31.10.25

Sobre Drácula, de Bram Stoker

 A mais famosa história de vampiros foi publicada pela primeira vez em 1897 e, desde então, nunca mais deixou de assombrar gerações de leitores rendidas aos diabólicos encantos do conde Drácula, uma das personagens mais inesgotáveis do imaginário literário e cinematográfico.

A atmosfera que rodeia o castelo desta figura misteriosa na Transilvânia transtorna o jovem advogado Jonathan Harker, que chega àquela região dos Cárpatos para dar apoio numa transação relativa à aquisição de uma casa em Londres, para onde o conde pretende mudar-se. Depressa testemunha estranhos acontecimentos que o levam a suspeitar que o conde não é humano e a temer pela própria vida.

São também intrigantes os preparativos do conde para a mudança, que envolvem o transporte de várias caixas cheias de terra da sua região natal.

Pouco depois, em Inglaterra, Lucy Westenra, amiga da noiva de Jonathan Harker, é acometida por uma estranha doença que parece deixá-la exangue.

Sentindo-se incapaz de a tratar sozinho, o médico chama o doutor Van Helsing, seu antigo professor. É este holandês que vai descobrir a causa da doença de Lucy e liderar o pequeno grupo de amigos que irá perseguir Drácula e tentar travar os seus planos.


Drácula, de Bram Stoker (trad. Ana Falcão Bastos e Cláudia Brito), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/dracula/

A chegar às livrarias: Pergunta 7, de Richard Flanagan

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Pergunta 7, de Richard Flanagan (tradução de Marta Mendonça)


Vencedor Baillie Gifford Prize

Finalista do Prix Femina Étranger

Semifinalista do Prix Médicis


Às vezes, pergunto-me por que razão insistimos em regressar aos começos — porque é que procuramos a ponta desse fio que podemos puxar para desfiar a tapeçaria a que chamamos vida…


Através do caso amoroso entre H. G. Wells e Rebecca West, passando pela física nuclear da década de 1930 e pela experiência do pai de Flanagan como trabalhador forçado perto de Hiroxima quando a bomba atómica foi lançada, esta corrente de acontecimentos desintegra-se quando o próprio Flanagan, em jovem, se vê preso num rápido de um rio selvagem sem saber se irá viver ou morrer. Simultaneamente uma homenagem à sua ilha natal e aos pais, esta hipnótica fusão de sonho, história, lugar e memória fala de como as nossas vidas tantas vezes nascem das histórias dos outros e das histórias que inventamos sobre nós próprios.


«Este livro apanhou-me completamente de surpresa e não se parece com nada que tenha lido este ano. Cativante, comovente e absolutamente original. Adorei.» [David Nicholls, autor de Um Dia]


«Uma obra-prima, verdadeiramente difícil de pousar.» [Mark Haddon, autor de O Estranho Caso do Cão Morto]


«De cortar a respiração... Flanagan é um escritor de imaginação e elegância extraordinárias.» [Peter Frankopan, The Guardian]


«Um livro cheio de alma, que ressoa muito depois de ser lido. O talento literário de Richard Flanagan é algo quase sobrenatural.» [Júri do Baillie Gifford Prize]

«Uma memória, uma coleção de microbiografias, um ensaio, um poema em prosa... Um livro deslumbrante e inclassificável. Uma experiência inesquecível.» [Hernán Díaz, autor de Confiança e vencedor do Pulitzer]



Richard Flanagan nasceu na Tasmânia em 1961 e é um dos principais romancistas australianos. Os seus livros — Death of a River Guide, The Sound of One Hand Clapping, O Livro dos Peixes de Gould (vencedor do Commonwealth Writers’ Prize), The Unknown Terrorist e Wanting — receberam diversos prémios e foram publicados em 26 países.

O seu pai, que faleceu no dia em que Flanagan enviou ao editor a versão final de A Senda Estreita para o Norte Profundo, foi um dos sobreviventes da Ferrovia da Morte da Birmânia. Era o «prisioneiro 335», e o livro, escrito ao longo de 12 anos, é-lhe dedicado.


