31.7.12

Livros da Relógio D’Água na Imprensa de 23 a 29 de Julho


No suplemento Atual do Expresso, de 28 de Julho, Pedro Mexia fala dos «Mistérios de Curitiba», tal como surgem em O Cemitério de Elefantes, de Dalton Trevisan.




Segundo Pedro Mexia:

«Os microcontos de Trevisan, fortes como parábolas de Kafka, mas mais populistas, mais suados, têm essa universalidade situada ao fundo da rua mas em todo o lado. (…) Espero que não lhe batam à porta, que não o incomodem. Os contos dizem tudo o que é preciso saber sobre Trevisan. E sobre Curitiba. E sobre a nossa condição animal e triste.»

Na secção de Escolhas, do mesmo caderno do Expresso, a ensaísta Maria João Coutinho recomenda duas obras publicadas pela Relógio D’Água, a saber O Químico e o Alquimista, de Maria Filomena Molder e Os Olhos de Himmler, de Rui Nunes.
Numa outra secção de escolhas, João Braz, apresentado como «profissional de cinema», propõe Lanterna Mágica, de Ingmar Bergman.

27.7.12

Hugo Pratt em Évora






Cinquenta e uma obras de Hugo Pratt — aguarelas, tinta-da-china, guache — estão expostas na Fundação Eugénio de Almeida, em Évora, de 25 de Julho a 2 de Dezembro de 2012.

A mostra intitula-se Corto Maltese: Viagem à Aventura e retrata viagens de Corto Maltese a Veneza, África, Caribe ou Samarcanda.

Em 2005, a Relógio D’Água publicou uma biografia de Hugo Pratt sob a forma de entrevista: O Desejo de Ser Inútil.

Rui Nunes no Diário Câmara Clara




Rui Nunes falou ao Diário Câmara Clara sobre o seu último livro, Barro.

O programa de 26 de Julho pode ser visto aqui.

26.7.12

Sobre Sonhos e Comboios, de Denis Johnson





Na Time Out de 25 de Julho, Hugo Pinto Santos escreve sobre Sonhos e Comboios, de Denis Johnson: «Chamar-lhe breve preciosidade seria atentar contra a rude franqueza de Sonhos e Comboios. A novela do norte-americano de origem alemã Denis Johnson prescinde da habitual artilharia psicológica e do fogo-de-artifício narrativo, contrapondo-lhes uma desafectação de estilo e processos que só pode ser recebida com agrado.»

25.7.12

Paul Watzlawick (25-07-1921/31-03-2007)







«Este livro fala sobre a forma como a comunicação cria aquilo a que chamamos realidade. À primeira vista esta parece ser uma afirmação algo estranha porque decerto a realidade é o que é, e a comunicação é apenas uma forma de a expressar ou explicar.

De maneira nenhuma. Tal como este livro demonstrará, as nossas ideias quotidianas e tradicionais acerca da realidade são ilusões que procuramos fundamentar durante grande parte das nossas vidas, mesmo correndo o considerável risco de tentar encaixar os factos na nossa definição de realidade em vez de fazermos o contrário. E a ilusão mais perigosa de todas é a de que existe apenas uma realidade. Aquilo que de facto existe são várias perspectivas diferentes da realidade, algumas das quais contraditórias, mas todas resultantes da comunicação e não reflexos de verdades eternas e objectivas.» [Do Prefácio de Paul Watzlawick a A Realidade É Real?]

24.7.12

Nas livrarias






«Resta-lhe [a Tomas Tranströmer] o consolo de toda a sua obra ser uma interpretação pessoalíssima das belezas, dos absurdos, das irracionalidades da nossa existência, bem como dos limites e capacidades do ser humano. Além de a sua obra, no fundo, ser uma radiografia nítida de tudo o que nos descreve. Simultaneamente, ajuda-nos a ver muitas coisas por um prisma diferente, por banais que sejam.» [Alexandre Pastor, Prefácio a 50 Poemas]

Junichiro Tanizaki (24-07-1886/30-07-1965)





De Junichiro Tanizaki, a Relógio D'Água editou Naomi, Diário de Um Velho Louco, Elogio da Sombra, e A Mãe do Capitão Shigemoto e O Cortador de Canas.



«O livro aborda questões tão aparentemente díspares como a arquitectura, a decoração de interiores (desde as salas às retretes), a culinária ou a contemplação da lua. Muitas vezes nos damos conta de que a nossa leitura é pontuada por um sorriso nos lábios, mas é quase sempre um sorriso, pelo menos, um pouco triste, um sorriso de incompreensão desesperada misturada com a sensação de que se o mundo em que vivemos é feito à nossa medida (como o é, inevitavelmente), então, pobres de nós.» [Rui Magalhães, Ciberkiosk, n.º 5, 1999. Texto completo aqui.]

