25.1.11

Jonathan Franzen sobre Alice Munro


(c) Derek Shapton

«Alice Munro tem uma forte reputação de ser a melhor escritora de ficção em exercício na América do Norte. Mas fora do Canadá, onde os seus livros são best-sellers, nunca teve muitos leitores. Correndo o risco de parecer um advogado de defesa de mais um escritor subestimado (…), quero dar umas voltas pela última maravilha de livro de Alice Munro, Fugas, fazendo algumas conjecturas sobre o porquê de a sua excelência ultrapassar a sua fama de um modo que causa consternação.
(…) Mas o suspense e a pureza, uma dádiva para o leitor, colocam problemas ao crítico. Basicamente, Fugas é tão bom que não quero falar dele aqui. As citações ou uma sinopse não lhe fazem justiça. A maneira de lhe fazer justiça é lê-lo.»
Jonathan Franzen, New York Times, 14/11/2004



Depois de O Amor de Uma Boa Mulher e de Fugas, a Relógio D’Água publicou A Vista de Castle Rock e Demasiada Felicidade, e lançará em breve O Progresso do Amor.

24.1.11

António Barreto na livraria Arquivo em Leiria



António Barreto vai estar no próximo sábado, dia 29, pelas 17h30, na livraria Arquivo em Leiria, para apresentar o seu álbum de fotografias.
O autor de Anos Difíceis falará também de outras obras suas, em relação com a actual situação do país.

21.1.11

A Relógio D'Água no media na semana de 21 a 28 de Janeiro de 2011



No Expresso de 21 de Janeiro, no suplemento «Atual», José Mário Silva escreve sobre A Outra, de Ana Teresa Pereira, obra em que a autora recria uma história clássica de Henry James: A Volta no Parafuso. «O que Ana Teresa Pereira faz não é apenas contar de novo a história. É olhá-la de outra perspectiva.»
«A Outra, um conto perfeito, daqueles que apetece ler em voz alta várias vezes – pecando apenas por ser demasiado breve e por apresentar uma estrutura narrativa tão elíptica, tão reduzida ao mínimo dos mínimos, que se torna opaca para quem não conheça a novela de James.»

19.1.11

Hélia Correia no programa Ler Mais Ler Melhor

No programa Ler Mais Ler Melhor, da RTPN, Hélia Correia fala sobre a sua última obra, Adoecer, considerada pela crítica um dos melhores livros de 2010. Ver aqui.

17.1.11

A Relógio D'Água nos media na semana de 15 a 22 de Janeiro de 2011

No Expresso de 15 de Janeiro, no suplemento «Atual», José Mário Silva escreve sobre A Arte como Linguagem, de José Gil: «Como é que se forma uma linguagem artística se na obra de arte não se pode “isolar uma unidade discreta” e articulá-la com outras unidades autónomas (que é o que acontece na linguagem verbal)? Eis o ponto de partida para a conferência, na qual José Gil analisa em detalhe um exemplo concreto: a criação da linguagem suprematista de Kazimir Malevich.»


Também no «Atual», na habitual lista de obras a ler, José Mário Silva sugere A Outra, de Ana Teresa Pereira, novela que venceu o Prémio Literário Edmundo Bettencourt 2010, atribuído pela Câmara Municipal do Funchal.

13.1.11

Jaime Rocha finalista do Prémio Literário Casino da Póvoa


Com a obra Necrophilia, Jaime Rocha é um dos dez poetas finalistas do Prémio Casino da Póvoa, atribuído no âmbito do Encontro de Escritores de Expressão Ibérica. O júri é constituído por Almeida Faria, Carlos Vaz Marques, Fernando Pinto do Amaral, Patrícia Reis e valter hugo mãe.
Os finalistas foram seleccionados de entre 150 obras «de autores de língua portuguesa, castelhana e hispância, com obras em português, editadas em Portugal (1.ª edição) entre Julho de 2008 e Junho de 2010».
O vencedor será anunciado no dia 23 de Fevereiro, na sessão de abertura da 12.ª edição do Corrente d’Escritas.

A Relógio D'Água na blogosfera


No seu blogue Coração Duplo, Filipa Melo considera Adoecer, de Hélia Correia, um dos melhores livros de 2010: «Fulgurante encontro pessoalda escritora com uma personagem histórica e uma história de amor. A modelo, pintora e poeta Elizabeth Siddal e os pré-rafaelitas, na Inglaterra do séc. XIX, renascem neste romance biográfico sensível.»

10.1.11

A Relógio D'Água nos media na semana de 3 a 9 de Janeiro de 2011 [II]

No suplemento «Atual» do Expresso de 8 de Janeiro de 2011, António Guerreiro escreve sobre Erros Individuais, de José Miguel Silva: «Revisitando a Florença do Renascimento italiano, José Miguel Silva efetua um périplo crítico e reflexivo, avesso à glorificação e ao esteticismo. (…) O potencial crítico desta poesia é enorme, exatamente por isso: nunca há complacência, há sempre interrogação. Daí o facto de esta poesia ser marcada por um tom – e pela escolha de um vocabulário – que exaspera, sublinha, amplifica e desloca com violência.»



