7.2.20

Sobre Cão em Fuga, de Don DeLillo




Tal como a revista para a qual escreve, Moll Robbins foi em tempos uma radical. Agora é apenas uma mulher à procura de novos ângulos para velhas histórias. A mais antiga de todas é a do sexo. E desta vez o ângulo é muito especial. Alguém – desde um Senador a um negociante de arte pornográfica e, até, um veterano do Vietname – procura obsessivamente um pedaço de celulóide, um filme caseiro com possíveis proezas sexuais no bunker de Hitler. Há uma pessoa que diz ter acesso a essa peça única – vários compradores e um vendedor, um mercado livre onde a moeda de troca é a chantagem, a tortura e a corrupção.
Mas Cão em Fuga é também, e talvez sobretudo, a história de Selvy, um homem treinado para a luta e suficientemente leal para enfrentar os inimigos com as armas que eles próprios escolhem. Cão em Fuga não é nem um policial nem um western moderno, nem um romance filosófico sobre a crueldade e a morte ou uma ficção sobre os efeitos da guerra do Vietname nuns EUA em crise de identidade. É tudo isso reunido e transformado no universo singular de Don DeLillo.

«Um policial existencialista… A paranóia purificou-se numa espécie de epifania, uma apreensão luminosa de todas as forças hostis que se reúnem contra o cidadão comum.» [The New York Times]
«Uma reflexão exacta do sentimento contemporâneo.» [The New York Times Book Review]


Cão em Fuga (tradução de José Miguel silva) e outras obras de Don DeLillo estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/don-delillo/

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