5.6.15

A chegar às livrarias e à Feira do Livro de Lisboa: Um Homem Apaixonado — A Minha Luta: 2, de Karl Ove Knausgård





Da morte do pai à experiência de ter filhos.
É esta a passagem que Karl Ove Knausgård faz do primeiro para o segundo volume do romance autobiográfico A Minha Luta.
Em Um Homem Apaixonado, Karl Ove Knausgård deixa a mulher e a Noruega e parte para Estocolmo. É aí que se aproxima de Geir, outro norueguês expatriado, e reencontra Linda, uma poeta que o havia fascinado anos antes num encontro de escritores.
Se, em A Morte do Pai, Knausgård abordava o tema do luto, neste volume descreve as tempestuosas relações de amizade e amor e o dramático período antes de consolidar a sua relação com Linda.
Depois vem a experiência da paternidade, que subverte tudo à sua passagem. Há a urgente necessidade de escrever, mas também o quotidiano familiar, o cómico fracasso das férias, as humilhantes aulas de preparação do parto, as tensões nas festas de aniversário infantis, o stress de passear uma criança pelas ruas de Estocolmo quando o seu único desejo é continuar o seu romance.
Knausgård fala dos momentos que compõem a vida de um homem, dilacerado pela necessidade de criar, mas também de viver, alguém para quem arte e natureza são uma necessidade física, alguém que oscila entre a energia vital e pensamentos mórbidos e que deseja com igual intensidade solidão e amor.


«É talvez o mais significativo projecto literário do nosso tempo.»
[Rachel Cusk, The Guardian]


«Knausgård não é um homem irascível, mas um idealista apaixonado. Quer criar grande arte e quer lutar contra a uniformidade e conformidade da vida burguesa contemporânea.»
[James Wood, The New Yorker]

2 comentários:

  1. Porquê traduzir a partir do inglês, e não do norueguês, como no 1º volume, aliás, quanto a mim, com um bom resultado em português? Será assim tão difícil evitar traduções de traduções, como se de algo tão distante como do vietnamita ou de birmanês se tratasse?

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    1. Estimado António,

      Há apenas dois tradutores de Norueguês-Português. A experiência com um deles não correu bem, pois a tradução de A Morte do Pai teve de ser bastante revista. O segundo tradutor está ocupado com o doutoramento, ainda por algum tempo. Logo que possível, tentaremos retomar a tradução da obra de Karl Ove Knausgård a partir do original.

      Os melhores cumprimentos.

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