31.7.25

Sobre Bouvard e Pécuchet, de Gustave Flaubert

 Tendo permanecido inacabado em vida do autor e sendo publicado em 1881, no ano após a sua morte, este livro é hoje considerado uma das obras-primas de Flaubert.

Bouvard e Pécuchet, dois copistas reformados, um viúvo, o outro celibatário, decidem ocupar em conjunto a sua solidão. Retiram-se para o campo e embarcam numa busca incessante pela verdade e pelo conhecimento. Da agricultura à  filosofia, passando pela política e a literatura, todos os saberes são objeto da sua curiosidade e experiências. No processo mantêm-se otimistas, apesar de cada nova tentativa de compreender o mundo acabar em desastre.

Na tradição literária de Rabelais, Cervantes e Swift, a história é contada com uma mistura de sátira e empatia, levando o leitor a desenvolver afeição por estes dois D. Quixotes das Ideias, ao mesmo tempo que denuncia a pobreza de espírito dos contemporâneos e a estupidez humana.

Esta edição inclui também o Dicionário das Ideias Feitas, de Flaubert.


«Os romancistas deveriam agradecer a Flaubert como os poetas agradecem à primavera. Tudo recomeça com ele.» [James Wood]


Bouvard e Pécuchet e Dicionário das Ideias Feitas (tradução de Júlia Ferreira e José Cláudio) e outras obras de Gustave Flaubert estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/gustave-flaubert/

Sobre O Portal dos Obeliscos, de N. K. Jemisin

 O Portal dos Obeliscos é o segundo livro da série Terra Fraturada. O primeiro, Quinta Estação, venceu também o Hugo Award, em 2016.

O terceiro volume, O Céu de Pedra, publicado em agosto de 2017, venceu o Hugo Award 2018 e o Nebula Award 2018 na categoria de Melhor Romance.


A estação dos fins cresce na escuridão, à medida que a civilização desaparece na noite longa e fria. Essun — outrora Damaya, antes Syenite, e agora vingadora — encontrou abrigo. Alabaster Tenring, destruidor dos mundos, tem um pedido. Mas se Essun fizer o que ele pede, pode pôr em causa o destino de Sossego.

Longe de tudo isto, a sua filha, Nassun, torna-se mais poderosa a cada dia. E, assim, as suas decisões podem significar a destruição deste mundo magnífico.


«Intrincado e extraordinário.» [The New York Times]


«Excecional.» [Library Journal]


«Deslumbrante, novamente.» [Kirkus]


Os três volumes da trilogia Terra Fraturada (trad. Alda Rodrigues) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/n-k-jemisin/

Sobre Pachinko, de Min Jin Lee

 No início do século XX, numa aldeia de pescadores na costa este da Coreia, um homem entrevado casa com uma rapariga de quinze anos. O casal tem uma filha, Sunja. Quando esta engravida de um homem casado, a família enfrenta os riscos da ruína. É então que Isak, um sacerdote cristão, lhe oferece a possibilidade de uma nova vida como sua esposa no Japão.

Depois de acompanhar este homem que mal conhece até um país onde não tem amigos nem lar, Sunja vai construindo a sua própria história.

Através de quatro gerações, Pachinko é a narrativa épica de uma família que se move entre identidade, morte e sobrevivência.


«Uma poderosa meditação sobre o que os imigrantes sacrificam para ter um lugar no mundo, Pachinko confirma a posição de Lee entre os melhores romancistas do mundo.» [Junot Díaz, vencedor do Prémio Pulitzer]


«Deslumbrante... um olhar claro e compassivo sobre a paisagem caótica da própria vida.» [The New York Times Book Review]


«Uma história abrangente, ambiciosa e viciante.» [David Mitchell, The Guardian]


Pachinko, de Min Jin Lee (tradução de Marta Mendonça), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/pachinko-pre-venda/

Sobre Um Urso Chamado Paddington, de Michael Bond

 O livro clássico sobre Paddington, o urso que se tornou uma estrela de cinema. O urso Paddington veio do Peru e foi encontrado pela família Brown numa estação de comboios. Desde então, as suas vidas nunca mais foram as mesmas, pois tudo o que é banal se torna extraordinário quando ele está envolvido. Paddington tem encantado gerações de leitores com as suas boas intenções e os seus divertidos desastres. Esta edição contém o texto original de Michael Bond e as ilustrações de Peggy Fortnum.


Um Urso Chamado Paddington, de Michael Bond, com ilustrações de Peggy Fortnum (tradução de Maria Eduarda Colares), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/um-urso-chamado-paddington-ilustracoes-originais/

Sobre Espíritos Afins, de Virginia Woolf

 Espíritos Afins reúne o melhor da correspondência de Virginia Woolf num só volume. São missivas espontâneas, repletas de humor, muitas vezes sedutoras e comoventes.

Por vezes queixando-se de tarefas domésticas, outras comentando o estado da nação ou discutindo assuntos culturais, artísticos ou pessoais, Virginia Woolf revela-se uma das grandes autoras de cartas.

Este volume mostra não apenas a generosidade e o amor à conversa com os amigos, mas também o seu génio para criar e fazer perdurar a amizade.


“Sobre as suas cartas, não pode haver duas opiniões: estão entre o melhor que alguma vez se escreveu.” [Selina Hastings, Sunday Telegraph]


“A sua curiosidade sobre as pessoas e palavras é apaixonada e interminável.” [Sylvia Clayton, The Guardian]


“Cartas tão bem escolhidas como estas e tão brilhantes […] preenchem o fosso entre a autora e a sua personalidade privada.” [Victoria Glendinning, The Times]


Espíritos Afins (trad. Inês Dias) e outras obras de Virginia Woolf estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/virginia-woolf/

De Carta a Um Refém, de Antoine de Saint-Exupéry

 «Quando, em dezembro de 1940, atravessei Portugal de passagem para os Estados Unidos, Lisboa surgiu-me como uma espécie de paraíso luminoso e triste. Falava-se então muito de uma invasão iminente, e Portugal apegava-se à ilusão da sua felicidade. Lisboa, que organizara a mais encantadora exposição que já se vira no mundo, sorria com um sorriso um tanto pálido, semelhante ao daquelas mães que, não tendo notícias de um filho que está na guerra, se esforçam por o salvar através da sua confiança: “O meu filho está vivo, porque eu estou a sorrir…”, “Vejam como estou feliz, tranquila e bem iluminada…”, assim dizia Lisboa. O continente inteiro pesava sobre Portugal como uma montanha selvagem cheia de tribos predatórias; Lisboa em festa desafiava a Europa: “Como poderão tomar-me por alvo quando tenho tanto cuidado em não me esconder! Quando eu sou tão vulnerável!…”»