Mais informação em https://www.relogiodagua.pt/autor/richard-flanagan/

Sobre Mataram a Cotovia, de Harper Lee

 Situado em Maycomb, uma pequena cidade imaginária do Alabama, durante a Grande Depressão, o romance de Harper Lee, vencedor do Prémio Pulitzer, em 1961, fala-nos do crescimento de uma rapariga numa sociedade racista. 

Scout, a protagonista rebelde e irónica, é criada com o irmão, Jem, pelo seu pai viúvo, Atticus Finch. Ele é um advogado que lhes fala como se fossem capazes de entender as suas ideias, encorajando-os a refletirem, em vez de se deixarem arrastar pela ignorância e o preconceito. 

Atticus vive de acordo com as suas convicções. É então que uma acusação de violação de uma jovem branca é lançada contra Tom Robinson, um dos habitantes negros da cidade. Atticus concorda em defendê-lo, oferecendo uma interpretação plausível das provas e preparando-se para resistir à intimidação dos que desejam resolver o caso através do linchamento. Quando a histeria aumenta, Tom é condenado e Bob Ewell, o acusador, tenta punir o advogado de um modo brutal.

Entretanto, os seus dois filhos e um amigo encenam em miniatura o seu próprio drama de medos, centrado em Boo Radley, uma lenda local que vive em reclusão numa casa vizinha.


«O estilo de Harper Lee revela-nos uma prosa enérgica e vigorosa capaz de traduzir com minúcia o modo de vida e o falar sulistas, bem como uma imensa panóplia de verdades úteis sobre a infância no Sul dos EUA.» [Time]


Mataram a Cotovia e o romance gráfico, de Fred Fordham (trad. Fernando Ferreira-Alves), e o mais recente livro de Harper Lee, A Terra da Eternidade Radiosa (trad. José Mário Silva), estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/harper-lee/


Sobre Fahrenheit 451 — A Adaptação Autorizada, de Ray Bradbury e Tim Hamilton

 «Na versão definitiva do romance, que é a aqui ilustrada, tornei a chamar ao palco todas as minhas personagens e a passá-las pela máquina de escrever, deixando que os meus dedos contassem as histórias e trouxessem à luz os fantasmas de outros contos e de outros tempos.» [Ray Bradbury]


Fahrenheit 451 — A Adaptação Autorizada (romance gráfico), de Ray Bradbury e Tim Hamilton, com introdução de Ray Bradbury (tradução de Miguel Serras Pereira) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/fahrenheit-451-romance-grafico/

Sobre Amor e Perda, de Amy Bloom

 Amy Bloom começou a reparar em mudanças no marido, Brian. Reformou-se de um novo emprego de que gostava. Afastou-se das amizades mais próximas. Começou a falar bastante sobre o passado. Subitamente sentiu que existia uma parede de vidro entre eles. As suas longas caminhadas e conversas cessaram. O seu mundo foi lentamente abalado até uma ressonância magnética confirmar o que não podiam mais ignorar: Brian sofria de Alzheimer.

Ponderaram o impacto que isso teria no seu futuro como casal. Brian estava determinado a morrer de pé. A não viver de joelhos. Apoiando-se mutuamente numa última jornada, Brian e Amy tomaram a complicada decisão de recorrer à Dignitas, uma organização com sede na Suíça que permite às pessoas terminarem a sua própria vida com paz e dignidade.

Este livro discute a parte da vida que quase sempre evitamos discutir, o fim.


«Não entendo porque nunca tinha lido a ficção de Amy Bloom… mas a perda era minha.» [Dwight Garner, The New York Times]


«A mestria deste livro atrai-nos e muda-nos.» [Amy Tan]


«Um livro de memórias alegre e fascinante sobre uma das piores coisas que podem acontecer a um casal.» [Alison Bechdel]


«Este é um livro lindo e necessário para quem ama profundamente o seu parceiro.» [Alain de Botton]


Amor e Perda, de Amy Bloom (tradução de José Mário Silva), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/amor-e-perda-pre-venda/

Sobre O Retrato de Casamento, de Maggie O'Farrell

 A autora de Hamnet visita agora a Itália renascentista para nos dar um inesquecível retrato ficcional da jovem duquesa Lucrezia de’ Medici, cuja vida decorre numa corte turbulenta. Estamos na Florença de 1560 e Lucrezia, a terceira filha do grão-duque, sente-se confortável com o lugar obscuro que ocupa no palácio, entregue às suas ocupações artísticas.

