31.8.25

Sobre Ararate, de Louis Glück

 Ararate, de Louise Glück, é um retrato de família em verso. Suspensa entre a realidade da dor e a nuance da memória, a voz de Glück confronta com devastadora ironia a vida oca do pai distante e a inabilidade da mãe em expressar emoção.


Ararate (trad. Margarida Vale de Gato) e outras obras de Louise Glück estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/louise-gluck/

Sobre A Fera na Selva, de Henry James

 Este livro é a história de John Marcher, um homem que, desde que tem memória, está obcecado pela sensação de que um evento transformador — ou mesmo catastrófico — o aguarda, à espreita, como um animal numa selva.


A Fera na Selva (tradução de Miguel Serras Pereira) e outras obras de Henry James editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/henry-james/

Sobre Obras Escolhidas, de Lewis Carroll

 Reúnem-se aqui, além das duas histórias de Alice, parte da correspondência do autor e ainda Sylvie e Bruno e A Caça ao Snark.


«As duas Alices não são livros para crianças: são os únicos livros em que nos tornamos crianças.» [Virginia Woolf]


Obras Escolhidas de Lewis Carroll (traduções de Margarida Vale de Gato; Maria de Lourdes Guimarães; Manuel Resende; Mário Avelar e Fernando Guimarães) e outros livros do autor disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/lewis-carroll/

Feira do Livro do Porto 2025: Livro do Dia de 31 de Agosto

 Feira do Livro do Porto 2025: o Livro do Dia de 31 de Agosto é Pessoas Normais, de Sally Rooney (tradução de Ana Falcão Bastos)


Connell e Marianne cresceram na mesma pequena cidade da Irlanda, mas as semelhanças acabam aqui. Na escola, Connell é popular e bem-visto por todos, enquanto Marianne é uma solitária que aprendeu com dolorosas experiências a manter-se à margem dos colegas. Quando têm uma animada conversa na cozinha de Marianne — difícil, mas eletrizante —, as suas vidas começam a mudar.

Pessoas Normais é uma história de fascínio, amizade e amor mútuos, que acompanha a vida de um casal que tenta separar-se mas que acaba por entender que não o consegue fazer. Mostra-nos como é complicado mudar o que somos. E, com uma sensibilidade espantosa, revela-nos o modo como aprendemos sobre sexo e poder, o desejo de magoar e ser magoado, de amar e ser amado.


«O fenómeno literário da década. Um futuro clássico.» [The Guardian]


«O melhor romance do ano.» [The Times]


«É soberbo […], uma leitura tremenda, plena de perspicácia e ternura.» [Anne Enright]

30.8.25

Sobre Livro da Doença, de Djaimilia Pereira de Almeida

 “No momento em que morreu, Joaquim escrevia um livro que nunca me mostrou. Meu pai, meu estranho. Ouvi falar da sua obra inacabada desde criança. Onde guardar a dança da mão direita do escritor, enquanto projectou o romance, toda a vida adulta, o pontilhado de gestos abortados, os rascunhos fantasma, tentativas, planos, ou seriam sonhos, a energia despendida, o fogo de que irradiavam ideias que jamais viram a luz? O que restou foi o vazio. Mas talvez o vazio seja um lugar — uma cidade — repleto de avenidas.”


Livro composto de vários livros, finais e andamentos, Livro da Doença tem na sombra um livro inacabado e nunca lido por Djaimilia Pereira de Almeida, à volta do qual se constitui uma elegia pelas várias mortes e nascimentos da imaginação.


Livro da Doença e outras obras de Djaimilia Pereira de Almeida estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/djaimilia-pereira-de-almeida/

Sobre Constantinopla, de Téophile Gautier

 Neste seu livro de viagens, Théophile Gautier descreve Constantinopla em meados do século xix, os seus monumentos, habitantes e costumes e a animada vida de rua, sublinhando as diferenças que ainda hoje persistem entre a cultura muçulmana turca e a cultura ocidental.