Carta a Um Refém (trad. José Cláudio e Júlia Ferreira) e outras obras de Antoine de Saint-Exupéry estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/antoine-de-saint-exupery/

Sobre Jacarandá, de Gaël Faye

 Que segredos esconde a sombra do jacarandá, árvore de eleição de Stella? O seu amigo Milan levará anos a descobri-los. Anos para penetrar nos silêncios do Ruanda, devastado após o genocídio dos tútsis. Ao devolver a palavra aos desaparecidos, os jovens escaparão à solidão e encontrarão paz junto às margens deslumbrantes do lago Kivu.

Ao longo de quatro gerações, Gaël Faye conta-nos a história de um país que tenta renovar-se através do diálogo e do perdão, nunca perdendo a fé na humanidade.


Jacarandá foi distinguido com o Prémio Renaudot 2024 e o Choix Goncourt du Portugal 2025.


Jacarandá, de Gaël Faye (tradução de Júlia Ferreira e José Cláudio), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/jacaranda/

30.7.25

Sobre A Nossa Necessidade de Consolo é Impossível de Satisfazer, de Stig Dagerman

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: A Nossa Necessidade de Consolo é Impossível de Satisfazer, de Stig Dagerman (tradução do sueco de João Reis)


Escrito dois anos antes da sua morte, A Nossa Necessidade de Consolo É Impossível de Satisfazer é uma espécie de testamento do autor, onde defende que o valor de um ser humano não pode ser medido pelo seu desempenho, e que ninguém tem o direito de lhe exigir tanto que lhe roube o desejo de viver.


Mais informação em https://www.relogiodagua.pt/produto/a-nossa-necessidade-de-consolo-e-impossivel-de-satisfazer/

Sobre Matar Um Elefante, de George Orwell

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Matar Um Elefante, de George Orwell (tradução de José Miguel Silva)


Este é o relato de Orwell da sua experiência como agente da polícia na Birmânia colonial, onde, diante de uma multidão, apenas para não parecer um tolo, matou um elefante que havia fugido.


Mais informação em https://www.relogiodagua.pt/autor/george-orwell/

Sobre Pequenos Delírios Domésticos, de Ana Margarida de Carvalho

 Ana Margarida de Carvalho é conhecida como romancista.

Com Que Importa a Fúria do Mar e Não Se Pode Morar nos Olhos de Um Gato, venceu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (2013 e 2016).

Este seu primeiro livro de contos, editado em 2017, evidencia o seu invulgar talento para a narrativa breve.

O primeiro texto, “Chão Zero”, sobre o incêndio que lhe destruiu a casa familiar, é de uma força invulgar, reunindo a sua experiência de jornalismo e literatura na rejeição do irremediável.

Segue-se um conto sobre um terrorista português, onde a ironia e a capacidade de captar as diversas falas de personagens, excluídas da sociedade ou pelo menos de uma vida habitual, são a marca de água que percorre todas as outras histórias.


Pequenos Delírios Domésticos e outras obras de Ana Margarida de Carvalho estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/ana-margarida-de-carvalho/

Sobre Pequenos Fogos em Todo o Lado, de Celeste Ng

 Em Shaker Heights, um pacato subúrbio de Cleveland, está tudo previsto — desde o traçado das ruas sinuosas até à cor das casas, passando pelas vidas bem-sucedidas que os seus residentes levam. E ninguém encarna melhor esse espírito do que Elena Richardson, cujo princípio orientador é obedecer às regras do jogo.

A esta idílica redoma chega Mia Warren — uma artista enigmática e mãe solteira — com a filha adolescente, Pearl. Mia arrenda uma casa aos Richardsons. Rapidamente Mia e Pearl se tornam mais do que inquilinas: os quatro filhos dos Richardsons sentem-se cativados pelas duas figuras femininas. Mas Mia traz consigo um passado misterioso e um desprezo pelo statu quo que ameaçam perturbar esta comunidade cuidadosamente ordenada.


“Um livro maravilhoso. Divertido, inteligente e sensível.” [Paula Hawkins]


“Celeste Ng é sempre arguta, desafiante, generosa e original.” [Meg Wolitzer]


“Provavelmente o meu livro favorito do ano.” [John Green]


“Uma história intensa e emocionante.” [The Times]


“Peguei no livro e não o consegui largar.” [Jodi Picoult]


Pequenos Fogos em Todo o Lado (trad. Inês Dias) e Os Nossos Corações Perdidos (trad. Elsa T. S. Vieira) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/celeste-ng/


Sobre A Polícia da Memória, de Yoko Ogawa

 Um romance orwelliano sobre os terrores da vigilância do Estado, de uma das mais importantes escritoras japonesas da atualidade.

Numa ilha sem nome, situada numa costa anónima, há objetos que começam a desaparecer. Primeiro chapéus, depois fitas, pássaros e rosas — até que a situação se agrava. A maioria dos habitantes permanece desatenta a estas mudanças, e os poucos com poder para recuperar os objetos perdidos vivem receosos da Polícia da Memória, entidade que assegura que o que desaparece permanece esquecido.

Quando uma jovem mulher, que luta por manter uma carreira de romancista, descobre que o seu editor está em perigo, elabora um plano para o ocultar debaixo da sua casa. À medida que medo e sentimento de perda se aproximam, rodeando-os, agarram-se à escrita como modo de preservar o passado.

“A Polícia da Memória” será brevemente adaptado a série de televisão, realizada por Reed Morano (The Handmaid’s Tale), com argumento de Charlie Kaufman (Being John Malkovich, Eternal Sunshine of the Spotless Mind).