23.7.12

Middlemarch destacado no Público





No Público de sábado, 21 de Julho, Susana Moreira Marques aborda num extenso artigo o romance Middlemarch, de George Eliot: «Middlemarch passa-se nos anos 30 do século XIX, colocavam-se as primeiras linhas férreas e o mundo não seria o mesmo. Fomos procurar a outra cronologia de Middlemarch, quando George Eliot criava uma obra que, quase 150 anos depois, continua a ser considerada um dos maiores romances escritos em inglês. (…)»



«Pouco tempo depois desse Natal e passagem de ano na ilha de Wight, percebeu que a história que escrevia, sobre Dorothea Brooke, uma jovem que queria dedicar a sua vida a algo maior do que ela, seria o primeiro livro de um folhetim que constituiria o romance Middlemarch, e que agarraria Inglaterra desde a primeira linha: “Miss Brooke tinha aquele tipo de beleza que um vestuário modesto parece fazer realçar.”

O sucesso de Middlemarch era extraordinário. Ainda a série não tinha terminado e já Eliot recebia correspondência de leitores que não aguentavam mais não saber o que iria acontecer a Dorothea ou ao Dr. Lydgate.»

20.7.12

Sobre Lanterna Mágica, de Ingmar Bergman





No suplemento ípsilon do Público de 20 de Julho, Francisco Valente escreve sobre Lanterna Mágica, de Ingmar Bergman:

«Lugares e personagens são então revisitados em capítulos que não obedecem a uma cronologia, mas às sensações que se guardaram dos seus momentos, revividos por um autor — um génio, ou como se queira chamar a Bergman — que se reduz à confissão mais humana possível: o medo e o falhanço com que lidou com a sua família, os seus casamentos e os seus filhos (tantos os filhos reais como os filmes e as encenações), preso à insatisfação (ou à neurose) de viver uma vida mortal, finita, logo sem propósito.»

19.7.12

A chegar às livrarias






«M. Teixeira-Gomes, tal como na sua obra se nos apresenta ou tal como em certas personagens se projecta, está longe de ser um gozador desenfreado, à maneira de Casanova, ou um perseguidor do infinito no finito dos corpos, à maneira de Don Juan. Homo eroticus, sim; mas buscando, acima de tudo, a harmonia entre o sentimento e a sensação, o equilíbrio da emoção e da volúpia.

(…) Por curiosa inclinação do seu espírito, se não também do seu corpo, Teixeira-Gomes revela, de facto, impressionantes afinidades com o pensamento grego dos séculos iv e iii antes de Cristo.»

David Mourão-Ferreira, em Aspectos da Obra de M. Teixeira-Gomes





Em Oficiais e Cavalheiros, o capitão Crouchback, dos Alabardeiros, é enviado para o Egipto, quartel-general do teatro de operações do Médio Oriente, durante a II Guerra Mundial. Aí conhece o major Hound, comandante de brigada, um homem que não lhe merece respeito, e o furriel Ludovic, ocupado com o seu diário.

Crouchback vê-se envolvido na derrocada militar e na evacuação de Creta, acção descrita em pormenor numa obra em que o autor emprega delicadamente o seu reconhecido talento satírico.

Oficiais e Cavalheiros é a segunda parte de uma trilogia, Sword of Honour (Espada de Honra), que narra a história de Guy Crouchback, herdeiro de uma família aristocrática em declínio, entre 1939 e 1945, cuja experiência da II Guerra Mundial se relaciona com a do próprio Evelyn Waugh.

18.7.12

Edição de 50 Poemas, de Tomas Tranströmer, no Diário Câmara Clara



Está a chegar às livrarias a antologia 50 Poemas, de Tomas Tranströmer, que recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 2011. Francisco Vale, editor da Relógio D’Água, falou ao Diário Câmara Clara de 16 de Julho sobre a edição desta obra. O programa está disponível aqui.

Sobre Sonhos e Comboios, de Denis Johnson





No blogue Bibliotecário de Babel, José Mário Silva publicou a crítica que escreveu para o Atual, suplemento do Expresso, sobre Sonhos e Comboios, de Denis Johnson: «Publicada pela primeira vez há uma década, na Paris Review (em versão ligeiramente diferente), esta novela de Denis Johnson narra o fim de uma época: a da subjugação dos grandes espaços geográficos pela força civilizacional, na América das primeiras décadas do século XX.»

O texto completo pode ser lido aqui.