No período de mais de dois meses que Gautier passou em Constantinopla em 1852, faziam-se sentir as importantes mudanças impulsionadas pelos sultões Mamude II e Abdul Mejide.


«Do passeio do Pequeno Campo, desfruta-se de um espetáculo maravilhoso. Da outra costa do Corno de Ouro, Constantinopla cintilava como uma coroa de rubis de um imperador do Oriente. […]

A água do golfo multiplicava, ao quebrá-los, os reflexos destes milhões de fosforescências e parecia projetar torrentes de pedras preciosas meio fundidas. A realidade, diz-se, fica sempre aquém do sonho, mas aqui o sonho ultrapassa a realidade. Os contos das Mil e Uma Noites não oferecem nada tão maravilhoso, e o brilho do tesouro submerso de Harune Arraxide empalideceria ao lado deste escrínio colossal e resplandecente de uma légua de comprimento.»


Constantinopla (tradução de João Moita) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/constantinopla/

Sobre Frankenstein, de Mary Shelley

 O monstro de Victor Frankenstein foi criado em 1818 por uma jovem de 23 anos, Mary Wollstonecraft Godwin, filha de um livre-pensador e de uma das fundadoras do feminismo.

Mary Shelley concebeu a sua obra inicialmente apenas como um conto, quando passava alguns dias na Villa Diodati, alugada por Byron, junto do lago de Genebra na aldeia de Cologny, num grupo de que fazia também parte o médico John Polidori. 

Aproveitando a conversa junto à lareira, em vários dias em que não puderam passear devido à chuva intensa, os quatro amigos combinaram escrever contos fantásticos. 

Só Mary Shelley concluiu o seu, que depois de transformaria no romance Frankenstein, um dos clássicos indiscutíveis da literatura inglesa.


Frankenstein (tradução de Fernanda Pinto Rodrigues) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/frankenstein/

Feira do Livro do Porto 2025: Livro do Dia de 30 de Agosto

 Feira do Livro do Porto 2025: o Livro do Dia de 30 de Agosto é Fanny Owen, de Agustina Bessa-Luís


«Não significa tal que este livro não arda. O que acontece dentro é um desses fenómenos cuja potência afunda um continente ou levanta das cinzas uma ilha. Pois nele se realiza aquele encontro, proibido pelas leis do devir físico, entre Camilo Castelo Branco e Agustina. Este, sim, é um encontro de alto risco. Se a sua grandeza não fosse de maneira a obrigar-nos a guardar a distância, mandaria a prudência que a guardássemos.

«[…] Está claro que teriam de nascer em dois tempos diferentes, pois a coexistência arrastaria um desastre, no sentido sideral desta palavra. Ainda assim, a relação entre eles é turbulenta, visceral, excitante. Vê-se o quanto Agustina admira o homem, como o entende, como o desmascara, como se irrita quase que domesticamente com as suas fraquezas de carácter. Se existe um par na literatura é este, não a Sand e o Musset, a quem o próprio espectáculo do amor prejudicou.» [Do Prefácio de Hélia Correia]

29.8.25

Sobre A Primeira Mão Que Segurou a Minha, de Maggie O’Farrell

 Quando o sofisticado Innes Kent aparece à sua porta, Lexie Sinclair percebe que não pode esperar mais para começar a viver e decide partir para Londres, onde, no coração da cena artística de Soho na década de 1950, constrói uma nova vida.

Anos depois, Elina e Ted estão a lidar com o nascimento do primeiro filho. Ela luta para conciliar as exigências da maternidade com a sua vida artística, enquanto Ted é assombrado por memórias da sua infância que não coincidem com as histórias contadas pelos pais. À medida que Ted começa a procurar respostas, é revelado um retrato de duas mulheres — separadas por cinquenta anos mas ligadas de formas que nenhuma poderia ter previsto.