“Uma das mais conceituadas escritoras do Japão explora temas como a verdade, a vigilância do Estado e a autonomia individual, num trabalho que ecoa o Mil Novecentos e Oitenta e Quatro de George Orwell, o Fahrenheit 451 de Ray Bradbury e o Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez, ao mesmo tempo que afirma uma voz própria.” [Time]


“Uma obra-prima que nos chega do futuro.” [The Guardian]


“Um romance magistral.” [The New Yorker]


A Polícia da Memória e A Fórmula Preferida do Professor, de Yoko Ogawa (traduções de Inês Dias), estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/yoko-ogawa/

Sobre Ingmar Bergman — O Caminho contra o Vento, de Cristina Carvalho

 «Esquelético, febril, doente, sem quase dar sinais vitais, nasci. O ambiente psicológico em casa não podia ser pior e Karin, a minha mãe, na altura do parto, encontrava-se no mais desolador estado depressivo.

Nasci num domingo, o que já de si é um bom augúrio. Uma criança nascida num domingo, segundo a tradição sueca, terá o dom de ver mais longe, de alcançar outro horizonte. Além disso, o dia em que vim a este mundo, 14 de Julho, já era uma data histórica, o Dia da Tomada da Bastilha, dia de protestos e revoltas no mundo.

Deram-me o nome de Ernst Ingmar Bergman.»


O que a Autora revela neste romance biográfico são aspectos menos conhecidos da vida de Bergman. Não tudo, mas o que considerou importante para se conhecer um pouco melhor essa personalidade invulgar por quem se apaixonou.


«Ingmar Bergman — O Caminho contra o Vento», vencedor do Prémio Miguel Torga, e outras obras de Cristina Carvalho estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/cristina-carvalho/

Sobre O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë

 «Poucas obras tiveram tempo de concepção tão prolongado como Wuthering Heights que, na verdade, deve ter nascido no dia em que nasceu Emily Brontë. Nunca entre um livro e o seu autor aconteceu maior intimidade, no sentido de um crescimento em pura simbiose.» [Hélia Correia]


«É como se Emily Brontë desfizesse tudo aquilo que conhecemos dos seres humanos e preenchesse essas transparências irreconhecíveis com um sopro de vida que faz com que elas transcendam a realidade.» [Virginia Woolf]


«Um livro diabólico — um monstro incrível… A ação tem lugar no inferno — mas parece que os lugares e as pessoas têm nomes ingleses.» [Dante Gabriel Rossetti]


O Monte dos Vendavais (trad. Paulo Faria) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-monte-dos-vendavais-2/

29.7.25

Sobre As Mulheres e a Ficção, de Virginia Woolf

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: As Mulheres e a Ficção, de Virginia Woolf (tradução de Ana Maria Chaves)


Neste texto, Woolf investiga as razões pelas quais, ao longo dos séculos, as mulheres romancistas produziram tão poucas obras notáveis.


Mais informação em https://www.relogiodagua.pt/autor/virginia-woolf/

Sobre Porque Escrevo, de George Orwell

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Porque Escrevo, de George Orwell (tradução de José Miguel Silva)


Orwell explica o seu percurso até se tornar escritor, desde os primeiros poemas e contos até aos ensaios, romances e textos de não-ficção pelos quais é hoje recordado. Defende ainda o que considera os “quatro grandes motivos para escrever”, e reflete sobre a importância de manter esses impulsos em equilíbrio.

Este breve ensaio oferece a oportunidade de entrar na mente do escritor, dando ao leitor uma nova perspetiva, a partir da qual poderá revisitar o conjunto da sua obra.


Mais informação em https://www.relogiodagua.pt/autor/george-orwell/

Sobre Cinco Contos sobre Fracasso e Sucesso, de Alexandre Andrade

 Este livro reúne contos em que as personagens oscilam entre o sucesso e o fracasso, com predomínio deste último. 

No primeiro, que descreve o projecto malogrado de restauração de um fresco em Itália, o fracasso é anunciado num resumo que antecede o conto propriamente dito, para evitar expectativas exageradas por parte do leitor. 

Segue-se «Problema por Resolver», onde as perguntas inesperadas deixam pouco espaço para as respostas definitivas sussurrarem a sua existência, nessa rua Castilho onde Vera Nautilus desempenha a função de telefonista numa agência matrimonial.

Nos três contos finais, cita-se Hölderlin, joga-se ténis, e as personagens continuam de candeias às avessas com um mundo que ora é misterioso, ora é demasiado legível.


Esta e outras obras de Alexandre Andrade estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/alexandre-andrade/

Sobre Casa do Capítulo: Duna, de Frank Herbert

 O sexto volume da saga Duna, de Frank Herbert.

O planeta desértico Arrakis — conhecido como Duna — foi destruído. Os restos do Velho Império foram consumidos pelo violento culto matriarcal das Honradas Matres. Apenas uma fação permanece uma ameaça viável à sua conquista total — as Bene Gesserit, herdeiras do poder de Duna.

Sob a liderança da Madre Superiora Darwi Odrade, as Bene Gesserit colonizam um mundo verde no planeta Casa do Capítulo e transformam-no, milha a milha, em deserto. Quando dominar a criação dos vermes de areia, a Irmandade controlará a produção da maior mercadoria da galáxia — a especiaria melange. Mas a sua maior arma ainda é um homem que viveu incontáveis vidas. Um que serviu o Imperador Deus Paul Muad’Dib...


«Envolvente... uma adição digna a esta série duradoura e merecidamente popular.» [The New York Times]


Casa do Capítulo: Duna (tradução de Elsa T. S. Vieira) e outras obras de Frank Herbert estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/frank-herbert/

Sobre Breve História de Sete Assassinatos, de Marlon James

 Jamaica, 3 de dezembro de 1976. Sete assassinos de metralhadoras em riste entram de rompante na casa de Bob Marley na véspera de um concerto. Apesar de ferido no peito e num braço, o cantor de reggae sobrevive. Os homens nunca foram descobertos. Mais de oitenta mil pessoas assistem ao concerto que Marley dá dois dias depois.

Breve História de Sete Assassinatos é um livro que revela um poder narrativo ímpar para explorar este evento quase mítico.

Com uma ação que atravessa três décadas e vários continentes, narra as vidas de várias personagens inesquecíveis — miúdos da favela, engates de uma noite, barões da droga, namoradas, assassinos, políticos, jornalistas, e mesmo agentes da CIA.

Breve História de Sete Assassinatos foi já considerado um dos melhores e mais extraordinários romances do século XXI e venceu o Man Booker Prize em 2015.


