A Relógio D’Água prossegue, nos próximos meses, a publicação de clássicos russos, como Turguénev, Tolstói, Dostoievski e Tchékhov. Trata-se de autores surgidos no período de criação literária mais fecundo de sempre, ou seja, na Rússia que vai da libertação dos servos à revolução de 1905.
De Turguénev, e depois da novela Águas da Primavera sairá, ainda este ano, o último romance que escreveu, Solo Virgem, em tradução do russo de Manuel de Seabra.
Os Irmãos Karamazov de Fiódor Dostoievski e Guerra e Paz de Lev Tolstói estão a ser traduzidos por António Pescada, tendo edição prevista para o primeiro semestre de 2011.
De Tchékhov será publicado A Ilha: Uma Viagem a Sakhalin. É a narrativa de viagens que o então jovem médico Tchékhov fez aos condenados em Sakhalin, um local remoto onde apenas se aguardava a morte.
Do até agora inédito em Portugal Saltykov-Shchedrin acaba de sair A Família Golovliov, com um prefácio de James Wood, que considera este romance «cada vez mais moderno com a passagem do tempo».
A lista de clássicos russos é completada com Petersburgo de Andrei Béli em tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra. O romance foi considerado por Vladimir Nabokov o terceiro mais importante do século XX, logo a seguir a Ulisses de Joyce e Metamorfose de Kafka e antes de Em Busca do Tempo Perdido, de Proust.
De Isaac Babel, será publicada uma antologia de contos, igualmente no primeiro trimestre de 2011.
Igual atenção merecem alguns escritores russos contemporâneos. É o caso de Liudmila Petrushevskaia com o desconcertante Hora: Noite que será publicado ainda em Novembro. De Liudmila Ulitskaia, autora de Mentiras de Mulher, sairá, no início de 2011, o romance O Caso do Doutor Kukotsky, em tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra.
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