e o ar carregado de electricidade estão presentes em cada um dos contos. (…)
De Que Falamos quando Falamos de Amor é um conjunto de histórias mundanas, tragédias de meia-tigela com uma profundidade difícil de enxergar à primeira – daí que seja um livro de releitura obrigatória, mais do que uma obra de leitura obrigatória. Infelizmente não é possível separar as duas coisas.» [Luís Leal Miranda, Time Out, 19/8/2015]

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 10 de Setembro





As Flores do Mal, de Charles Baudelaire

Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, de J. M. Keynes

A Educação Sentimental, de Gustave Flaubert

9.9.15

A chegar às livrarias: O Livro das Estranhas Coisas Novas, de Michel Faber (trad. Inês Dias)





Peter Leigh é um missionário chamado para a viagem de uma vida. Deixando para trás a sua amada esposa – Bea –, embarca num voo para uma terra remota e desconhecida – um lugar onde os habitantes estão sedentos dos ensinamentos da Bíblia.É uma jornada que irá desafiar todas as crenças de Peter, o seu entendimento dos limites do corpo humano e, sobretudo, o seu amor por Bea.
O Livro das Estranhas Coisas Novas é uma narrativa profundamente original sobre aventura, fé e os laços que mantêm duas pessoas unidas, mesmo quando se encontram em mundos separados.

«No cerne de O Livro das Estranhas Coisas Novas está uma questão: quem – ou o que – amas, e o que estás disposto (ou não) a fazer por esse amor? O resultado é um romance espantoso e magnífico, cuja narrativa se assemelha ao motor de uma locomotiva.» [Yann Martel]


«Uma história de fé que irá hipnotizar crentes e não crentes de igual modo. Uma história de amor perante o apocalipse, da presença de humanidade num mundo alienígena – O Livro das Estranhas Coisas Novas é desesperadamente belo, triste e inesquecível.» [David Benioff, co-criador da série da HBO A Guerra dos Tronos]

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 9 de Setembro





Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf
A Condição Humana, de Hannah Arendt

As Aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain

8.9.15

Sobre A Filosofia e o Mal, de António Marques





«António Marques publicou um importante livro, que convém saudar, dedicado à questão do mal em filosofia, centrado na célebre obra de Hannah Arendt, Eichmann em Jerusalém. O exercício é feito num espírito de simpatia pela grande pensadora política que Arendt indiscutivelmente foi, mas essa simpatia não obsta a que o autor teça fundamentadas críticas a certas deficiências do pensamento político de Arendt, nomeadamente no que diz respeito à impossibilidade em que Arendt se encontra de pensar o juízo ético, na sua articulação com o juízo político. Devo desde já dizer que, velho leitor de Arendt, partilho, quase sem falhas, ambos os aspectos da posição de António Marques.» [Paulo Tunhas, Observador, 4/9/2015]

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 8 de Setembro





Lolita, de Vladimir Nabokov

A Poesia do Pensamento, de George Steiner

Robinson Crusoe, de Daniel Defoe

7.9.15

A chegar às livrarias: Em Movimento — Uma Biografia, de Oliver Sacks (trad. José Miguel Silva)





«O livro Em Movimento parece, de facto, ser uma obra de despedida, resenha de uma vida, despida de preconceitos ou outras reservas, onde o autor transmite as recordações que quis que perdurassem em letra de forma para quem o quisesse ler. Desde a distinção honorífica que recebeu da rainha Elizabeth à ternura dedicada a seus pais, ao irmão esquizofrénico e a outros familiares, às suas origens judaicas, ao reconhecimento da dedicação de alguns amigos e colaboradores. Das situações que lhe despertaram emoções. Daquilo que lhe deu prazer, como as motas e os halteres, o mergulho, as viagens, as amizades e paixões, a profissão médica e a escrita.» [Vítor Oliveira, Presidente da Sociedade Portuguesa de Neurologia, Expresso, 5/9/2015]


«Via doentes com a atenção, minúcia e empatia dos grandes clínicos do século XIX e escreveu magistralmente sobre vítimas de síndromas neurológicos clássicos, autistas, psicóticos, surdos, cegos. Cientista e artista, houve prémios criados especialmente para ele por partilhar tão bem os dois dons. Alguns neurologistas escapavam ao seu encanto – “O homem que julgou que os doentes eram uma carreira literária” – mas para a maioria, e para filósofos, poetas, quem se maravilhe com a vida, foi fonte de inspiração.