No mesmo suplemento, Ana Cristina Leonardo diz de Petersburgo, de Andrei Béli: «… é um livro singular, complexo, divertido e imaginativo. O autor, de seu nome verdadeiro Boris Bugaév (1880-1934), deixou obra extensa e influente, mas nem por isso particularmente conhecida fora dos círculos literários. Mais uma razão para saudar a tradução daquele que é considerado o seu melhor legado literário (com a inclusão do útil posfácio de Pierre Pascal). (…) Redigido em camadas, incorporando referências e subtextos com uma liberdade e engenho que envergonhariam muitos escritores atuais, Petersburgo é, acima de tudo, o trabalho de um génio, de um “louco sagrado”, como lhe chamou Isaiah Berlin.

Ainda no «Atual», entre as sugestões de livros a ler, de José Mário Silva, está Solo Virgem, de Ivan Turguéniev, o último que o autor russo escreveu.



Na Visão de 6 de Janeiro de 2011, o livro A Arte como Linguagem, de José Gil, é recomendado como leitura importante. Trata-se de uma obra que recolhe a última «aula» do autor de Portugal Hoje – O Medo de Existir.



6.1.11

A Relógio D'Água nos media na semana de 3 a 9 de Janeiro de 2011 [I]

Na revista Os Meus Livros de Janeiro de 2011:Na secção «Nas Livrarias», entre os «títulos disponíveis e recomendáveis», é destacada a obra Solo Virgem, de Ivan Turguéniev: «No seu último romance (escrito nos arredores de Paris, onde se instalou no final da vida), o autor russo aborda o tema dos Populistas, um movimento revolucionário pacifista que levou milhares de jovens às aldeias, com o intuito de esclarecer e influenciar as populações. (…) Mais uma vez a humanidade e uma existência similar à de cada um pautam as personagens criadas por Turguéniev.»
Na primeira edição deste ano da revista Os Meus Livros faz-se um balanço dos títulos publicados e são apresentados «Os Melhores de 2010».


 
Hugo Pinto Santos escolhe Erros Individuais, de José Miguel Silva, como um dos vencedores: «Regresso de uma das poesias mais visceralmente preocupadas em dizer o mundo, o mais recente embate de uma das obras em verso em que é mais visível uma pulsão irreprimível para uma anotação impiedosa do concreto. (…) é um exemplo claro de quanto cabe ao poeta dizer o seu lugar no mundo, de um golpe dizendo, também, o próprio mundo e seus inevitáveis males.»






Por sua vez, Susana Nogueira considera Uma Porta nas Escadas, de Lorrie Moore, e Um Aprazível Suicídio em Grupo, de Arto Paasilinna, essenciais para a sua biblioteca de 2010.



 Francisco José Viegas, no Correio da Manhã de 5 de Janeiro de 2011:



«Com tradução de António Miguel de Campos, a Relógio D’Água acaba de publicar uma edição bilingue do Tao Te King, de Lao Tse. Do século VI a. C. até hoje, um texto de que pouco se perdeu pelo caminho, de Oriente para Ocidente.»






Glossário de Tao Te King


A Relógio D’Água e o tradutor da obra, António Miguel de Campos, disponibilizam online um glossário com informação sobre a composição gráfica e os diferentes sentidos de cada um dos caracteres dos capítulos de Tao Te King – Livro do Bom Caminho e do Bom Caminhar. [Clique na imagem para aceder.]

4.1.11

A Relógio D’Água na Ler de Janeiro de 2011




Na votação dos leitores da Ler das melhores obras de 2010: Adoecer, de Hélia Correia.


Filipa Melo analisa O Conflito: A Mulher e a Mãe, de Elisabeth Badinter, que afirma que «as novas concepções de maternidade defendidas por uma onda natalista, ecologista, naturalista e “reaccionária” estão a dar cabo de décadas de emancipação da mulher e luta pela igualdade dos sexos». A filósofa, acrescenta Filipa Melo, «não aponta soluções nem é catastrofista», mas motivou um intenso debate público.



Numa selecção de «20 Livros para Encarar o Abismo», Filipa Melo sugere Da Tragédia à Farsa, de Slavoj Zizek, autor esloveno que «disseca a nossa época sem piedade, recorrendo a heterogéneas armas de análise» e associa «o nosso mal-estar ao “núcleo utópico da ideologia capitalista” e sustenta a viabilidade de “novas forma de práxis comunista”».
Na mesma selecção surge Cólera e Tempo, obra em que Peter Sloterdijk «percorre a história da cólera enquanto essencial escape de tensões», também sugerida como tábua de salvação.





Neste número da Ler dedicado à crise, em artigo sobre Keynes, Fernando Sobral aborda Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda: «O regresso actual das teorias de Keynes (explicitadas na sua Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, publicada em 1936) faz-se como contraponto à ideologia de que os mercados se regulavam a si próprios. Algo que se revelou uma falácia. Como recorda o Nobel da Economia Paul Krugman na introdução à nova edição da Relógio D’Água, Keynes «não era socialista – ele veio salvar o capitalismo, não enterrá-lo».



Finalmente, na rubrica «Livros em Dia», Manuel Medeiros, livreiro da Culsete, em Setúbal, volta aos clássicos modernos. Toma a palavra de Montaigne, nos Ensaios coligidos por Rui Bertrand Romão: «Serve-me a leitura especialmente para estimular com diversos objectos a minha razão, para me fazer laborar o juízo, não a memória.»