«Um mergulho intenso num mundo demente, violento e corrupto, feito de forma sublime com recurso à voz de múltiplos narradores… o romance mais original que li em vários anos.» [Irvine Welsh]


Breve História de Sete Assassinatos e Leopardo Negro, Lobo Vermelho (trad. José Miguel Silva) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/marlon-james/

Sobre Entre o Passado e o Futuro — Oito Exercícios sobre o Pensamento Político, de Hannah Arendt

 Em «Entre o Passado e o Futuro», Arendt descreve as crises que a sociedade moderna enfrenta como resultado da perda de significado de palavras como justiça, razão, responsabilidade, virtude, glória. Depois mostra-nos como podemos voltar a pensar a essência vital destes conceitos tradicionais e como usá-los para avaliar a nossa situação presente, estabelecendo novos padrões de referência para o futuro.​


«Um livro para pensar os impasses políticos e as confusões culturais dos nossos dias… [Arendt] escreve sobre política no seu significado clássico com uma profunda e comovedora urgência pessoal.» [Alfred Kazin, Harper’s Magazine]


«Arendt tem um talento extraordinário para dar novos significados às experiências do dia-a-dia e para revelar a banalidade e estupidez daquilo que muitas vezes passa por novidade e inovação.» [Foreign Affairs​]


Entre o Passado e o Futuro — Oito Exercícios sobre o Pensamento Político (trad. José Miguel Silva) e outras obras de Hannah Arendt estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/hannah-arendt/

Sobre Nove Contos, de J. D. Salinger

 Nove Contos foi publicado pela primeira vez em Abril de 1953. Inclui alguns dos mais famosos contos do autor, nomeadamente «Um Dia Ideal para o Peixe-Banana», «Para Esmé — com Amor e Sordidez» e «Teddy».


Nove Contos e outras obras de J. D. Salinger (traduções de José Lima) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/j-d-salinger/

28.7.25

Sobre Dez Razões (Possíveis) para a Tristeza do Pensamento, de George Steiner

 «Dez Razões (Possíveis) para a Tristeza do Pensamento, de George Steiner (1929-2020), pensador humanista e erudito como poucos, discorre nestas páginas sobre o lado sombrio, a tristeza e a “melancolia profunda”, que banham a existência humana desde o advento da linguagem, partindo de Schelling para aduzir dez razões de descrença na função cognitiva do pensamento.» [José Guardado Moreira, Ensino Magazine, Julho 2025]


Dez Razões (Possíveis) para a Tristeza do Pensamento (tradução de Ana Matoso) e outras obras de George Steiner estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/george-steiner/

Sobre A Fórmula Preferida do Professor, de Yoko Ogawa

 A Fórmula Preferida do Professor, de Yoko Ogawa, é uma história sobre o significado de viver o presente e sobre as equações que podem criar uma família.


Ele é um brilhante professor de matemática com um problema peculiar: desde que sofreu uma lesão cerebral, vive com apenas oitenta minutos de memória de curto prazo. Ela é uma jovem empregada doméstica, perspicaz, com um filho de dez anos, contratada para cuidar dele.

Todas as manhãs, quando o professor e a empregada se conhecem novamente, uma relação estranha e bela floresce. Embora ele não consiga reter memórias por muito tempo (o seu cérebro é como uma gravação que começa a apagar-se a cada oitenta minutos), a sua mente continua viva com elegantes equações do passado; e os números, com a sua ordem articulada, revelam um mundo poético e acolhedor à empregada como ao seu filho.


«Altamente original. Infinitamente encantador. Profundamente comovente.» [Paul Auster]


«Um daqueles livros escritos com uma linguagem tão límpida e despretensiosa que lê-lo é como olhar para um lago profundo de águas transparentes. Mas mesmo nas águas mais claras podem esconder-se correntes que só se revelam quando nelas mergulhamos. E mergulhar no mundo de Yoko Ogawa é deixarmo-nos levar por forças que se sentem mais do que se veem.» [The New York Times Book Review]


«A Fórmula Preferida do Professor é estranhamente encantador, salpicado de humor e mistério que nos mantêm envolvidos do princípio ao fim.» [Ron Charles, The Washington Post]


A Fórmula Preferida do Professor, de Yoko Ogawa (tradução de Miguel Serras Pereira), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/autor/yoko-ogawa/

Sobre O Segredo da Força Sobre-Humana, de Alison Bechdel

 “Cor? É o primeiro sinal de que algo de novo está a acontecer num livro cheio de floreios familiares, (incluindo) a figura da própria Bechdel, desenhada como uma espécie de cruzamento entre Tintin e Waldo, vibrando de ansiedade, fazendo o possível por fugir de bicicleta, de esquis ou a pé… É um livro que se distingue por uma graça flexível e descontraída, uma ausência de medo que se traduz em simplicidade, disciplina e modéstia.” [The New York Times]


“Surpreendente […], absolutamente absorvente.” [The Atlantic]


Em O Segredo da Força Sobre-Humana, Alison Bechdel oferece-nos uma história fascinante, que vai da infância à idade adulta, atravessando todas as modas do fitness, de Jack LaLanne nos anos 1960 até à estranheza existencial das corridas atuais.

Os leitores veem o seu passado atlético ou semiativo passar-lhes diante dos olhos numa panóplia em constante evolução de ténis de corrida, bicicletas, esquis e diversos outros equipamentos. 

Mas quando Bechdel tenta melhorar-se, esbarra no seu próprio eu. Volta-se para a sabedoria dos filósofos orientais e de figuras literárias, como o escritor beat Jack Kerouac, cuja procura da transcendência ao ar livre surge numa comovente conversa.

A conclusão é que o segredo da força sobre-humana não está nos músculos modelados pelo exercício, mas em algo muito menos claramente definido: enfrentar a sua própria interdependência, não transcendental, mas muito importante, de qualquer coisa que nos rodeia.


O Segredo da Força Sobre-Humana, de Alison Bechdel (tradução de Nuno Batalha), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-segredo-da-forca-sobre-humana-pre-venda/

Sobre Contos Completos, de Katherine Mansfield

 Ler os contos de Katherine Mansfield é caminhar entre crianças que recusam a asfixia da educação tradicional, adolescentes de sonhos impossíveis, soldados de fardas ridículas, mulheres que esboçam gestos de revolta e velhos nos confins do tempo. É sobre estes seres sem outra história além da vida que Katherine Mansfield escreve, revelando o drama oculto na aparência dos gestos usuais. E todo o seu condão está nessa capacidade de iluminar recantos obscuros, com ironia, emoção e imprevisibilidade.