17.7.12

O Grande Gatsby com nova adaptação cinematográfica





A última longa-metragem de Baz Luhrmann é também a mais recente adaptação cinematográfica de O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald. O filme conta com Leonardo DiCaprio, Carey Mulligan e Tobey Maguire nos principais papéis e tem estreia prevista para Dezembro de 2012.




«Eu gosto muito de O Grande Gatsby. É muito intemporal, pois vislumbrou em 1925 aquilo que estaria fora de moda uns anos mais tarde; mas reli-o esta semana e achei-o bom; há prazer e compaixão em cada página.» [Glenway Wescott]

16.7.12

Três livros da Relógio D’Água para «descobrir nas férias»



Entre as obras recomendadas como sugestões de Verão pelo Atual, suplemento do Expresso de 14 de Julho, estão três livros publicados pela Relógio D’Água: Contos Escolhidos, de Isaac Babel; A Ronda, de Arthur Schnitzler; e Barro, de Rui Nunes.

 

«Que força! Que humor! Que maravilha! Uma coletânea de contos de um escritor russo desaparecido prematuramente nas teias do estalinismo, retratos fulgurantes e pícaros da vida russa, desde os pequenos bandidos de Odessa às peripécias da revolução bolchevique.» [Ana Cristina Leonardo]

 

«Médico vienense, Schnitzler escreveu novelas e peças de teatro de cariz freudiano, de tal modo que Freud disse temer que ele fosse o seu “duplo”. A Ronda (1897) é o mais “chocante” dos textos dramáticos de Schnitzler, um carrossel erótico que expõe uma burguesia em decomposição.» [Pedro Mexia]

 

«De um livro autobiográfico seria difícil esperar uma tal força transgressora das convenções da autobiografia e da ficção narrativa. (…) O resultado é um texto grandioso que declara guerra a toda a boa consciência literária que desconhece a exigência de destruir a ordem gramatical do sentido.» [António Guerreiro]

12.7.12

José Gil em revista finlandesa



Na edição de Verão da revista de filosofia finlandesa niin & näin é publicado um artigo de Jarkko S. Tuusvuori sobre José Gil:

«(…) Mas nem os sombrios aspectos políticos e económicos de Portugal, nem o nebuloso tempo de Lisboa, conseguem apagar o sorriso de José Gil. O veterano filósofo, com um ar atento, é um exemplo vivo do poder de pensar. Ou como diria o próprio, seguindo o seu falecido amigo de longa data Gilles Deleuze: “Tornar-se uma forma” é menos importante do que “tornar-se poder”. Apesar de esta citação não se aplicar ao seu próprio desenvolvimento, durante a década de 2000 José Gil tornou-se um dos mais importantes pensadores europeus e talvez o mais popular dos pensadores portugueses. (…)»

11.7.12

Sobre Cartas a Uma Jovem Matemática, de Ian Stewart





No sítio Ciência 2.0 é feita uma sinopse do livro Cartas a Uma Jovem Matemática, de Ian Stewart: «Cartas a Uma Jovem Matemática, como o próprio nome indica, é um conjunto de cartas trocadas entre Meg, uma jovem com um fascínio pela matemática, e um matemático. Desde o final do ensino secundário até se tornar Professora Assistente, Meg vai procurando, através das cartas, debater dúvidas que lhe vão surgindo e conselhos sobre as fases de aprendizagem em que se encontra. (…) Cartas a Uma Jovem Matemática leva-nos a compreender a presença e importância da matemática, métodos usados em investigação, bem como dificuldades que surgem no seu estudo.» [Texto completo aqui.]

9.7.12

A Relógio D'Água no Atual de 7 de Julho de 2012




No suplemento Atual do Expresso de 7 de Julho de 2012, José Mário Silva escreve sobre Sonhos e Comboios, de Denis Johnson, começando por afirmar: «Em menos de cem páginas, Denis Johnson constrói uma narrativa simultaneamente épica e intimista sobre a América da primeira metade do século XX.»

No final da crítica diz: «É também assim que esta novela funciona: em voo picado através das várias idades do protagonista, acumulando sensações e atmosferas, despertando no leitor um “imenso assombro”.»




No mesmo suplemento, o artista plástico Jorge Rocha elege entre as suas escolhas A Arte de Bem Servir, de M. F. K. Fisher, editado pela Relógio D’Água em 2010.