Dizia-se judeu ateu e a ateus convictos (dos que dizem não ter um corpo mas ser um corpo) a sua obra não levantará questões metafísicas. A crentes e agnósticos inseguros talvez sugira que a alma reside no hemisfério direito do cérebro (salvo, talvez, nos canhotos).» [José Cutileiro, Expresso, 5/9/2015]

A chegar às livrarias: Húmus, de Raul Brandão, edição de Maria João Reynaud





Publicado pela primeira vez em 1917, Húmus, de Raul Brandão, apresenta-se sob a forma de um diário fragmentário e elíptico, cujo narrador descreve o quotidiano dos habitantes de uma vila, que intercala com as suas reflexões pessoais.

«Na visão de Raul Brandão, a dor é o fundamento da criação e o elo invisível que une cada ser ao universo. Por tudo isto, Húmus é um romance poético. É-o, também, por ter sido escrito à revelia de qualquer género.» [Da Introdução de Maria João Reynaud, responsável por esta edição.]

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 7 de Setembro



 
 

Amada Vida, de Alice Munro

Violência, de Slavoj Zizek

As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift

4.9.15

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 6 de Setembro




 

Contos, de Clarice Lispector

A Arte da Guerra, de Sun Tzu

Crime e Castigo, de Fiódor Dostoievski

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 5 de Setembro



 

Pela Estrada Fora – O Rolo Original, de Jack Kerouac

Musicofilia, de Oliver Sacks

Anna Karénina, de Lev Tolstoi (ed. brochada)

Don DeLillo recebe medalha National Book Award





No próximo dia 8 de Novembro, na 66.ª cerimónia dos National Book Awards, o escritor norte-americano Don DeLillo será homenageado com uma medalha pela sua contribuição notável para as letras americanas.
A National Book Foundation elogiou o «variado corpo de trabalho que analisa os costumes da cultura americana contemporânea e moderna e incorpora com excelência os ritmos do discurso quotidiano numa narrativa cuidadosamente composta e delineada».



A distinção é-lhe atribuída pelo conjunto da sua obra, de que a Relógio D’Água editou vários títulos:

Os Nomes (1996); O Corpo enquanto Arte (2001); Valparaíso (2002); Cosmópolis (2203); Mao II (20014); Cão em Fuga (2009); Americana (2011) e Great Jones Street (2012).

Feira do Livro do Porto 2015





 

A Relógio D’Água está presente (Pavilhões 24 a 28) na Feira do Livro do Porto, que se realiza nos Jardins do Palácio de Cristal de 4 a 20 de Setembro.

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 4 de Setembro

Laços de Família, de Clarice Lispector

Assim Falava Zaratustra, de Friedrich Nietzsche

O Jogador, de Fiódor Dostoievski

Sobre Apocalípticos e Integrados, de Umberto Eco







«Numa reedição da Relógio D’Água, Apocalípticos e Integrados, de Umberto Eco, regressa ao espaço público português com os ensaios e artigos que o tornaram uma das obras mais comentadas das ciências sociais e dos estudos da comunicação. O seu impacto foi tão amplo que a dicotomia explícita no título persiste noutros contextos e discursos, com frequência acerca de controvérsias semelhantes. Onde começa e acaba o mau gosto? A cultura de massas desapareceu ou degradou-se ainda mais? Ainda existem artes superiores e inferiores? A boa literatura é melhor do que o bom hip-hop? O cinema morreu?» [José Marmeleira, ípsilon, Público, 28-08-2015]

 
De Umberto Eco a Relógio D’Água editou também Sobre Literatura.

3.9.15

Sobre O Separar das Águas e Outras Novelas, de Hélia Correia




«O Separar das Águas e Outras Novelas, de Hélia Correia (n. 1949), junta neste volume o livro de estreia — o que dá o título ao conjunto — com Villa Celeste e Soma, três novelas de 1981, 1985 e 1987, respectivamente. Era bom que o Prémio Camões, que este ano lhe foi atribuído, contribuísse para chamar a atenção para a obra de uma autora avessa a holofotes e uma das grandes vozes da literatura portuguesa contemporânea. Os que descobriram Hélia Correia há poucos anos, fosse num romance como Adoecer, ou nos poemas magníficos de A Terceira Miséria, queixando-se da dificuldade em encontrar os livros mais antigos, podem agora começar do princípio. Quando pela primeira vez se publicou, O Separar das Águas trouxe consigo uma voz singular, devedora de algum realismo fantástico, porém isento de mimetismo. A obra futura deu outra tonalidade à dimensão profética, mas, por enquanto, toda a ênfase fará de Vilerma um retrato do estupor do país que vivia entalado entre o estertor da República, as aparições de Fátima e o triunfo dos bolcheviques. Uma escrita rica de harmónicas acentua a polifonia do discurso narrativo, qualquer que seja a realidade ficcionada (e neste caso são três, sem correlação entre si) pela trilogia. Exempla.r» [Eduardo Pitta, no blogue Da Literatura, a propósito de crítica sua na revista Sábado de 13 de Agosto de 2015]