Nascida em 1888, amiga de Virginia Woolf e D. H. Lawrence, e leitora atenta de Tchékhov, que morreu quando ela começava a escrever, Katherine Mansfield participou na renovação da arte do conto, ajudando-o a libertar-se da moral vitoriana e dissolvendo o clássico enredo em sensações e recordações em subtil relação com a realidade exterior.


Contos Completos, de Katherine Mansfield (tradução de Frederico Pedreira, Manuel Resende, Graça Vilhena, Francisco Vale e Ana Maria Almeida Martins), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/autor/katherine-mansfield/

Sobre Contos de Beatrix Potter

 Beatrix Potter amava o campo e passou grande parte da sua infância a desenhar e a estudar animais.

Nasceu em Londres em 1866. Teve uma infância solitária e na juventude estudou Arte e História Natural. Passava as férias nos campos da Escócia e mais tarde na Região dos Lagos. 

Iniciou-se como escritora e ilustradora para crianças quando tinha 35 anos. O conto Pedrito Coelho foi publicado em 1902. 

Nos anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), era já uma escritora popular, publicando novos contos quase todos os anos. Quando se tornou economicamente independente, comprou uma quinta na Região dos Lagos e, depois de, em 1913, se casar com o seu advogado William Heelis, estabeleceu-se ali de modo permanente. 

Na última fase da sua vida, dedicou-se a gerir as suas terras e à conservação da natureza. 


Contos e O Conto do Pedrito Coelho (trad. Inês Dias) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/beatrix-potter/

Sobre Ripley debaixo de Água, de Patricia Highsmith

 Tom Ripley leva uma vida calma e luxuosa num château em Villeperce e, como sempre, mantém-se um passo à frente da lei. O seu passado, como se sabe, não resistiria a qualquer tipo de escrutínio…

O quinto romance da série mostra-nos Ripley como um sofisticado e amoral expatriado Americano a ser assediado por David Pritchard, um antigo colega que conhece inexplicavelmente detalhes incriminatórios do passado de Ripley, e está determinado a expô-lo.

Pritchard segue todos os movimentos de Ripley, primeiro espiando-o na sua casa em França, depois seguindo-o até Marrocos. A tensão culmina quando, no regresso a Villeperce, Pritchard tenta localizar um corpo que Ripley preferia que permanecesse oculto dentro de um rio.


«Os livros da série Ripley são uma leitura maravilhosa e compulsiva.» [The Times]


«É estranho pensar em alguém interessado por ficção contemporânea que não tenha lido a saga Ripley.» [Daily Telegraph]


Ripley debaixo de Água (trad. Fernanda Pinto Rodrigues) e outras obras de Patricia Highsmith estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/patricia-highsmith/

Sobre Debaixo do Vulcão, de Malcolm Lowry

 «Creio que Debaixo do Vulcão poderá ser um livro realmente bom: poderá sê-lo, é a ameaça que faço, afirmou Malcolm Lowry numa das primeiras cartas que escreveu ao seu agente literário Harold Matson, em Julho de 1940. Lowry acabara de se instalar numa cabana na praia de Dollerton, perto de Vancouver, na Colúmbia Britânica, e trabalhava numa nova versão do romance que tinha concebido e escrito pela primeira vez no México, país a que havia chegado no Dia dos Mortos de 1936.

De início o romance foi descaradamente autobiográfico, fruto e reflexo do México e das experiências que aí teve, desde os decadentes jardins de Cuernavaca e as cantinas onde podia afogar-se em mescal apenas por alguns pesos, até ao terrível episódio da prisão e ao delirium tremens em Oaxaca, depois de ter sido abandonado pela mulher. Uma descida aos infernos fielmente registada no primeiro Manuscrito, porque mesmo nos seus piores momentos, Lowry nunca renunciou a escrever, a reflectir sobre o papel a incrível realidade.

“Podia dizer-se que era como um registador”, afirmou o escritor e poeta americano Conrad Aiken, que visitou Lowry durante a sua estada em Cuernavaca, declarando depois que “o romance estava essencialmente pronto em Julho de 1937” e concluindo que “o livro iria ser reescrito durante os próximos nove anos”. Não é de estranhar, dado o seu génio para a linguagem, que se convertesse nesse milagre da prosa inglesa que, em minha opinião, é o seu melhor conseguimento.

Efectivamente, no seu paraíso privado de Dollerton “entre o bosque e o mar”, Lowry reescreveu uma e outra vez o Manuscrito, construindo o seu romance como quem compõe uma sinfonia, introduzindo novas formas e desenvolvendo as existentes num jogo contrapontístico de secretas correspondências e sugestivas alusões poéticas.

Ao fim de nove anos, a sua experiência mexicana havia-se transformado num monumento barroco de profundas ressonâncias simbólicas (…).» [Carmen Virgili]


Debaixo do Vulcão (trad. Virgínia Motta) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/debaixo-do-vulcao/

27.7.25

Sobre Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar

 «Marguerite Yourcenar escreve como quem talha veio de mármore: frase longa, mas limpa; metáfora justa, mas nunca em excesso; erudição que não pesa. Cada parágrafo é uma demonstração prática de boa escrita, coisa rara num mundo saturado de textos apressados. Levar Memórias de Adriano para a sala de aula ou para um jardim, não é apenas estudar História — é mostrar, com exemplo vivo, como a língua pode ser ferramenta de precisão e elegância. […]

Livro de História(s) que é ele próprio História, nestas Memórias, Adriano recorda que governar – uma cidade, um país, ou simplesmente a própria vida – exige atenção ao outro, curiosidade pelo diferente e coragem para amar mesmo o que escapa às normas. Quando fechamos a última página, fica a pergunta: que legado estamos dispostos a deixar quando chegar o nosso fim?» [André Castro Soares, Dezanove, 12/7/2025: https://dezanove.pt/nas-vesperas-do-fim-adriano-escreve-contra-o-nosso-esquecimento-2439842/]


Memórias de Adriano (tradução de Maria Lamas) e outras obras de Marguerite Yourcenar estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/marguerite-yourcenar/

Sobre Dublinenses, de James Joyce

 «Quando nos lembramos de que Dublin é uma capital há milhares de anos… parece estranho que nenhum artista a tenha oferecido ao mundo.» [James Joyce, em carta ao irmão]


Aos vinte e cinco anos, Joyce completou Dublinenses – uma sequência de pormenorizados episódios que retratam a vida da classe média de uma Dublin católica. As frustrações da infância, as desilusões da adolescência e o despertar sexual são narrados com clareza e sensibilidade. No conto mais famoso, «Os Mortos», Joyce descreve uma festa natalícia de amigos e vizinhos. Existe, porém, uma tensão oculta e um sentimento de desespero no enredo, que confere um elemento perturbador às aparências desse episódio social.

