4.11.10

Novos Ensaios na Relógio D’Água


A Relógio D’Água termina o ano de 2010 com alguns ensaios marcantes.

John Maynard Keynes e a bailarina Lydia Lopokova
É o caso da Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda de John Maynard Keynes, prefaciado pelo Nobel de Economia de 2008 Paul Krugman. A publicação da principal obra de Keynes insere-se no debate internacional desencadeado em Dezembro de 2008, pelo então ministro das Finanças alemão Peter Steinbrück, ao referir o «estúpido keynesianismo» do governo britânico numa entrevista à Newsweek e pela resposta veemente de Krugman no New York Times.

De Elizabeth Badinter acaba de sair O Conflito – A Mulher e a Mãe, que surge trinta anos depois do seu controverso O Amor Incerto. A ensaísta francesa considera que o regresso em força do naturalismo, que sublinha de novo o conceito de instinto maternal, ameaça a emancipação da mulher e a igualdade dos sexos.

De Slavoj Žižek edita-se agora um dos últimos livros Da Tragédia à Farsa, em que o filósofo esloveno analisa a recente crise financeira e as suas consequências internacionais inseridas nos acontecimentos que marcaram a primeira década do século XXI. Segundo Žižek, com os ataques do 11 de Setembro e o colapso financeiro de 2008, o liberalismo foi posto em causa como doutrina política e teoria económica.

De Maria Filomena Molder vai sair O Químico e o Alquimista. Benjamin, Leitor de Baudelaire, um contributo para a redescoberta de novas facetas de Walter Benjamin enquanto crítico.

Em Fevereiro de 2011 será publicada A Crítica da Razão Cínica, a obra fundamental de Peter Sloterdijk e que, quando do seu surgimento na Alemanha em 1983, foi considerada por Habermas como o principal acontecimento filosófico das últimas décadas.

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