O meu pai era jardineiro. Agora é um jardim.
Um homem chamado Gueorgui permanece junto à cama do pai, até à sua última manhã de inverno.
Atravessando uma época de luto, Gueorgui percorre as infinitas narrativas que o pai costumava contar e a história que definiu uma geração: a de rapazes nascidos na Bulgária no final da Segunda Guerra Mundial, que cresceram e se tornaram homens muitas vezes ausentes, agarrados ao tubo de respiração de um cigarro, a nadar noutras águas e nuvens.
De um quintal árido de aldeia, o pai de Gueorgui fez um refúgio especial: um jardim exuberante onde viveria para sempre, entre os rebentos de campânulas-brancas e as primeiras túlipas da primavera. Mas, sem ele, o passado de Gueorgui começa a fragmentar-se.
“A simplicidade e a profundidade desta prosa cristalina enchem-me de admiração.” [Olga Tokarczuk, vencedora do Prémio Nobel da Literatura]
“O autor, um fabulista naturalmente lúdico, encontra aqui espaço para a invenção e o jogo livre. Em torno das realidades recordadas, consegue entrelaçar as digressões, os ensaios autoficcionais e as experiências mentais brilhantes que tornaram obras anteriores como Física da Tristeza e Refúgio no Tempo recipientes maravilhosamente abertos. O Jardineiro e a Morte não se lê como um romance, mas também nenhuma dessas obras anteriores se lê assim. Todas soam a novidades de Gospodinov.” [James Wood, The New Yorker]
O Jardineiro e a Morte e outras obras de Gueorgui Gospodinov (traduções de Monika Boneva e Paulo Tiago Jerónimo) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/gueorgui-gospodinov/


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