O realismo e simbolismo do imaginário de Dublinenses criaram uma nova forma de escrita, que é tão impressionante hoje como quando surgiu em 1914.


Dublinenses (trad. Margarida Periquito) e outras obras de James Joyce estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/james-joyce/

Sobre Impérios Islâmicos, de Justin Marozzi

 “Este livro representa o melhor tipo de viagem. Leva-nos através de quinze cidades que são exemplos da civilização islâmica, mas também através de quinze séculos de história islâmica… a escrita bela e elegante de Marozzi proporciona ao leitor uma jornada fantástica.” [Spectator]


“Um livro complexo mas acessível, que consegue de forma elegante desmontar os preconceitos e equívocos do nosso mundo.” [The Times, em “Os Melhores Livros do Ano”]


“É agradável ler um livro sobre o islão escrito por alguém que combina erudição profunda com inteligência emocional e empatia.” [Financial Times]


“Justin Marozzi é uma rara preciosidade — um viajante sério que é também um grande escritor.” [William Dalrymple]


“Incrível. Marozzi é o mais brilhante da nova geração de escritores viajantes.” [Sunday Telegraph]


Impérios Islâmicos — Quinze Cidades Que Definem Uma Civilização, de Justin Marozzi (tradução de Alda Rodrigues), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/imperios-islamicos-pre-venda/

26.7.25

Sobre O Império da Dor, de Patrick Radden Keefe

 O Império da Dor é a saga de três gerações da família Sackler, desde o início do século xx nas ruas de Brooklyn até à sua instalação em palácios de Greenwich, no Connecticut, em Cap d'Antibes e, finalmente, nos corredores do poder em Washington.

A sua fortuna foi feita com o Valium e permitiu-lhes construir uma reputação de filantropia, que passou por apoios a Harvard, ao Metropolitan Museum of Art, a Oxford e ao Museu do Louvre.

A queda deu-se com o OxyContin, que teve uma enorme expansão nos EUA e deixou um rasto de corrupção, dependência, destruição e morte.

O livro nasce de uma investigação aprofundada de Patrick Radden Keefe, que traça um retrato feroz da impunidade que impera na alta elite norte-americana e, em particular, do modo como foram erguidas algumas das suas mais importantes fortunas.


«Uma versão da vida real da série da HBO Succession, com uma picada letal na sua cauda... um trabalho magistral de reportagem narrativa.» [Slate]


«O Império da Dor parece um thriller da vida real. Uma dissecação profundamente chocante de avareza e insensibilidade calculada. É produto de uma investigação destemida, que revela uma verdade que a lei não conseguiu atingir. O leitor quase se sente culpado por gostar tanto dele.» [The Times]


«Este livro vai fazer com que o sangue do leitor ferva» [The New York Times Book Review]


«Uma saga chocante. Um relato impressionante.» [The Financial Times]


«O Império da Dor — A História Secreta da Dinastia Sackler», de Patrick Radden Keefe (tradução de Maria Ponce de Leão), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-imperio-da-dor-pre-venda/

Sobre Paz ou Guerra — A Rússia e o Ocidente, de Mikhail Shishkin

 Neste livro, Mikhail Shishkin argumenta que a Rússia não é um «enigma envolto num mistério, dentro de um mistério», mas que não sabemos o suficiente sobre o mais vasto país da Terra. Qual é então a verdadeira história por trás do regime autocrático de Putin e da invasão da Ucrânia?

Shishkin vai às origens dos problemas da Rússia, da «Rus de Kiev», passando pelo Grão-Principado de Moscovo, o império, a revolução e a Guerra Fria, à Federação Russa, com trinta anos de existência. O autor explora a relação conturbada entre o Estado e os cidadãos, explica as atitudes russas perante os direitos humanos e a democracia e propõe a existência de dois povos russos: os desiludidos e descontentes — que sofrem de uma «mentalidade de escravo» — e os que abraçam os valores «europeus» — e tentam resistir à opressão.

Paz ou Guerra é um relato de um Estado enredado num passado complexo e sangrento, mas também uma carta de amor a um país em conflito consigo mesmo. Continuará a Rússia no seu círculo vicioso de convulsões e autocracia ou encontrará o seu povo uma saída?


Paz ou Guerra — A Rússia e o Ocidente: Uma Abordagem (tradução de Ana Falcão Bastos, João Maria Lourenço e Larissa Shotropa) está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/paz-ou-guerra-a-russia-e-o-ocidente-uma-abordagem/

Sobre O Fim do Mundo Clássico, de Peter Brown

 O Fim do Mundo Clássico analisa o modo como o mundo da Antiguidade Tardia, que se situa entre 150 e 750 d. C., se diferenciou da civilização clássica. Foi durante esses séculos que desapareceram instituições que pareciam ancoradas no decurso dos séculos.

Em 476, desapareceu o Império Romano do Ocidente, o mesmo acontecendo em 655 ao Império Persa do Próximo Oriente.

Esta obra de Peter Brown aborda também o período em que começa a definir-se a divisão da bacia mediterrânica em três mundos estranhos entre si, que ainda hoje persistem, apesar de todas as mudanças: a Europa Ocidental católica, Bizâncio e o Islão.


«Magnífico […]. Há muito que não desfrutava tanto de uma obra de História.» [Philip Toynbee, The Observer]


«O elegante e provocador texto de Peter Brown é apoiado por ilustrações pouco conhecidas […], é um livro que se distingue pelo estilo e pela profundidade académica.» [Times Literary Supplement]


O Fim do Mundo Clássico — de Marco Aurélio a Maomé, de Peter Brown (tradução de António Gonçalves Mattoso), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-fim-do-mundo-classico-pre-venda/

25.7.25

Sobre Destroçado, de Hanif Kureishi

 No final de 2022, em Roma, Hanif Kureishi sofreu uma queda. Quando recuperou os sentidos, já não conseguia andar. Passou a depender da ajuda de outros e a necessitar de cuidados constantes num hospital. Assim começou uma odisseia de um ano pelos sistemas médicos de Roma e Itália, com a esperança de um dia regressar à sua casa em Londres.

