3.3.21

Sobre Olhos Azuis Cabelo Preto, de Marguerite Duras

 



«É a história de um amor, o maior e mais terrível sobre que me foi dado escrever. Eu sei-o. Qualquer um pode ficar a sabê-lo por si. 

Trata-se de um amor que não é nomeado nos romances e que também não é nomeado por aqueles que o vivem. De um sentimento que de certo modo não tem ainda o seu vocabulário, os seus hábitos e rituais. Trata-se de um amor perdido. Perdido como perdição. 

Leiam o livro, leiam-no mesmo que de início o detestem. Já nada temos a perder, nem eu dos leitores, nem os leitores de mim. Leiam tudo. Leiam todas as distâncias que vos são indicadas, as dos corredores que rodeiam a história e a acalmam e nos concedem o tempo de os percorrer. Continuem a ler e de súbito terão atravessado a história, os seus risos, a sua agonia, os seus desertos. 

Sinceramente vossa.

Duras»


Olhos Azuis Cabelo Preto (tradução de Tereza Coelho) e outras obras de Marguerite Duras estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/marguerite-duras/

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