O jornal i de sábado publica uma entrevista com o filósofo
José Gil, de quem a Relógio D’Água irá publicar em breve um novo ensaio – Poderes
da Pintura.
José Gil aborda vários assuntos, desde a importância do
pensamento que escapa ao pensamento único, ao conceito de força, à reduzida vocação
dos portugueses para a acção, e aborda também as questões do desejo e do medo e
o seu particular conceito de felicidade.
José Gil considera que «temos de pensar numa nova teoria do
poder, uma nova organização que repense a democracia» e afirma que «os nossos
políticos, com duas ou três excepções, não pertencem à elite. São homens
normais».
José Gil aborda também as características da nossa classe
dirigente, considerando que «os políticos falam de tudo como se fossem tudo.
Isso leva-nos a uma promiscuidade nefasta.»
Sobre a felicidade, considera que «temos de limpar o terreno
conceptual em que se construiu a ideia de felicidade. Felicidade não é, como
nos diz uma tradição de pensamento dominante, uma combinação sábia de prazer.
Entendo a felicidade como um terreno que permite todos os prazeres vividos com
a maior intensidade.» [14-3-2015]
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