Confinado, sentiu-se compelido a escrever. Mas, sem conseguir usar o computador ou segurar numa caneta, teve de ditar aos familiares as palavras que lhe surgiam. Reflexões sobre a sua condição, mas também sobre a paternidade, a imigração, o sexo, a psicanálise e, claro, a escrita. O resultado foi este livro. Uma sucessão de relatos. Um diário de uma vida destroçada, narrado com honestidade, humor e energia; mas também de uma nova existência, nascida da dor e da perda.


“Há muito que Hanif Kureishi é uma das vozes mais emocionantes, irreverentes e influentes da sua geração. Neste diário, belo e comovente, enfrenta uma calamidade pessoal com humor, honestidade e elegância literária. Um feito extraordinário.” [Salman Rushdie]


“Fala-se de muita destruição neste relato notável e desprovido de sentimentalismo sobre uma queda devastadora, mas algumas coisas permanecem perfeitamente intactas. O humor, o talento, a curiosidade, a clareza e a irreverência de Hanif estão todos aqui. Adorei este livro.” [Zadie Smith]


“Poderoso, angustiante e envolvente. Vai mudar a forma como nos ligamos à vida e ao amor.” [Elif Shafak]


Destroçado (tradução de José Miguel Silva) e outras obras de Hanif Kureishi estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/hanif-kureishi/

Sobre Memórias, Sonhos, Reflexões, de C. G. Jung

 “Apenas me consigo entender à luz de acontecimentos interiores, pois são estes que criam a singularidade da vida, e é deles que a minha autobiografia trata.” [C. G. Jung]”


Este livro é a biografia de um dos psiquiatras mais influentes dos tempos modernos, e foi realizada a partir dos seus discursos, conversas e escritos.

Na Primavera de 1957, quando tinha 81 anos, Carl Gustav Jung decidiu narrar a sua vida. Memórias, Sonhos, Reflexões é o resultado desse desejo, sendo composto por conversas com a sua colega e amiga Aniela Jaffé e por capítulos escritos pelo próprio Jung, entre outros materiais.

Jung escreveu as páginas finais do manuscrito dias antes de morrer, a 6 de Junho de 1961, o que torna este livro uma reflexão única sobre a vida e a obra do autor.


Memórias, Sonhos, Reflexões (trad. António Sousa Ribeiro) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/memorias-sonhos-reflexoes/

Sobre O Ofício de Viver, de Cesare Pavese

 «Ninguém se mata pelo amor de uma mulher. Matamo-nos porque um amor, não importa qual, nos revela a nós mesmos na nossa nudez, na nossa miséria, no nosso estado inerme, no nosso nada.» [Cesare Pavese]


«O diário de Pavese é ao mesmo tempo uma técnica poética e um modo de estar no mundo.» [Italo Calvino]


«O diário teve uma primeira publicação, póstuma, em 1952, mutilado de algumas partes, constituídas essencialmente por nomes de pessoas e por palavras, frases ou inteiros parágrafos de conteúdo demasiado íntimo e eventualmente chocante, em que o autor exprime em termos muito fortes, grosseiros ou mesmo obscenos, o seu profundo desespero e impotência perante os reveses da sua vida sentimental, perante a sua dificuldade de relacionamento com o sexo oposto. Todas as partes então censuradas estão incluídas na presente edição, constituída pelo texto integral, tal como Pavese o registou no seu diário.

Dado como encerrado pelo autor cerca de uma semana antes da morte, e por ele próprio assinalado pelos limites cronológicos 1935–1950, constitui, assim, a evidência da trágica decisão consciente e antecipadamente tomada (…)» [Da Introdução de Margarida Periquito]


O diário de Pavese foi encontrado depois da morte do autor numa pasta verde, na qual estava escrito a lápis vermelho e azul: «Il Mestiere | di Vivere | di | Cesare Pavese».


O Ofício de Viver, de Cesare Pavese (trad. Alfredo Margarido e Margarida Periquito, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-oficio-de-viver/

Sobre A Queda dum Anjo, de Camilo Castelo Branco

 Escrito em 1866, é um romance satírico de Camilo Castelo Branco, no qual o autor descreve a corrupção de Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda, um fidalgo transmontano que se desloca da província para Lisboa. Ao ser eleito deputado, Calisto vai para a capital, onde, além de se deixar corromper pelo luxo e pelos prazeres, se torna amante de uma prima distante, Ifigénia, nascida no Brasil.

A Queda dum Anjo é uma obra em que Camilo descreve, de modo caricatural e humorístico, a vida social e política portuguesa.


A Queda dum Anjo e Mistérios de Lisboa estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/camilo-castelo-branco/

Sobre Pais e Filhos, de Ivan Turguéniev

 «Pais e Filhos não só é o melhor romance de Turguéniev, mas também um dos maiores romances do século XIX. Turguéniev conseguiu fazer aquilo a que se propôs: criar um personagem masculino, um jovem russo, que afirmasse a sua — do personagem — ausência de introspecção e que, ao mesmo tempo, não fosse uma marioneta nas mãos de um repórter social. Bazárov é um homem forte, sem dúvida — e muito possivelmente, tivesse ele vivido além dos vinte anos (acaba de sair do liceu quando o conhecemos), ter-se-ia tornado um grande pensador social, um médico famoso ou um revolucionário activo, para lá dos limites do romance.» [Do Posfácio de Vladimir Nabokov]


Pais e Filhos (trad. António Pescada) e outras obras de Ivan Turguéniev estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/ivan-turguenev/

Sobre Filhos de Duna, de Frank Herbert

 Os Filhos de Duna são os irmãos gémeos Leto e Ghanima Atreides, cujo pai, o Imperador Paul Muad’Dib, desapareceu nos terrenos baldios do deserto de Arrakis há nove anos. Tal como o pai, os gémeos possuem habilidades excecionais, que os tornam valiosos para a sua tia Alia, uma mulher manipuladora que governa o Império em nome da Casa Atreides.

Enfrentando uma traição e rebeliões em duas frentes, o poder de Alia não é absoluto, e a excomungada Casa Corrino planeia uma forma de reconquistar o trono enquanto os Fremen são incitados à revolta pela enigmática figura conhecida apenas como O Pregador.