“Um livro estranho e sensual, que vai perturbar e assombrar o leitor.” [Emma Donoghue]


“Como Daphne du Maurier, O'Farrell traz à superfície os nossos medos primordiais.” [Daily Mail]


A Primeira Mão Que Segurou a Minha (tradução de Inês Dias) e outras obras de Maggie O’Farrell estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/maggie-ofarrell/

Sobre Fronteira, de Can Xue

 «Não é a primeira vez que se publica um romance de Can Xue em Portugal, mas é a primeira vez que se o faz traduzindo diretamente do chinês, e com resultados notáveis.

A tradução de Tiago Nabais acompanha as características da língua chinesa, a sua economia gramatical e a cadência, naturalmente sem ser literal.  […]

O enredo de  “Fronteira" compõe-se de uma sucessão de quotidianos, bem como das interações entre personagens e das suas digressões mentais, que oram iluminam partes do passado, ora apontam para um futuro a partir do desejo presente. O cenário é a ficcional Cidade dos Seixos, vórtice de um tempo comum que os seus habitantes partilham e ponto de fuga que permite chegar a outros tempos, passados individuais que parecem ter convergido para este lugar misterioso. Algumas das personagens são forasteiros, outras habitam na cidade há muito tempo, ou têm morada na Montanha da Neve, ali perto, um dos locais que assumirá relevâncias várias ao longo do texto.» [Sara Figueiredo Costa, E, Expresso, 22/8/2025: https://expresso.pt/revista/culturas/livros/2025-08-21-livros-fronteira-os-notaveis-caminhos-cruzados-de-can-xue-5eba655d]


Fronteira, de Can Xue (tradução do chinês de Tiago Nabais), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/fronteira/

Fé, Esperança e Carnificina, de Nick Cave e Seán O’Hagan

 ISTO NÃO É UM LIVRO DE MEMÓRIAS, ISTO É UMA CONVERSA


“O que eu quero dizer é que podemos largar muitas peles, mas, no fundo, continuamos a ser a maldita da mesma serpente.


Mas a tua conceção das coisas agora é completamente diferente, por certo, não?


Bem, o jovem Nick Cave podia dar se ao luxo de encarar o mundo com um certo desdém, uma vez que não fazia a menor ideia daquilo que o esperava. Hoje em dia, consigo ver que esse desdém ou desprezo pelo mundo era uma espécie de luxo ou de indulgência, até de vaidade. Ele não tinha a menor noção da preciosidade da vida — da sua fragilidade. Não tinha a menor ideia do quão difícil, se bem que essencial, é amar o mundo e tratar o mundo com misericórdia. E, como já disse, não tinha a menor ideia do que estava por vir. Era completamente inocente a respeito de todas essas coisas.”


FÉ, ESPERANÇA E CARNIFICINA É UM LIVRO SOBRE A VIDA INTERIOR DE NICK CAVE.


Escrita a partir de mais de quarenta horas de conversas íntimas com o jornalista Seán O’Hagan, esta é uma profunda exploração, através das palavras do próprio Nick Cave, sobre o que realmente dirige a sua vida e criatividade.


O livro examina questões de crença, arte, música, liberdade, sofrimento e amor. Mostra com singeleza a vida de Nick Cave desde criança até aos dias de hoje, os seus amores, o seu trabalho ético e a sua dramática transformação em anos recentes.


Fé, Esperança e Carnificina oferece degraus de esperança e inspiração de um verdadeiro visionário.


Fé, Esperança e Carnificina (trad. Frederico Pedreira) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/fe-esperanca-e-carnificina-pre-publicacao/

Sobre Sanditon, de Jane Austen

 No início do século XIX, a sociedade inglesa descobre o encanto dos banhos de mar e os Parkers iniciam a transformação de Sanditon, uma antiga aldeia piscatória, numa estação balnear na moda.