Mas, quando a sua irmã mais velha morre na véspera do casamento com o soberano de Ferrara, Modena e Reggio, Lucrezia é inesperadamente lançada na ribalta política. O duque de Ferrara não perde tempo para a pedir em casamento e o seu pai é rápido a conceder autorização.

Mal saída da infância, Lucrezia entra numa corte que lhe é estranha, com costumes que lhe são desconhecidos e onde a sua chegada não é bem recebida por todos.

Começa por não perceber se o seu marido Alfonso é o esteta sofisticado, amigo de artistas e músicos, que aparentava ser antes do casamento ou um político impiedoso que as próprias irmãs receiam.

Enquanto posa para uma pintura que lhe promete que a sua imagem perdurará nos séculos seguintes, vai-se tornando evidente que a sua principal obrigação é gerar um herdeiro que garanta o futuro da dinastia de Ferrara.


O Retrato de Casamento (trad. Inês Dias) e outras obras de Maggie O'Farell estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/maggie-ofarrell/

Sobre Retrato do Artista quando Jovem, de James Joyce

 Joyce acabou de escrever Retrato do Artista quando Jovem em 1914, ano de publicação de Dublinenses.

A novela descreve a infância em Dublin de Stephen Dedalus e a sua busca de identidade. As diferentes fases da vida do protagonista, da infância à vida universitária, refletem-se em mudanças no estilo narrativo. Os aspetos biográficos são tratados com irónico distanciamento, num trajeto que culmina com a rutura com a Igreja e a descoberta e uma vocação artística.

A obra é também um reconhecível autorretrato da juventude de James Joyce, assim como uma homenagem universal à imaginação dos artistas.


Retrato do Artista quando Jovem (trad. Paulo Faria) e outras obras de James Joyce estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/james-joyce/

30.10.25

Sobre Dicionário de Artistas, de Gonçalo M. Tavares

 Este Dicionário de Artistas, este Museu, parte de um pormenor, detalhe ínfimo ou centro centralíssimo, da obra de um artista, e daí o texto vai para outro local qualquer.

Como um animal que tem fome parte do ninho para um ponto onde pressente o alimento, assim parte o texto à sua vida.

... os textos deste Dicionário são seres autónomos que saem à rua livres e bem sozinhos depois da meia-noite.


Dicionário de Artistas e outras obras de Gonçalo M. Tavares estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

Djaimilia Pereira de Almeida vence Prémio Literário Fernando Namora com Livro da Doença



O romance Livro da Doença, de Djaimilia Pereira de Almeida, publicado pela Relógio D’Água, foi distinguido com o Prémio Literário Fernando Namora 2025.

O júri, presidido por Guilherme d’Oliveira Martins e composto por José Manuel Mendes, Manuel Frias Martins, Maria Carlos Gil Loureiro, Ana Paula Laborinho, José Carlos de Vasconcelos e Dinis de Abreu, considerou-o um livro que «cativa o leitor, pelo seu alcance humano e pela riqueza da construção ficcional. Colocando a narrativa na primeira pessoa do singular, é na experiência da autora e nas suas memórias que emerge o sintoma autobiográfico do romance […] Obra violenta, esteticamente bem construída em vários registos narrativos, “Livro da Doença” constitui um momento relevante da memória histórica da literatura em língua portuguesa».

O prémio é instituído pela Estoril Sol.


“No momento em que morreu, Joaquim escrevia um livro que nunca me mostrou. Meu pai, meu estranho. Ouvi falar da sua obra inacabada desde criança. Onde guardar a dança da mão direita do escritor, enquanto projectou o romance, toda a vida adulta, o pontilhado de gestos abortados, os rascunhos fantasma, tentativas, planos, ou seriam sonhos, a energia despendida, o fogo de que irradiavam ideias que jamais viram a luz? O que restou foi o vazio. Mas talvez o vazio seja um lugar — uma cidade — repleto de avenidas.”


