14.1.25

Sobre Um Homem Apaixonado, de Karl Ove Knausgård

 Da morte do pai à experiência de ter filhos. 

É esta a passagem que Karl Ove Knausgård faz do primeiro para o segundo volume do romance autobiográfico A Minha Luta

Em Um Homem Apaixonado, Karl Ove Knausgård deixa a mulher e a Noruega e parte para Estocolmo. É aí que se aproxima de Geir, outro norueguês expatriado, e reencontra Linda, uma poeta que o havia fascinado anos antes num encontro de escritores.

Se, em A Morte do Pai, Knausgård abordava o tema do luto, neste volume descreve as tempestuosas relações de amizade e amor e o dramático período antes de consolidar a sua relação com Linda.

Depois vem a experiência da paternidade, que subverte tudo à sua passagem. Há a urgente necessidade de escrever, mas também o quotidiano familiar, o cómico fracasso das férias, as humilhantes aulas de preparação do parto, as tensões nas festas de aniversário infantis, o stress de passear uma criança pelas ruas de Estocolmo quando o seu único desejo é continuar o seu romance.

Knausgård fala dos momentos que compõem a vida de um homem, dilacerado pela necessidade de criar, mas também de viver, alguém para quem arte e natureza são uma necessidade física, alguém que oscila entre a energia vital e pensamentos mórbidos e que deseja com igual intensidade solidão e amor. 


«É talvez o mais significativo projecto literário do nosso tempo.» [Rachel Cusk, The Guardian]


«Knausgård não é um homem irascível, mas um idealista apaixonado. Quer criar grande arte e quer lutar contra a uniformidade e conformidade da vida burguesa contemporânea.» [James Wood, The New Yorker]


A Minha Luta: 2 — Um Homem Apaixonado (tradução de Miguel Serras Pereira) e outras obras de Karl Ove Knausgård estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/karl-ove-knausgard/


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