Convidada para a magnífica vivenda dos Parkers, a jovem Charlotte Heywood descobre um meio repleto de intrigas e paixões. Em torno de Lady Denham e da pupila Clara, gravitam as Beauforts, o tenebroso Henry Denham e o esplendoroso Sidney Parker.

Vai Charlotte manter-se apenas como espectadora ou irá participar no turbilhão de sentimentos que a rodeiam?

Quando morreu em 1817, Jane Austen deixou inacabada a obra, e Sanditon só veria a luz do dia em 1925. Mas a novela tem toda a ironia e o ceticismo de Jane Austen na abordagem de personagens caracterizadas pela hipocondria e pelo narcisismo.


Sanditon (trad. Alda Rodrigues) e outras obras de Jane Austen estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jane-austen/

Songlight, de Moira Buffini, recebe YA Book Prize 2025


A “cativante” estreia distópica de Moira Buffini foi galardoada com o YA Book Prize 2025 no Festival Internacional do Livro de Edimburgo. O primeiro volume da trilogia inspira-se em “A História de Uma Serva”, “Os Jogos da Fome” e “The Chrysalids”, de John Wyndham. Mais informação em https://www.irishtimes.com/culture/books/2025/08/22/moira-buffini-wins-ya-prize/


Songlight, de Moira Buffini (tradução de José Mário Silva), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/songlight/

Feira do Livro do Porto 2025: Livro do Dia de 29 de Agosto

 Feira do Livro do Porto 2025: o Livro do Dia de 29 de Agosto é Anna Karénina, de Lev Tolstoi (tradução de António Pescada)


«Anna não é apenas uma mulher, não é apenas um esplêndido espécime de mulher, Anna é uma mulher de uma natureza moral completa, densa e importante: tudo no seu carácter é significativo e notável, e isto também se aplica ao seu amor. Ela não se limita, como outra personagem do livro, a princesa Betsi, a ter um caso escondido. A sua natureza, verdadeira e apaixonada, torna impossível o disfarce e o segredo. Ela não é Emma Bovary, uma provinciana sonhadora, uma ávida meretriz que se arrasta pelos lares desfeitos e pelas camas dos amantes.»


«E chegamos agora à verdadeira questão moral que Tolstoi queria fazer passar: o Amor não pode ser unicamente carnal porque deste modo é egoísta, e ser egoísta é destruir em vez de criar. O Amor é, então, pecaminoso. E de modo a tornar este assunto tão artisticamente distinto quanto possível, Tolstoi, numa vaga de extraordinária imaginação, descreve, em nítido contraste, dois amores: o amor carnal do casal Anna-Vronski (lutando por entre as suas emoções sensuais, mas fiéis e espiritualmente puras) e, do outro lado, o autêntico Amor cristão, como Tolstoi o quis chamar, do casal Kiti-Lévin, com os bens de natureza sensual ainda presentes, mas equilibrados, e em harmonia numa atmosfera de responsabilidade, carinho, verdade e alegria familiar.» [Do Posfácio de Vladimir Nabokov]

28.8.25

A chegar às livrarias: Fidalguia sem Maquia, de Luís Aguiar-Conraria, com prefácio de Fernanda Câncio

Fidalguia sem Maquia reúne algumas dezenas de textos publicados no Expresso e no Observador e outros que até agora permaneceram inéditos.

Abordam os mais diversos temas, com particular incidência nas questões de ensino, economia e política, sendo os últimos capítulos dedicados à “guerra dos sexos” e aos tribunais.

É uma escrita analítica, mas clara, e de uma ironia que por vezes atinge o sarcasmo.

O leitor observa os acontecimentos através de ângulos por vezes inesperados que deslocam as suas perspetivas sobre a realidade.