Djaimilia Pereira de Almeida é autora de vários livros, entre os quais os romances Esse Cabelo, Luanda, Lisboa, Paraíso, As Telefones, Três Histórias de Esquecimento, Ferry e Toda a Ferida É Uma Beleza, vencedor do Grande Prémio de Romance e Novela APE/DGLAB 2024. Em 2025 recebeu o Prémio Vergílio Ferreira pelo conjunto da sua obra. Os seus livros e ensaios receberam o Prémio Oceanos, o prémio Ensaísmo Serrote, o Prémio Literário Fundação Inês de Castro, o Prémio Literário Fundação Eça de Queiroz, o Prémio Primeiras Teses e o Prémio Novos. Em 2023, Djaimilia recebeu o Prémio FLUL Alumni, atribuído pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se doutorou, em reconhecimento do seu percurso literário. Ensinou na New York University. Escreve na Quatro Cinco Um e no Observador. Nasceu em Luanda, em 1982. A sua última obra é o Livro da Doença.


Livro da Doença e outras obras de Djaimilia Pereira de Almeida estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/djaimilia-pereira-de-almeida/

Sobre O Senhor Teste, de Paul Valéry

 «Num dia de sorte o Senhor Valéry propôs-se, porém, com um alter-ego e chamou-lhe Senhor Teste. (…)

O Senhor Teste faz lembrar um homem. Vemo-lo na rua, na Ópera, no restaurante, transmitido por impressões de um narrador desconhecido, da sua mulher, de um amigo; pressentimo-lo mais Valéry do que nunca em extractos de um Log-book e nalguns pensamentos; chega a ser proposto de fugida num corpo espadaúdo e seco, sem nenhum gesto.» [Da Introdução]


O Senhor Teste (trad. e introd. de Aníbal Fernandes) e O Balanço da Inteligência (trad. Margarida Madeira) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/paul-valery/

Sobre A Espada Cintilante, de Lev Grossman

 Collum, um jovem e talentoso cavaleiro, chega a Camelot para competir por um lugar na Távola Redonda, apenas para descobrir que é tarde de mais. O Rei Artur morreu há duas semanas na Batalha de Camlann e restam apenas alguns cavaleiros à mesa.

Os sobreviventes não são os heróis lendários como Lancelote ou Gawain, mas os excêntricos da Távola Redonda, como Sir Palomides, o cavaleiro sarraceno, e Sir Dagonet, o bobo de Artur, promovido a cavaleiro como uma piada. A eles junta-se Nimue, que fora aprendiza de Merlim até se voltar contra ele e o enterrar debaixo de uma colina.

Cabe ao improvável grupo reconstruir Camelot num mundo que perdeu o equilíbrio, recuperar a lendária espada Excalibur e resolver o mistério da queda do Rei Artur.


«Para todos os que sonharam em ter um lugar na Távola Redonda. Absolutamente encantador.» [Rebecca Yarros]


«Se gostas do Rei Artur tanto quanto eu, vais adorar este livro.» [George R. R. Martin]


«O melhor livro de fantasia do ano.» [The Wall Street Journal]


«Com este livro, Lev Grossman está no auge da sua carreira.» [The New York Times Book Review]


A Espada Cintilante — Um Romance Arturiano, de Lev Grossman (tradução de Ana Falcão Bastos), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/a-espada-cintilante/

Sobre As Crónicas de Explosão, de Yan Lianke

 A pequena aldeia de Explosão, situada entre as límpidas águas do rio Yi e os cumes da serra de Balou, é o cenário deste livro. Em apenas cinquenta anos, a povoação tornou-se uma cidade de vinte milhões de habitantes, rivalizando com Pequim ou Xangai. Esta expansão, alimentada pela ambição desmesurada e a corrupção, teve profundas consequências para todos.