«As obras de Mrs. Fisher tratam de comida e de pessoas, temas que a autora está habilitada para abordar com especial competência. Em primeiro lugar, porque a cozinha é para ela um passatempo e não uma profissão. (…) Em segundo lugar, embora fazendo parte das hostes dos amadores, não deixa de praticar a arte culinária, não se limitando a fazer parte de um clube ou sociedade gastronómica.» [Da Introdução de W. H. Auden]

6.7.12

Somos Livros, revista das Livrarias Bertrand




Somos Livros é uma nova revista das Livrarias Bertrand, de que acaba de sair o número um. Contém um conto inédito de J. Rentes de Carvalho e a história da Bertrand do Chiado. O gerente desta livraria revela um gosto apurado na sua escolha de «cinco romances». Entre eles estão Os Irmãos Karamázov, de Fiódor Dostoievski, Meridiano de Sangue, de Cormac McCarthy, e Pais e Filhos, de IvanTurguéniev, três obras editadas pela Relógio D’Água.

Experimentum Humanum na imprensa da especialidade




No último número da revista Análise Social, o n.º 203, encontram-se três recensões de Experimentum Humanum, de Hermínio Martins, feitas por Viriato Soromenho-Marques, José Luís Garcia e o filósofo brasileiro R. Kinouchi.

O último número da Revista Crítica de Ciências Sociais, de Coimbra, publica também uma longa resenha do livro, assinada por um estudioso brasileiro, Roger Andrade Dutra.

4.7.12

Sobre a edição de James Joyce






No Sol de 21 de Junho, Telma Miguel assina um artigo sobre a edição de James Joyce em Portugal: «(…) a Relógio D’Água presta louvável serviço, naquela que é já a mais importante iniciativa editorial deste ano. Em Janeiro, com tradução de Paulo Faria, saiu o semiautobiográfico Retrato do Artista quando Jovem, romance de formação, editado em 1916, e onde nasce Stephen Dedalus, o alter ego do autor, também presente em Ulisses [que terá ainda antes do final do ano nova tradução, assinada por Jorge Vaz de Carvalho]. Em Fevereiro, com tradução e prefácio de João Almeida Flor, surgiu a edição bilingue de Música de Câmara, o livro de estreia em 1907, coligindo 36 curtos poemas-baladas de amor (…). Recém-chegado às livrarias, acrescente-se Dublinenses, 15 contos de retrato naturalista das gentes de classe média e baixa de Dublin, trabalhado como “um espelho bem polido”, na sua “escrupulosa vulgaridade”, e publicado em 1914.»

 

Ainda acerca de Dublinenses, Telma Miguel escreve: «A ler como um painel mimético da diversidade com que a vida, a corrupção, a paralisia e a morte se exprimem no dia-a-dia da cidade, Dublinenses é a obra mais acessível de Joyce. Nela, assiste-se ao seu treino de todos os sentidos ao serviço do ponto de vista de cada personagem, uma fala iluminada num caminho da infância para a adolescência e a maturidade, em episódios decisivos de vida pública ou interna ou da história moral de um país.»

3.7.12

A Relógio D’Água na Ler de Julho/Agosto de 2012




Nesta edição da Ler, Fernando Sobral escreve sobre O Afável Monstro de Bruxelas ou A Europa sob Tutela, de Hans Magnus Enzensberger: «Ao longo do livro, Enzensberger enumera leis inenarráveis, departamentos criados que ninguém imagina e comissões que têm nomes que ninguém entende.»


No mesmo número, Filipa Melo critica Barro, de Rui Nunes: «Rui Nunes (n. 1947) escreve contra o tempo e contra o fim, transformando a inscrição autobiográfica em barro primordial do que é feito com a linguagem. “De vez em quando, abre-se uma nesga na indiferença do mundo e um freixo torna-se claro, uma sebe, uma ponte, um muro, a pena de uma rola, os lábios, uma palavra. Deus. É ali. E eu vou.”»

 

Numa pequena nota fala-se da obra De Bicicleta, «uma antologia de textos literários sobre o universo das duas rodas».


Ainda na Ler, que regressará em Setembro, quatro críticos habituais da revista escolhem os 25 melhores livros que passaram pelas suas páginas nos últimos 25 anos.
Eduardo Pitta destaca quatro obras publicadas pela Relógio D’Água, a saber: Cenas Vivas, de Fiama Hasse Pais Brandão, Lillias Fraser, de Hélia Correia, Alta Noite em Alta Frágua, de Joaquim Manuel Magalhães, e Invisíveis Correntes, de João Miguel Fernandes Jorge. Hélia Correia é uma autora comum na selecção dos outros três críticos, com Lillias Fraser, por duas vezes (Dóris Graça Dias e Carlos Câmara Leme), e com Insânia, como escolha de Fernando Venâncio.
Carlos Câmara Leme destaca ainda Onde Vais, Drama-Poesia?, de Maria Gabriela Llansol.