«Schopenhauer considera a busca do prazer como menos importante do que evitar o sofrimento — e o tédio. Vivendo numa sociedade estável e com a segurança de uma herança familiar, não era fã de mudanças, e as revoluções de 1848 repugnaram-lhe. Em contrapartida, parece ter-se devotado com discreta paixão à tarefa de viver bem, na sua perspetiva. “Aforismos para a Arte de Viver”, extraídos do primeiro volume de Parerga e Paralipomena”, condensam em textos por vezes bastante extensos a sua sabedoria, tratando assuntos que vão desde a saúde mental, social, física e financeira até aspetos de atitude filosófica. O acaso mostra “que não temos absolutamente nenhum direito aos seus dons, que não ficamos a dever estes de maneira nenhuma ao nosso mérito […] e que é justamente a este facto que podemos ir buscar a alegre esperança de receber ainda, com humildade, muitos presentes imerecidos”.» [Luís M. Faria, E, Expresso, 19/1/2024]
Aforismos para a Arte de Viver (tradução e prefácio de António Sousa Ribeiro) e outras obras de Arthur Schopenhauer estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/arthur-schopenhauer/



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