Tendo permanecido inacabado em vida do autor e sendo publicado em 1881, no ano após a sua morte, este livro é hoje considerado uma das obras-primas de Flaubert.
Bouvard e Pécuchet, dois copistas reformados, um viúvo, o outro celibatário, decidem ocupar em conjunto a sua solidão. Retiram-se para o campo e embarcam numa busca incessante pela verdade e pelo conhecimento. Da agricultura à filosofia, passando pela política e a literatura, todos os saberes são objeto da sua curiosidade e experiências. No processo mantêm-se otimistas, apesar de cada nova tentativa de compreender o mundo acabar em desastre.
Na tradição literária de Rabelais, Cervantes e Swift, a história é contada com uma mistura de sátira e empatia, levando o leitor a desenvolver afeição por estes dois D. Quixotes das Ideias, ao mesmo tempo que denuncia a pobreza de espírito dos contemporâneos e a estupidez humana.
Esta edição inclui também o Dicionário das Ideias Feitas, de Flaubert.
«Os romancistas deveriam agradecer a Flaubert como os poetas agradecem à primavera. Tudo recomeça com ele.» [James Wood]
Bouvard e Pécuchet e Dicionário das Ideias Feitas (tradução de Júlia Ferreira e José Cláudio) e outras obras de Gustave Flaubert estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/gustave-flaubert/


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