Luís Aguiar-Conraria nasceu em Coimbra, em 1974. Casado desde 1999, tem duas filhas. É professor catedrático na Universidade do Minho, onde preside atualmente à Escola de Economia, Gestão e Ciência Política. Licenciado em Economia pela Universidade de Coimbra e doutorado pela Cornell University (EUA), é especialista em macroeconomia, economia política e economia portuguesa.

Autor de dezenas de artigos publicados em revistas científicas de economia e ciência política, é também coautor de vários livros sobre a economia portuguesa. Em 2011, foi distinguido com o Prémio Gulbenkian para a Internacionalização das Ciências Sociais. Integra o Comité de Datação dos Ciclos Económicos Portugueses da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

É presença regular no debate público como comentador nos media, destacando-se pelas suas análises sobre temas como inflação, política fiscal, educação e finanças públicas. Atualmente, é colunista no Expresso e Ás de Espadas no Fora do Baralho, da Rádio Observador.


Mais informação em https://www.relogiodagua.pt/produto/fidalguia-sem-maquia/

Sobre A Linguagem dos Dragões, de S. F. Williamson

 Bestseller do The New York Times. Para jovens leitores de Quarta Asa e Babel. Esta edição inclui conteúdo exclusivo das traduções: uma cena extra e uma carta da autora.


1923, numa Londres alternativa, uma rapariga quebra acidentalmente a frágil trégua entre dragões e humanos, desencadeando uma história épica. Dragões sobrevoam os céus enquanto protestos decorrem nas ruas, mas Vivien Featherswallow não está preocupada. Planeia conseguir um estágio de verão para estudar as línguas dos dragões e garantir que a irmã mais nova não tenha de crescer como Terceira Classe. Para isso, tem de libertar um dragão.

À meia-noite, Viv desencadeia uma guerra civil. Com os pais e o primo presos e a irmã desaparecida, Viv é levada para Bletchley Park como decifradora de códigos. Se for bem-sucedida, poderá salvar a família e regressar a casa. Se falhar, todos morrerão. À medida que desvenda os segredos da linguagem oculta dos dragões, Viv percebe que o frágil tratado de paz entre humanos e dragões é corrupto e que o seu trabalho poderá fazer com que tudo se desmorone.


A Linguagem dos Dragões, de S. F. Wiliamson (tradução de Elsa T. S. Vieira), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/a-linguagem-dos-dragoes/

Sobre VALIS, de Philip K. Dick

 O que é VALIS? É esta a pergunta central do romance de Philip K. Dick.

Quando um raio cor-de-rosa começa a causar a Horselover Fat visões esquizofrénicas de uma Terra paralela onde o Império Romano ainda prospera, ele tem de decidir se enlouqueceu ou se uma entidade divina lhe está a mostrar a verdadeira natureza do mundo.

VALIS é, além de um romance de leitura obrigatória para qualquer fã de Philip K. Dick, o livro que Roberto Bolaño considerou «mais inquietante do que qualquer romance Carson McCullers». No final, o leitor fica a pensar no que é real ou ficção, e no preço da inspiração divina. 


«K. Dick narra uma história inquietante sobre a perceção da realidade, um pesadelo do qual nunca temos a certeza de conseguir acordar.» [Lev Grossman, «Time»]


«Philip K. Dick é um dos dez melhores escritores americanos do século XX, uma espécie de Kafka mergulhado em LSD e raiva.» [Roberto Bolaño]


VALIS (trad. Eurico Fonseca) e outras obras de Philip K. Dick estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/philip-k-dick/

Sobre Contos Escolhidos, de Carson McCullers

 Reúnem-se aqui doze contos de Carson McCullers numa selecção feita por Ana Teresa Pereira.

Embora seja conhecida pelos seus romances, Carson McCullers foi uma notável contista, inserindo-se na tradição sulista da literatura norte-americana.

Carson McCullers dedicou-se aos contos desde os 17 anos, momento em que escreveu «Sucker», tendo muitos deles começando por aparecer em revistas literárias.

