A Mulher de Trinta Anos foi publicado em 1832 e, tal como outros romances de La Comédie humaine, evidencia a atualidade da obra de Balzac.
Quem afinal é essa mulher de trinta anos, nascida na primeira metade do século xix em França?
Submetida à obrigação do casamento, atravessa um momento decisivo da vida, pois é então que pode conhecer a liberdade, o que para o caso significa ter um amante, ligação que a sociedade pune.
Balzac denuncia a condição das mulheres casadas com homens de quem só descobrem os defeitos a meio das suas vidas. O autor constata o fracasso do casamento de amor e, com os filhos nascidos sem amor, a frustração da maternidade.
Mas esta história, onde a sexualidade desempenha um papel importante, não se confina às relações conjugais e amorosas, cruzando-se com episódios aventurosos e reivindicações políticas e sociais.
Contrariando uma visão que prevaleceu até há pouco, Balzac defende que a mulher tem o direito de amar e ser amada em qualquer idade, mesmo fora do casamento, e de ser reconhecida pela sociedade pelo que é e não apenas como esposa e mãe.
De Honoré de Balzac a Relógio D’Água tem publicados Pequenas Misérias da Vida Conjugal, A Rapariga dos Olhos de Ouro, Pierrette seguido de O Padre de Tours e Sarrasine, disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/honore-de-balzac/
Sem comentários:
Enviar um comentário