A narrativa de Yan Lianke desvenda as feridas abertas na atual sociedade chinesa, oferecendo-nos uma imagem de uma transformação que parece saída de uma fábula fantástica.


“Uma sátira swiftiana, de um dos mais francos e versáteis autores da China contemporânea.” [Economist]


“A prosa poética de Yan Lianke recompensa os que leem até ao final este romance de grande e rara profundidade.” [Le Monde]


As Crónicas de Explosão (trad. Tiago Nabais) e outras obras de Yan Lianke estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/yan-lianke/

Sobre A Morte Eterna, de Liu Cixin

 Meio século após a Batalha do Juízo Final, o equilíbrio precário da dissuasão da floresta sombria mantém os invasores trisolarianos à distância, e a Terra desfruta de uma prosperidade sem precedentes devido à absorção de conhecimento deste povo. Com os avanços científicos dos seres humanos, e com os trisolarianos a adoptarem a cultura da Terra, parece que as duas civilizações serão em breve capazes de coexistir pacificamente sem a terrível ameaça de aniquilação mútua.

Mas a paz também tornou a humanidade complacente consigo mesma. Cheng Xin, uma engenheira aeroespacial do início do século XXI, desperta da hibernação nesta nova era, e traz consigo o conhecimento de um programa há muito esquecido datado do início da crise trisolariana. A sua presença pode perturbar o equilíbrio delicado entre dois mundos. Irá a humanidade alcançar as estrelas ou vai perecer no seu berço?


“Um livro altamente inovador… uma mistura única de especulação científica e filosófica.” [George R. R. Martin, sobre o primeiro volume da trilogia, O Problema dos Três Corpos]


A Guerra dos Mundos do século XXI.” [The Wall Street Journal, sobre o primeiro volume da trilogia, O Problema dos Três Corpos]


“Extraordinário.” [The New Yorker, sobre o primeiro volume da trilogia, O Problema dos Três Corpos]


O Problema dos Três Corpos (tradução de Telma Carvalho), A Floresta Sombria e A Morte Eterna (traduções de Eugénio Graf) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/liu-cixin/

29.10.25

Sobre A Morte em Veneza, de Thomas Mann

 A Morte em Veneza é a narrativa do fascínio que Aschenbach, um escritor consagrado, sente por um adolescente, Tadzio, de deslumbrante beleza.

Uma paixão que se arrasta pelo Lido e depois pelas ruas de uma Veneza ameaçada e através da qual se questiona a situação moral do artista.

Trata­-se de uma novela em que Thomas Mann, sob a influência filosófica de Platão, aborda a relação com o belo e fala da nostalgia e das suas emoções.


«E entre palavras delicadas e graças espirituosas, Sócrates ensinava a Fedro o desejo e a virtude. Falou­-lhe do temor ardente que acomete o homem sensível quando os seus olhos vislumbram uma semelhança do belo eterno: falou­-lhe da avidez do homem ímpio e vil, incapaz de pensar o belo ao ver a sua imagem, incapaz de veneração; falou do medo sagrado que invade o homem nobre quando contempla uma face divina, um corpo perfeito — como então estremece e sai fora de si, mal ousando olhar, e como venera aquele que é belo, sim, como se ofereceria em sacrifício a este ídolo, se não receasse parecer ridículo aos olhos dos homens.»


A Morte em Veneza (tradução de Isabel Castro Silva) e outras obras de Thomas Mann estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/thomas-mann/

Sobre Os Irmãos Karamázov, de Fiódor Dostoievski

 «Apesar de Dostoievski escrever com impetuosidade e urgência, insistia pacientemente em fazer uma pergunta essencial: Por que vivemos?» — Karl Ove Knausgård sobre Os Irmãos Karamázov, na The New Yorker, 21/10/2025:

https://www.newyorker.com/books/second-read/the-light-of-the-brothers-karamazov


Os Irmãos Karamázov (trad. António Pescada) e outras obras de Fiódor Dostoievski estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/fiodor-dostoievski/

Sobre A Vida Mentirosa dos Adultos, de Elena Ferrante

 «Dois anos antes de sair de casa, o meu pai disse à minha mãe que eu era muito feia» é a frase inicial deste romance.