Alia acredita que só acedendo à visão profética dos gémeos poderá manter o controlo sobre a sua dinastia. Mas Leto e Ghanima têm os seus próprios planos, tanto para as suas visões, como para os seus destinos.


«Um enorme acontecimento literário.» [Los Angeles Times]


Filhos de Duna (trad. Manuel Alberto Vieira) e outras obras de Frank Herbert estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/frank-herbert/

Sobre Os Filhos do Vidreiro, de Maria Gripe

 Era uma vez duas crianças, Klas e Klara, filhos de um vidreiro, que vivia com a mulher na aldeia de Nöda, numa região com frequentes neblinas. Perto dali, no ermo de uma colina verde, habitava uma velha misteriosa chamada Adeja Tempoameno, que tinha um corvo, o Sábio, com olhos que viam, cada um deles, coisas diferentes.

Um dia as duas crianças foram levadas da casa dos pais, que viviam com dificuldades, e conduzidos para uma casa luxuosa e fantástica na Cidade dos Mil Desejos. Mas as duas crianças, oferecidas pelo senhor da casa à sua bela e infeliz esposa, ficaram cada vez mais tristes.


Maria Gripe é uma das mais famosas escritoras suecas de literatura infantil e juvenil, tendo obtido numerosos prémios, entre eles o Hans Christian Andersen em 1974.


Os Filhos do Vidreiro (trad. Yvonne Metello) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/os-filhos-do-vidreiro/

24.7.25

Sobre A Revolução dos Cravos — O Dia em Que Caiu a Ditadura Portuguesa, de Alex Fernandes

 Lisboa, 25 de abril de 1974. No espaço de um único dia, cai o mais antigo regime ditatorial da Europa. Na noite de 24 de abril de 1974, às 22h55, uma estação de rádio lisboeta transmite “E depois do Adeus”, a canção portuguesa do Festival da Eurovisão. Às 18h20 do dia seguinte, o mais antigo regime fascista da Europa tinha caído. Quase não se disparou um tiro. Os cidadãos saem às ruas, oferecem cravos aos soldados revolucionários. Pela primeira vez em 48 anos, Portugal é livre.

A Revolução dos Cravos percorre as ruas de Lisboa à medida que a revolução se desenrola, revelando os inúmeros atos de resistência passados — tanto comuns como extraordinários — que tornaram o 25 de Abril possível. É a história de revoltas operárias e conspirações, fugas ousadas de prisões, de soldados a desobedecer às ordens dos seus superiores e de simples atos de coragem por parte de milhares de cidadãos. É a história de como um grupo de jovens capitães derrubou um império que se estendia pelo mundo.


“Alex Fernandes demonstra um conhecimento enciclopédico da história política portuguesa contemporânea nesta exploração admiravelmente pormenorizada da revolução que trouxe a democracia em 1974. Um livro empolgante e inspirador que se lê de um fôlego.” [Richard Zimler]


“Um relato detalhado e evocativo de uma revolução como nenhuma outra: a Revolução Portuguesa de 1974. Um livro que precisa de ser lido.” [Helder Macedo]


A Revolução dos Cravos lê-se como um thriller político. Fernandes, escritor português a viver em Londres, transmite com mestria quão insensata e improvável foi a iniciativa. O autor domina a bibliografia e os arquivos históricos sobre a revolução.” [The Times]


A Revolução dos Cravos — O Dia em Que Caiu a Ditadura Portuguesa, de Alex Fernandes (tradução de Ana Cardoso Pires), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/a-revolucao-dos-cravos-o-dia-em-que-caiu-a-ditadura-portuguesa/

Sobre Investigações Filosóficas, de Ludwig Wittgenstein

 Considerada uma obra central da filosofia do século XX, as Investigações Filosóficas de Wittgenstein introduzem um novo método para a compreensão e o tratamento dos tradicionais problemas que sempre assolaram as diferentes correntes filosóficas. Volta a ocupar-se de conceitos, tais como o sentido das proposições, o pensamento, a lógica, a compreensão das regras ou a (im)possibilidade de linguagens privadas. O seu legado é enorme para a filosofia e para outras disciplinas que não prescindem do esclarecimento das linguagens com que trabalham, ainda antes da produção de conhecimentos específicos. Por isso as Investigações Filosóficas são uma investigação minuciosa e paciente sobre a forma como funciona a linguagem no seu uso prático, construindo ao mesmo tempo uma nova visão do que seja o homem e a forma de vida humana. Escrita num estilo singular, em que por vezes o autor dialoga com o seu alter ego e frequentemente adquire a forma aforística, esta obra do último Wittgenstein é igualmente considerada uma criação de grande valor literário.


Investigações Filosóficas, de Ludwig Wittgenstein, com apresentação, tradução e notas de João José R. L. de Almeida, está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/investigacoes-filosoficas/

Sobre Per, o Afortunado, de Henrik Pontoppidan

 Per, o Afortunado é o grande clássico da literatura dinamarquesa, tendo o seu autor recebido o Prémio Nobel da Literatura em 1917.

É um romance de formação, que acompanha a vida de Per Sidenius, filho de um pastor de uma pequena povoação dinamarquesa, na mudança do século XIX para o século XX.

Per revolta-se contra a rigidez familiar, procurando uma nova vida em Copenhaga, onde se torna engenheiro e persegue a sua realização pessoal.

A obra mergulha na crise cultural e social que agitou o continente europeu com a erupção da modernidade e as revoluções industrial e científica.

Na sua capacidade de compreender a crise de identidade dos europeus no início do século XX, a narrativa de Pontoppidan é comparável a Os Buddenbrook e A Montanha Mágica de Thomas Mann.


«Pontoppidan é um contador de histórias puro, e o escrutínio que realiza das nossas vidas e da sociedade põe-no no topo dos escritores europeus… Ele julga os tempos e, como um verdadeiro poeta, direciona-nos para um modo mais puro e honroso de sermos humanos.» [Thomas Mann]


«Henrik Pontoppidan governa a província das letras dinamarquesas com a mesma autoridade com que Lev Tolstói ou Henry James governaram as dos seus países. Per, o Afortunado é um dos maiores romances sobre a modernidade.» [The New York Review of Books]


Per, o Afortunado (trad. João Reis) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/per-o-afortunado/