5.9.13

Sobre Amada Vida, de Alice Munro





«Na página 213, depois de dez histórias que voltam a revelar, em todo o seu esplendor, a mestria narrativa de Alice Munro, o leitor de Amada Vida depara com a seguinte nota: “Os últimos quatro trabalhos deste livro são são propriamente contos. Formam um conjunto à parte, autobiográfico no sentimento, embora nem sempre no que concerne aos factos. Penso que são as primeiras e últimas — e mais íntimas — coisas que tenho a dizer sobre a minha vida.” O que mais surpreende nestes fragmentos biográficos, construídos a partir das memórias de infância, é a afinidade evidente com os temas, situações e personagens da sua escrita ficcional, por muito que a autora procure estabelecer uma barreira entre os dois domínios. (…) As casas de Amada Vida — talvez o derradeiro, e belíssimo, livro da escritora canadiana (n. 1931) — são inesgotáveis.» [José Mário Silva, Expresso, Atual, 31-08-2013]

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