A revelação é feita por Giovanna, que ao olhar paterno se transformara de criança encantadora em adolescente imprevisível, que parecia tornar-se cada dia mais parecida com a desprezada tia Vittoria.

A frase ouvida sem que os pais o soubessem vai levar Giovanna a procurar conhecer a tia, cujas fotografias foram apagadas dos álbuns de família e é evitada em todas as conversas.

Para saber se estará realmente a tornar-se semelhante à tia, vai visitar a zona empobrecida de Nápoles, conhecer uma versão diferente dos seus pais, provocando sem o saber a desagregação da sua família intelectual, compreensiva e perfeita na aparência.

Confirmando a sua mestria narrativa e o profundo conhecimento do que se passa na cabeça das adolescentes, Ferrante constrói um enredo surpreendente, ligando uma história de iniciação aos episódios de uma pulseira que passa de mão em mão. 

Giovanna move-se entre duas famílias e duas zonas da cidade em busca dela própria, na passagem da adolescência para a idade adulta.


«Ferrante mostra outra vez ser imbatível em colocar-se na cabeça de uma adolescente, mostrando-nos como tudo aquilo que parece irracional a um olhar alheio — estados de espírito, silêncios, ciúmes, medos, lágrimas e ressentimentos — é absolutamente lógico e razoável.» [The Times]


«As suas personagens femininas são verdadeiras obras de arte.» [El País]


«Chorei ao ler os seus livros.» [Jonathan Franzen]


«Na minha mesa de cabeceira, estão os diários de Virginia Woolf, os contos de Tchékhov e os romances de Elena Ferrante.» [Leïla Slimani]


A Vida Mentirosa dos Adultos (trad. Margarida Periquito) e as outras obras de Elena Ferrante estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/elena-ferrante/

Sobre A Singularidade Está mais Próxima, de Ray Kurzweil

 Os meios de comunicação estão repletos de previsões de que a IA será um cataclismo ou, pelo contrário, um caminho para o rápido desenvolvimento da humanidade.

Desde a edição de The Singularity is Near (2005), Ray Kurzweil viu confirmadas várias das suas previsões, revistas e atualizadas neste seu novo livro, no momento em que os grandes modelos de linguagem validam o seu pensamento.

O autor defende que estamos a atravessar um momento de transformação radical impulsionada pelas tendências tecnológicas exponenciais e convergentes.

Os temas abordados vão da extensão da vida além dos limites biológicos atuais a uma posição sobre os carros sem condutor. A partir de uma avaliação pormenorizada das últimas evoluções tecnológicas, o autor procura mostrar que o progresso na biotecnologia, nanotecnologia e robótica nos aproxima cada vez mais da singularidade, isto é, da criação de um ser modificado pela engenharia genética com um cérebro expandido, fortalecido pela IA e ligado a outros cérebros.

Apesar do seu otimismo, Ray Kurzweil analisa também as consequências possíveis de maus usos num tal cenário, em que as possibilidades tecnológicas esbarram com as fronteiras da nossa natureza e identidade.


“Uma exploração fascinante do nosso futuro, que levanta as questões filosóficas mais profundas.” [Yuval Noah Harari, autor bestseller de Sapiens e Homo Deus]


“Uma leitura essencial para quem deseja compreender os tempos exponenciais em que vivemos.” [Mustafa Suleyman, CEO da Microsoft AI]


“Este livro desafia tudo o que o leitor pensa saber sobre tecnologia, vida e morte; e traz respostas para as questões mais urgentes da atualidade sobre inteligência artificial e o futuro da humanidade.” [Tony Robbins]


“Kurzweil é a irrevogável máquina de pensar.” [Forbes]


“Ray Kurzweil é a melhor pessoa que conheço a prever o futuro da inteligência artificial.” [Bill Gates]


A Singularidade está mais Próxima — A caminho da Fusão com a IA, de Ray Kurzweil (tradução de João Paulo Moreira), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/a-singularidade-esta-mais-proxima-a-caminho-da-fusao-com-a-ia/