Esta é a primeira edição integral das cartas de Kafka a Milena.
«“A ti, por sua causa e tua, uma pessoa pode dizer a verdade como a mais ninguém, mais até, pode saber a sua verdade directamente de ti.” Talvez como mais nenhum outro, este passo da carta escrita por Franz Kafka em 25 de Setembro de 1920 a Milena Pollak dá testemunho não apenas da intensidade da relação entre ambos — provavelmente, a relação amorosa mais profunda da vida de Kafka —, mas também do extremo de exposição pessoal a que o autor d’O Processo estava disposto no âmbito dessa relação. Poucos dias antes, a 22 de Setembro, esse extremo expressara-se numa imagem de inultrapassável violência — “o amor é seres para mim a faca com que remexo as minhas entranhas” […)].» [Do Prefácio de António Sousa Ribeiro]
Franz Kafka conheceu Milena como tradutora para o checo das suas primeiras prosas breves. Ele tinha trinta e sete anos; ela, vinte e três. A sua relação transformou-se numa ligação apaixonada.
As cartas testemunham um romance de amor, de desespero, de felicidade e de humilhação voluntária. Mas a ligação entre Kafka e Milena permaneceu, apesar dos seus raros encontros, essencialmente epistolar, como as de Werther ou de Kierkegaard.
Milena morreu vinte anos depois de Kafka, no campo de concentração de Ravensbrück.
Cartas a Milena (trad. e prefácio de António Sousa Ribeiro) e outras obras de Franz Kafka estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/franz-kafka/
Sobre Franz Kafka, de Max Brod (tradução de Susana Schnitzer da Silva e Ana Falcão Bastos), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/sobre-franz-kafka/
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