No suplemento Atual do Expresso de 31 de Março,
Ana Cristina Leonardo escreve sobre O Doutor Glas, de Hjalmar Söderberg:
«Glas é bem mais moderno que Raskólnikov. O livro — e não há forma de discordar
de [Margaret] Atwood — é, em si mesmo, absolutamente moderno, no sentido em que
recorre a todas as estratégias literárias que fazem o grande romance do último
século: papel ao inconsciente, derivas narrativas, cortes burlescos, o
individualismo dos anti-heróis, a crítica da hipocrisia social, o desejo e o sexo…
Tudo isso está em Hjalmar Söderberg, mais os terrores noturnos que terá ido
buscar a Poe, exposto sem alarde nem espalhafato, num registo elegante que
esconde um vulcão prestes a explodir. Belíssimo.»
No mesmo suplemento, Fernando Pinto do Amaral, comissário do
Plano Nacional de Leitura, entre os títulos de livros que mais o entusiasmaram
nos últimos tempos, refere Contos Escolhidos, de Isaac Babel.
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