«Quem é Elena Ferrante? A pergunta atravessa o mundo literário que
procura saber da identidade de uma italiana que desafia classificações e se
afirma como uma das mais geniais autoras da actualidade. A Relógio D’Água está
a publicar a sua obra. (…) O rosto de Elena Ferrante será então o de todas as
suas mulheres, mas sobretudo o de Lenù e Lila, uma o oposto da outra, em luta,
nunca pacificadas. “São elas que melhor me capturam”, confessa Ferrante,
consciente de que é incapaz de apagar a “polémica”, como lhe chama, ou a
atenção dos media para a sua identidade. Não quer que isso ultrapasse o
interesse pela literatura, mas é impossível estabelecer fronteiras. O nome
Ferrante traz já implícito esse mistério. Outro território ambíguo, o que lhe
dá a liberdade criativa, mas atrai os holofotes de que se quer distanciar. O
que fazer? “Só me quero distanciar da história acabada”, afirma.» [Isabel
Lucas, ípsilon, Público, 30-1-2015]
2.2.15
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