As suas capacidades de observação e o seu estilo revelam uma assumida filiação em autores tão diversos como Flaubert e Dostoievski. Julie Harris considerou-a mesmo «uma mulher encantadora e misteriosa que escrevia como um anjo».

Carson McCullers foi reconhecida pelos grandes escritores da sua época. Graham Greene declarou preferi-la a Faulkner, e Tennessee Williams disse que a sua obra «não se eclipsará com o tempo, mas irradiará cada vez mais fulgor».


Contos Escolhidos (trad. Ana Teresa Pereira) e outras obras de Carson McCullers estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/carson-mccullers/

De O Que Eu não Compreendo É a Música, de Ana Teresa Pereira

 “Tudo ficava em silêncio quando ela entrava num lugar. Compreendi isso a primeira vez que a vi. A banda tocava ‘April Showers’ e as pessoas dançavam. Ela caminhava na minha direcção com um vago sorriso, e tudo ficou em silêncio. Quase podia ouvir o som dos saltos altos, como se a seguisse na rua às duas da manhã.

O seu vestido era azul. Todas as outras raparigas usavam vestidos pretos, mas o dela era azul. Quando a interroguei sobre isso, respondeu simplesmente: ‘Eu sou loura; tinha de ser azul.’ Jamie era assim. Dizia-nos as coisas mais absurdas, os seus olhos castanho-esverdeados muito sérios, e nós acreditávamos. Como poderíamos não acreditar?”


O Que Eu não Compreendo É a Música e outras obras de Ana Teresa Pereira estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/ana-teresa-pereira/

Feira do Livro do Porto 2025: Livro do Dia de 28 de Agosto

 Feira do Livro do Porto 2025: o Livro do Dia de 28 de Agosto é Musicofilia, de Oliver Sacks (trad. Sofia Coelho e Miguel Serras Pereira).


Com a mesma marca de compaixão e erudição de O Homem Que Confundiu a Mulher com Um Chapéu, Oliver Sacks explora o lugar que a música ocupa no cérebro e como ela afecta a condição humana. Em Musicofilia, o autor apresenta uma variedade daquilo que designa por «desalinhamentos musicais». Entre eles: um homem atingido por um relâmpago que subitamente deseja ser pianista aos quarenta e dois anos; um grupo de crianças com síndrome de Williams, que desde a nascença são hipermusicais; pessoas com «amusia», para quem uma sinfonia soa a ruído de panelas; e um homem cuja memória dura apenas sete segundos excepto quando se trata de música.


«Poderoso e apaixonado… Um livro que contribui para o nosso entendimento da magia inapreensível da música e ilumina os estranhos mecanismos da mente humana.» [The New York Times]


«Curioso, inteligente e atento.» [The Washington Post]


27.8.25

Sobre Pontas Soltas I, de José Gil

 “Haverá sempre miríades de pontas soltas no pensamento. São problemas há muito por resolver que resistiram ao abandono; enigmas que surgiram, mas pediam outros contextos para se esclarecerem; exigências do pensar presente a que não se pôde escapar ou questões por definir que abrem caminhos a explorar. De todas elas é feito este pequeno livro. Respondendo algumas a solicitações ocasionais, não são peças que viessem completar o que falta a um puzzle. São lacunas que agora se preenchem, abrindo novos espaços soltos e outros puzzles, talvez.” [Da Nota prévia]


Pontas Soltas I e outras obras de José Gil estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/jose-gil/

Em Setembro chegará às livrarias Pontas Soltas II, de José Gil e Ana Godinho.

Sobre Diários, de Virginia Woolf

 «No prefácio à primeira edição (muito parcial) dps diários de Virginia Woolf, o seu viúvo, Leonard Woolf, parece sugerir que eles são mais uma prova da seriedade, se não da grandeza, de Woolf como escritora. O ano era 1953. Desde essa altura, a reputação literária de Woolf cresceu até a transformar numa figura central da literatura do século XX e não apenas na sua vertente feminina ou feminista, seja isso o que for. Erudição, imaginação e distinção, no sentido menos banal do termo, juntam-se nela para criar uma personalidade que não teria requerido o desfecho trágico do suicídio para alimentar a sua fama póstuma.

