5.7.18

Sobre Sonhos Elétricos, de Philip K. Dick




«O conjunto de contos que aqui encontramos pode, por sua vez, servir de porta de entrada no universo de um autor que usava muitas vezes cenários temporais do nosso futuro enquanto seres humanos, cruzando-os com lógicas do quotidiano de então, criando semelhanças e analogias desconcertantes que não nos deixam indiferentes. Mesmo longe, no espaço, no tempo, aquelas figuras, os seus comportamentos, são os nossos, do aqui e do agora. Seja quando um robot “faz tudo” se resolve vender a si mesmo a um potencial comprador em O Vendedor. Quando, de um ponto de vista longínquo, reflete sobre o seu tempo em Peça de Exposição. Ou ensaia as periferias da loucura (pessoal ou coletiva) em O Enforcado. Sempre desafiante. Mas sempre humano. Demasiado humano… E, sem surpresa, nota como podemos, de facto, ser assustadores.» [Nuno Galopim, Máquina de Escrever, 28/6/2018. Texto completo aqui: https://maquinadeescrever.org/2018/06/28/novos-modos-para-chegar-a-escrita-de-philip-k-dick/ ]

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