2.8.18

Karl Kraus no «Observador»





No Observador (2018/07/29), Joana Emídio Marques escreve sobre Karl Kraus:

«Karl Kraus, nome talvez pouco conhecido fora das Faculdades de Jornalismo e dos estudiosos da cultura de língua alemã, viveu naquele período extraordinário da arte e da literatura que foram os anos finais do império austro-húngaro e as vésperas da 1.ª Guerra Mundial. Kraus foi contemporâneo de Freud, de escritores e poetas como Kafka, Rilke, Robert Musil, Hermann Broch, Hugo Hofmannsthal,  Georg Trakl, do músico Mahler, do filósofo Ludwig Wittgenstein, dos pintores Oskar Kokoschka e Klimt, da escola da Bauhaus, de movimentos como o Modernismo, o Expressionismo, o Dadaísmo ou o Futurismo. Viena não era apenas a capital do império, era a incubadora, o casulo do esplendor e do horror do século XX. Mas apesar deste fulgor, nos primeiros anos do século XX parecia que nada acontecia em Viena e o escritor e Nobel da Literatura Elias Canetti descreve Karl Kraus como “a coisa mais viva da cidade”. (…)
Em Março deste ano, a editora Relógio D’Água lançou um volume de textos que Kraus publicou no seu jornal “Die Fackel” (A Tocha) e que leva como título um dos textos mais famosos do autor, publicado e lido em público pouco depois do eclodir da 1.ª Guerra Mundial: Nesta Grande Época. Ambas as obras foram traduzidas por António Sousa Ribeiro, a quem já devíamos uns textos incorporados numa coletânea de autores austríacos editada em 1980 pela Europa-América, e uma edição incompleta d’Os Últimos Dias da Humanidade editada pela Antígona em 2003.»







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