«“Um Tiro no Escuro” narra um jogo de “snooker” em três “frames” (nome dado às partidas que o compõem) e dois adversários: Alexandre, o Grande, “o maior talento que Esposende já produziu”, e Carlos Magnum, “um revólver de alto calibre”. Mas, e diga-se logo ao começo, o jogo não interessa. É uma paisagem. Uma distracção. Um embuste. Um truque de ilusionismo. (…). Ninguém veio pelo jogo.” Pois não. O que agarra o leitor logo nas primeiras linhas é a escrita subversiva de Sandro William Junqueira a exercitar com talento os seus recursos estilísticos. “No snooker, como na vida, quem não consegue controlar a bola não consegue controlar o jogo. No snooker, como na vida, dá-se a primazia ao monólogo em vez de se promover o diálogo.”»
[José Riço Direitinho, «Da vida dos bons malandros», «Ípsilon», 2022/06/03]
«Um Tiro no Escuro», de Sandro William Junqueira, está disponível em: https://relogiodagua.pt/produto/um-tiro-no-escuro-pre-venda/
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