A Relógio D’Água já há uns anos tinha dado ao leitor português a oportunidade de desfrutar a sua inteligência crítica e os seus dons de observação e análise numa generosa edição dos seus ensaios. Agora republica esta edição dos “Diários”, selecionada a partir da edição definitiva em cinco volumes preparada por uma sobrinha de Woolf e publicada a partir de 1977.» [Luís M. Faria, E, Expresso, 15/08/2025]


Diários (selecção, tradução, prefácio e notas de Jorge Vaz de Carvalho) e outras obras de Virginia Woolf estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/virginia-woolf/

Apresentação de As Casas da Vida de Agustina, de Mónica Baldaque

 Apresentação de As Casas da Vida de Agustina, de Mónica Baldaque


No dia 3 de Setembro, quinta-feira, às 16h30, no Auditório Multimédia da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, nos Jardins do Palácio de Cristal, R. de Dom Manuel II, Porto, Maria João Reynaud apresenta As Casas da Vida de Agustina, de Mónica Baldaque.


As Casas da Vida de Agustina e outras obras de Mónica Baldaque estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/monica-baldaque/

Sobre Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares

 Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares, um dos sete romances portugueses entre os melhores livros do século XXI


A revista En-Vols inclui Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares, entre os melhores livros do século XXI: «Com uma escrita cirúrgica, Tavares compõe um romance radical sobre a miséria humana.» [Estelle Brana, https://www.en-vols.com/inspirations/culture/portugal-meilleurs-romans-siecle/ ]


Jerusalém e outras obras de Gonçalo M. Tavares estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

Sobre Vento, Areia e Amoras Bravas, de Agustina Bessa-Luís

 «Era o dia 17 de Maio, e as rosas-chá do capitão Machado estavam abertas e já se desfolhavam. Lourença olhou da janela do quarto e achou que não havia razão para vestir roupa de agasalho. Estava calor, e do mar, ao fundo da avenida, vinha uma brisa esperta, com ar de dança. Mexia nos fios eléctricos e fazia balouçar os pardais rabotos que lá estavam. Lourença, se já não parecia contente com o vestido destinado para esse dia, mais contrariada ficou.»


Neste livro, continua a contar-se a história de Lourença, iniciada em Dentes de Rato.

São histórias que Agustina Bessa-Luís escreveu para os leitores mais novos, mas que, tal como Lourença, vão crescendo.

As preocupações de Lourença vão agora para os vestidos, as meias e o corpo que se vai modificando, e para dúvidas tão filosóficas como «Será que sou abençoada?».


Vento, Areia e Amoras Bravas, com ilustrações de Mónica Baldaque, e outras obras de Agustina Bessa-Luís estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

Feira do Livro do Porto 2025: Livro do Dia de 27 de Agosto

 Feira do Livro do Porto 2025: o Livro do Dia de 27 de Agosto é O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë (trad. Paulo Faria).


«Poucas obras tiveram tempo de concepção tão prolongado como Wuthering Heights que, na verdade, deve ter nascido no dia em que nasceu Emily Brontë. Nunca entre um livro e o seu autor aconteceu maior intimidade, no sentido de um crescimento em pura simbiose.» [Hélia Correia]


«É como se Emily Brontë desfizesse tudo aquilo que conhecemos dos seres humanos e preenchesse essas transparências irreconhecíveis com um sopro de vida que faz com que elas transcendam a realidade.» [Virginia Woolf]


«Um livro diabólico — um monstro incrível… A ação tem lugar no inferno — mas parece que os lugares e as pessoas têm nomes ingleses.» [Dante Gabriel Rossetti]