«Nas alturas abruptas o fogo errante!
Assim é que cintila a estrela?
Olha, estrela de cristal, fogo errante,
tua irmã Petrópole está a morrer!
Sonhos da terra desfazem-se em fogo,
no alto abrupto voa a estrela verde.
Se és estrela, vê: a irmã do céu e da água,
e tua irmã, Petrópole, está a morrer!
Terríveis alturas, a nave monstruosa
plana as asas e corre pelo céu...
Oh, estrela verde — numa esplêndida miséria
a tua irmã, Petrópole, está a morrer!
No Nevá negro — Abril, cristal quebrado,
cera da imortalidade a derreter...
Vê, se és estrela: Petrópole, a tua cidade,
e tua irmã, tua Petrópole, está a morrer!
1918» [p. 13]
Fogo Errante (trad. Nina Guerra e Filipe Guerra) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/fogo-errante/
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